segunda-feira, 25 de maio de 2009

esperando na janela...


As últimas folhas do livro se foram e eu fiquei órfa... abandonada durante as horas que antecedem meu sono chegar naquela cama fofa e solteiríssima, como eu.
Na verdade, eu não quis terminar daquele jeito, tão curiosa e com tanta sede. Mas o que eu pude fazer senão dar fim ao fim que existia, enumerada pela última página.
É isso, acabou.
Mas o bom é que tenho quisto mais, mais dele e mais das elocubrações que ele espirra e vomita e esparrama, exageradamente por vezes e nuamente por mais vezes.
Entre umas batatas fritinhas e um suco de laranja sem açúcar, espero um 'sim' ou um 'nunca mais' de algo que já beira uma mexicana novela, onde eu não sou mais a personagem principal e muito menos a antagonista. Perdi os papéis (não passei no teste) assim como perdi a paciência de trocar o canal. Vou deixar exatamente onde se encontra, quem sabe o que tem chegar não chega? Quiçá antes mesmo que eu cochile de novo enquanto os comerciais me enganam (ou pelo menos fingem que).
Muito suco ainda vou beber, e muitos quilos ainda me esperam naquele sofá... A espera é sempre constante, seja esta de que lado vem ou pra que lado se esvai... Ufa!
Mas quem disse que parei nessa estação por completo? Nããããão... nada disso.
Os poteiros me empurram o tempo todo e me carregam pra lá, bem adiante. To adiantada!
A verdade é que uma coisa é esperar, outra é esperar esperando... Iiih, compliquei? Então chega disso...
...virando a página!
E por onde anda São Pedro que não fecha esta torneira por nada?
'Sangue de Obama tem poder', que que é isso, ninguém aguenta mais tomar banho de chuva e se encobrir de cobertores tapando os ouvidos pra fugir desses trovões horrendos e de balanços duvidosos... Quero sol na terra do sol!
Mas posso estar sendo insatisfeita demais, eu sei, assumo a culpa e abro os ouvidos pra os berros de muitos que estão adorando o clima de Fortaleza, mas vem cá, um solzinho pra esquentar nosso úmido humor cairia bem, né não? Poxa!!!
To que não me aguento de vontade de cair dentro do meu biquíne e sentar numa cadeira de praia, enrolar meus cabelos na maresia e me embriagar com água de coco...
São Pedro, leia meu blog, por favor... Atende meu apelo... Amarra essa torneirinha aí, vá lá, meu rei!!!
Não tá cabendo tanta água nesse céu de cinza claro que certamente raptou o azul e levou pra longe, bem longe dos lados de cá... que dó!

Ansiosa por mais Caio, me acostumando com estas minhas unhas vermelhas (40 graus - colorama) e esperando, esperando e esperando!
Nós estamos esperando nas janelas!!!

"Ai se eu aguento ouvir outro não, quem sabe um talvez, ou um sim eu mereça enfim!"
(Paquetá - Los Hermanos)

Um beijo virtual.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

peace and love, please!


Depois de um banho como outro qualquer, apaguei as luzes que me faziam companhia e me tranquei na cama. Fiz uma prece, algo que me livrasse do baixo astral, e encostando minha cabeça no travesseiro, dei de cara com a minha vida. Ela me dói de vez em quando, me coça, me rasga as veias do pescoço e dos pulsos, e me dá tapas na cara que irritantemente não deixo de lembrar.
Eu ainda me perco tanto na aspereza que é encontrar com a solidão nesses momentos de sólida dúvida, dor, medo e abandono. Encontro tudo o que eu sempre prometo não buscar e mais que isso, não me deixam seguir sem encontrar, sem ter de ouvir ou ler por aí, sem ter de saber por ela, por ele. Não chega disso?
Virando de um lado a outro, eu quis fechar os olhos, mas eu queria continuar pensando na minha vida, eu quis.
Ainda forcei transbordar essa confusão de dedos com choro, com algo que saísse da garganta e fosse pra onde pudesse ir. Mas tudo parece ter de ser só meu, só pra mim, e ninguém mais cabe nisso, eu já somei tantos fios de cabelos de todas as cores e tamanhos, já subtraí também, já esmaguei toda essa matemática dentro do 'eu fiz'. E tudo parece ter retiscências, parece ter páginas em branco de propósito (com um propósito), parece ter eu como início, meio e fim. E nessa mesma ordem, há aquilo que nunca prevejo, que não tem script, que não tem um porquê, mas que se encaixa sempre e perfeitamente onde dói, exatamente onde não tem mais cura, putrefou.
E num desses suspiros de cansaço, deitei e acalentei meu corpo, exausto e sem gota alguma de ânimo, de querer.
A chuva batia forte nos azulejos do quintal e eu só queria dormir e refazer aquela, esta vida de cá.
Desabafei com Deus e dei boa noite a Ele.
(Eu quero paz e amor, sem ordem necessária pra me aconchegar!)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Estou viva... Ronaldo!


