quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

dezembro.


A paisagem pincelada a olhos turvos, enganosos, me trouxe ruídos novos e ventos perfumados por Tarsila...
Não cheguei de fato ao alcance, não conseguia pegar com as mãos e meu pensamento fugia a cada segundo que antepassava minha dúvida, meu medo.
Eu estivera a kilômetros dali e jamais em todo aquele ciclo, me imaginei sentada ou deitada naqueles fios, naquela atmosfera verde, úmida.
Eu não podia estar sozinha, não queria que assim fosse. E não foi!
Nunca mais... Não até agora...
Os dias se tornaram mais dias que noite, agora.
E agora isso tudo se torna feliz, indescritivelmente feliz e feliz, mais feliz!
Engraçado ver as cores de mundo assim, desse jeito bobo e desajeitado.
E é mais engraçado saber ver.
Ontem mesmo a minha vida, os meus rumos (eram muitos) não cabiam dentro do meu travesseiro. Até porque ele sempre esteve tão encharcado, tão pouco algodão. E agora, nesse meu hoje de um dezembro inesperado e vermelho, vejo quão louca é a vida e seus ponteiros, suas formas de manobrar janelas e portas e frestas...
Você entrou pela porta da frente.
Aquele beijo que eu tanto imaginei que seria possível (quiçá), veio tão transparente, tão devagar e tão merecido. Merecido sim!
As minhas mãos se perderam nas suas de novo.
Os meus dedos, pra que encontrá-los???
Meus pés sentiram tanto frio longe de você, do seu cobertor, da sua forma de me ver nesse mundo.
Eu quis você.
E quero tanto sempre e sempre.
Quero mais e ainda mais.
Na verdade, devagar é o nome que consigo dar pra o que meu coração sentiu ao ter lapsos seus voltando, chegando, ficando.
Voltei a respirar depois de alguns segundos imóvel, descrente, absorvida pelo cheiro de areia de praia, mar, maresia...
Eu nem quis saber se meu relógio estava perto, se as horas iriam nos deixar a sós, se, se, se, se...
Eu quis saber do seu beijo, da sua cor e do seu gosto.
As portas estavam escancaradas e, caso eu não as deixasse permanecer assim, você certamente encontraria as cortinas amarelas esperando por um pulo seu.
Meus chinelos estavam ao lado dos seus... Cena boba de se lembrar, mas bom, muito bom retornar a sorrir com detalhes bobos.
Você está aqui de novo.
Está perto.
Está ficando não mais só aqui, mas ali e acolá e bem pra lá também!
Novembro bom de se ter no calendário.
Dezembro inquestionável de se permitir varrer, encontrar.
Estou aqui de novo também.
Retornando aos risos fáceis e sem obrigações de assim serem...
Não temos mais obrigações.
Não temos.
Bom demais ter nuvens e sóis e aquele arco-íris.
Bom mesmo.

Amo você.
Você e você!!!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

(Sem título)


A música daqueles dias estava de baixo volume... Sem botão para reajustes, permaneceu assim.
Não sei bem onde continuei aquela leitura de partitura, mas lembro exatamente dos sons que escondi em meus pensamentos, em minhas memórias tão gastas, tão doloridas.
Mas é isso, a dor chega em dias justos, cheios de poeira negra e grudenta, e dispara sobre nós um alívio imediato sem cores, sem cheiro algum.
Meu nariz não mais se abre pra o seu perfume doce, delicioso de se deixar levar.
Encontrar-se no emaranhado de sensações que ele provoca/desperta sem dó e muito menos piedade de tipo algum, seria encontrar muitas páginas para ler, sem rasgar, sem tocar com muita força. Devagarinho, isso sim.
Mas eu tenho pressa... Tenho uma sede insensata pra hoje, pra agora, pra esse instante que já está passando, espia.
E você não alcança mais. Não me dá a mão pra eu te alcançar. Você se vai, foi, foi pra lá.
Mas o seu perfume doce, perigoso até, fica sempre pelos cantos, pelo teto, no travesseiro que as vezes segura sua cabeça. Fica até nas mamadeiras sentadas no móvel do meu quarto.
E a sua cor, essa já desbotada pela quantidade de sóis que te acompanham (que inveja!), me faz ter recordações das imensas tardes que tivemos trocando, a sua cor na minha (ou o inverso)... Me lembro tanto dessas tardes, com ou sem chuva... com ou sem as trancas certas... com ou sem a felicidade que eu quis um dia, inutilmente.
Sabe que nem tão inútil assim me sinto agora, pensando melhor...
Na verdade, a gente nem sabia onde começavam as coisas, as horas, aqueles dias. A gente sabia da gente. Sabia que hoje era sim e amanhã também quereria ser.
Bom, né???
Eu me recordo disso agorinha. E nem sei como comecei a lembrar logo dessas tardes.
Logo das vontades de você que me preenchiam os vazios que eu mesma cavava em mim, dentro desse oco que agora tenho ecoando.
Logo agora, que você saiu, bateu uma porta ao fim e disse não estar ansiando voltar... E por quê???
Meu agora está nessas tardes que se esqueceram de mim, deixaram de me encontrar.

