E as últimas horas têm sido assim, de puro ópio e magia, qualquer uma que não seja negra (pois não há mais ausência de cores em minhas janelas) e não seja morta.
Você chegou e me tomou, tomou gole por gole sem medo, sem receio, de olhos fechados e abertos, por vezes.
E eu em você, já não me basto, já não sou mais.
E todos os dias, sejam de sóis ou de chuvas ou de nuvens misteriosamente cinzas, eu creio ainda mais que amor seja isso, seja simplesmente isso que a gente vê no espelho...
Sorriso bobo, lágrimas idem, cabelo arrumado, unhas roendo, pés e mãos e dedos inquietos e quietinhos quando você chega.
Amor é o laço mais vermelho e mais completo em suas voltas e formas.
Não basta por si.
Não preenche nenhum lugar da casa que não seja com o suspiro do seu nome, do seu perfume e do seu tamanho (somos do mesmo tamanho, em todos os sentidos próprios).
E é isso, exatamente assim, esse pleonasmo de pensamentos e formas e cores que tomam todo o meu rosto, cabelos, pelos e cor.
Você chegou.
Ponto.
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