Meu dia tinha começado fervorosamente na hora em que olhei pra o relógio, me preocupei em não me atrasar, não gosto de emperrar os ponteiros e fazê-los gritarem como uma unha arranhando uma lousa velha e verde, dos tempos de primário.
Procurei uma embalagem bonita para aquele vestido, mas não encontrei, frustrante entregá-lo assim, nesse papel transparente que mal esconde uma possível surpresa, a qual eu já tinha estragado pela metade. Mas foi o que deu!
Corri pro banho, e entre o sabonete Natura-Todo-Dia e o shampoo Dove, corri pra toalha, esta enrolada em meu corpo cobrindo meu sexo e minha barriga de 5 meses (o tempo voa, e como!). Escolhi uma roupa confortável e sem algo a mais, eu não tenho sentido atração por este algo a mais, tenho me adaptado ao conforto e nada mais. É até bom, o bolso está furado há um certo tempo, desde...
Bom, encontramo-nos pertinho de minha casa e ainda que nossa amizade esteja sim em uma plena construção e reconstrução, eu diria assim, eu não tenho medo de errar na frente dela. E muito menos desnudar meus defeitos, que são tolos e tantos.
O dia correra bem, e a embalagem do vestido tornou-se pequena diante da minha excitação em entregá-lo assim, exatamente do jeito que eu podia e dispunha. Comemos bem, rimos dos meus assuntos mesmíssimos, mas sempre com acréscimos de detalhes fugidios e precisos. Ela me aconselha tão simplesmente, sem se ater à sua própria experiência, mas sim ao senso comum que por vezes foge mesmo do caminho inegável e visível que só os amantes deixam de percorrer, e amantes de alguma coisa, nem sempre derramado ao alguém!
A macarronada, a pipoca com "Pequena Miss Sunshine" e o iguatemi com a lasanha mais leve e deliciosa que já provei (sem comentários minuciosos sobre o ensaio fotográfico pra lá de paparazzi ou coisa que o valha), completaram o dia que iria findar naquele travesseiro cheiroso e de fronhas brancas. Eu precisei tanto daquela atenção com a minha voz e desabafos, precisei demais daquele afeto despretensioso e basicamente encaixado na minha sinceridade e na recíproca deste.
De volta com "Um beijo roubado" e "Onde andará Dulce Veiga'' e mais a sensação de estar viva de novo, me deu de presente um fim de semana e uma visão bem mais ampliada de que não estou sozinha, e nem poderia estar mesmo.
Eu tenho sim a capacidade de errar, como qualquer pessoa que não seja pretensiosa o bastante para se dizer 'livre' disso. Mas também me encontro em amizades e reciprocidades idem. E sei, isso é vitória minha!
As vezes desviamo-nos de um tudo que não satisfaz a alma, mas de alguma forma esquecemos de planejar esse desvio e entender melhor o porque disso acontecer da maneira que chega e o porque de sermos impacientes e cegos, completamente cegos a ponto de querer manter os olhos fechados.
Meu coração é um poço de insegurança, de incertezas maqueadas de prontidões. Mas ele também carrega uma vontade medonha de sair por aí correndo como um atleta à procura de Deus sabe lá o que (ou quem)... Só sei que ele tem sim tamanho e temperaturas normais, e é exatamente forte como eu gostaria que ele fosse. E quando ele fraqueja ou se rende, é no tempo certo que ele se reestrutura e bate tumtum tumtum tumtum novamente, como em um ciclo nada vicioso!
Hoje estou bem, ainda que doente na alma.
Uma sensação de não poder esperar do tempo milagres e muito menos mudanças incomuns e fora de moda, de porquê.
Mas maior que isso é minha força de vontade e minha necessidade de me entregar por inteira à minha gestação, aos obstáculos que estão chegando junto com a poeira que nunca cessa dentro de casa, pelos cortilhos da janela espalhada. Não posso me atrever a buscar o livro sagrado e entender como pode a vida se disvirtuar do ser humano e torná-lo fraco e ainda mais cego que um cego de verdade, de nascença e de pele.
Só sei que não tenho outro amor que não estes que me acolhem e me renovam todos os minutos do dia, seja da forma que for e vier, eu amo sim e sou amada idem.
Tenho nas mãos e no peito um monte de. Que delícia!
Que tudo me seja breve, então.
Mas não impossível nem insensível.
Que tenha vida e seja vivo.
E que chegue perto, sem medo e preconceito de nenhum tipo.
E que não saia mais de mim, nunca mais!
Sem mais delongas... Ponto Final!

RONALDO.

domingo, 10 de maio de 2009

Em crise!


"Escrever, raciocinei idiotamente, não era como andar de bicicleta nem como fazer sexo, meu bem. A gente desaprende, enferruja, entorpece. Crise geral!"
(CaioFernandoAbreu)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

e esta poeira?


E um imenso abandono toma conta de mim e deste blog (E haja poeira... cof, cof, cof!)...
Venho por aqui mais de uma vez ao dia, todos os dias, e ao invés de colocar palavras pra fora, as tenho engolido, e nada tem saído de mim senão suspiros e lamentos!
To meio que sem mão, sem idéia, sem paciência pra colocar algo legal aqui, e assim tenho de ficar ausente mesmo... Acho chato, ó... Mas que fazer???
Quem sabe as leituras que estão pra me alcançar não me ajudem e me tirem desse penhasco vazio e fúnebre!!!

Voilà!
(To feliz com o fim de semana que chega. E não somente pelo primeiro dia das mães que comemoro 'egoistamente', mas também pelo almoço e tudo o mais que o acompanhará na sexta-feira!)
Joice, eu já te falei que você coloca no meu coração, sorriso de propaganda de creme dental???rs...
E então, que venham as dúvidas e as incertezas, que cheguem mais perto a insegurança e o medo.
To muito a fim de ultrapassar tudo isso também!!!
Beijo,beijo,beijo.