Mas sei bem o quanto ainda percorro aquele caminho que te chega.
Percorro detalhadamente, sem pressa e freios.
Chegando ao seu portão, ou porta, ou janela, fresta (quem sabe?), te digo com tanta devoção que ''ainda permanece inabalavelmente dentro do meio seio''.
Te digo ainda que ''nenhuma tarde alcançaria o que aqueles dias me bastaram''.
Chega, você sabe disso. Você decorou de tanto eu te afirmar indecorosamente.
Está tão calor... Das minhas janelas já nem entram ventos, nem sopros, nem mesmo o seu perfume... Ele também acabou.
E eu continuo piscando e percorrendo os ponteiros que anunciam a sua visita de amanhã.
Você agora é visitante.
E eu???
Estou te esperando.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Agora, de frestas azuis!!!


Ah, esses dias sem horas que estão me carregando pra fora de mim, me completam os dias que seguem, que ainda não se aprontaram.
Estou mesmo aqui, mas sem poder ficar em definitivo ou me demorar mais que do penso em querer, digo que minha vida está a mil maravilhas, mas dançando numa lama seca, que por vezes me derruba os pés e as mãos nesse chão sem piedade.
Não sei como ainda permaneço feliz, nem mesmo com este riso agudo, estridente... Não sei nem porque eu ainda me ponho a pular o que não gosto, o que não quero mais.
Sei que estou bem, que estou satisfeita por algumas horas e ansiosa por tantas outras que nem sei se existem, se vão nascer a tempo... Hão de nascer!

E toda essa gaveta cheia de fraldas, pomadas pra assaduras, lenços umedecidos e termômetro, me dão o ar da graça de ser mãe. É, hoje sou mãe.
Amanhã serei ainda mais e adiante também...
O dia está belo hoje... Ontem nem foi assim, nem tão azul, mas hoje está lindo...
Dormi fácil e cheia de pensamentos de boa noite (ou bom dia?).
Mas ainda que meus sonhos sejam sempre assíduos, e nada reais, eu me atenho às mamadeiras e ao cheiro de lavanda doce que me agarra pelo seio e me ama incondicionalmente.
Felicidade é saber amar quem podemos, quem precisa...

Me faço necessária e isso me basta.
Chega, né?
Pra que mais???
Pra quem???
Chega de portas e janelas abertas...
As frestas azuis já estão bonitas demais, já servem.
E chega de suicídios de travesseiros...
Chega!!!

Feliz, feliz, oh...

sábado, 10 de outubro de 2009

Davi chegou!


O dia tinha demorado a passar... Na verdade, ele nem passava... Tinha emperrado aqueles ponteiros velhos e de origem duvidosa daquele relógio.
Até que eu tive de ir... Eu tinha mãos comigo, corações muitos também. Eu tive orações, rezas, torcidas, eu tive tudo. E o sorriso me acompanhava, ainda que escondido por trás do medo, medo do novo, medo de encarar finalmente a ficha que deveria cair a poucas horas a partir daquela hora.
A maca chegou. Quando me posicionei, a garganta já não mais engolia a saliva, e muito menos os gritos que eu estava precisando ressoar.
Eu fui.
Dor não senti, de fato. Mas a angústia, a espera inesperada da hora, das horas seguintes, me maltrataram a pele dos ossos, do coração.
Davi chegou aos gritos. E minhas lágrimas eram maiores que ele... Eu não saberia dizer, escrever que sensação foi aquela que me comoveu. Mas sei que ainda sinto os arrepios daquele dia 23 de setembro de 2009.
Eu não estava mais sozinha!
Os dias seguintes foram difícieis, como deveriam, tinham de ser.
Acostumar-se, adaptar-se.
Mas é amor o que me move hoje.
Todo o amor.
Ele, o Davi, mexe com o meu humor como quem sabe exatamente onde está, e pra onde vai.
Sou todo amor dessa vida!!!

Viva a vida.

domingo, 20 de setembro de 2009

Domingo


Claro que não era fácil... Como poderia ser, se tornar? Eu jamais cometeria tal assédio, tal falcatrua para promover aquela dificuldade múltipla, sem fim...
Os dias estavam vagando frente a mim. E antes que eu pudesse entender, ou pelo menos tentar de fato, as coisas fugiam, se largavam entre os meus olhos, o meu nariz, a minha boca entreaberta e suja de biscoito de abacaxi com hortelã.
Custei a pegar o sono de volta pra mim. Custei muito a querer dormir.
Não havia mais espaço só pra mim na minha própria cama... Eu agora dividia meu travesseiro com as dores, as preocupações e as injustas angústias que ocupavam parte daquele algodão recém lavado, cheirando a amaciante bom.
E estava pesado pensar nas mesmas coisas, nas mesmas dúvidas e questionamentos.
Me pesava muito ter de inventar desculpas pra mim mesma. E só assim seria possível eu não me desesperar, não gritar mais do que o meu pensamento pedia.
Corri kilômetros e de nada adiantou. Permaneci na mesma velocidade de antes, de agora... Meus pés nem sequer doíam mais, nem calos possuíam, nem as cicatrizes eram visíveis daqui.
A chuva da madrugada, tímida e magra, nem chegou a molhar minhas janelas...
Me dóia isso. E como me dói.
Lutei pra andar por aí, sem viajar muito, pensar demais. Eu só quis sair do mesmo lugar, somente esse luxo me fascinava.
Perdi tempo, cabelos, corpo.
Recebi o que ninguém me daria tão fácil, generosamente.
Mas recebi.
E ainda está nas minhas mãos.
Foi pra lá. Está longe de novo.
E de novo?
Domingo malvado.
Domingo, vá embora!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Memórias e constatações.


Mesmo querendo inconsequentemente que as coisas se encaixem nas minhas caixas, de papelão sim, eu não enxergo mais que dois motivos para não ser compreendida. Dois meros motivos bobos e estampados descaradamente em meu rosto, neste exato momento.
Não é um escândalo que quero de você. Eu seria, e sou, incapaz de desejar algo assim, tão aos 4 ventos suicidados.
Gostaria muito de poder ter mãos dadas, ou quem sabe um simples sorvete mais demorado ali naquela sorveteria tão perto de minhas janelas.
Quem sabe um volta pelas ruas na madrugada???
Mas não é luxo querer tanto.
Não paro de imaginar como seria. Como será já não posso ver, você me impede, impiedosamente.
Mas sinto tantas coisas tombando, atropelando, afastando... e todo esse gerúndio não te diz nada? Olhe com mais apreço... Vamos...
Ingenuamente eu esperei o portão abrir, os ventos soprarem minhas janelas e portais, o computador acender mais cedo que o de costume. Mas eu só esperei... Fingi que não estava aqui, que não estou, e nem poderia ficar. Mas cá me encontro, no mesmo lugar de sempre, de sempre mesmo.
Os cantos de cá são os mesmos. A poeira é outra, as cores mudaram um pouco de idade e as quantidades diminuíram com as decisões tomadas a ferro e sangue, latentes todos.
E quem poderia me abrir os olhos a ponto de fazer-me calar em um todo?
Nem mesmo minhas mãos obedecem, quem dirá essa boca quase maldita que carrego.
Sinto dores enormes, dores de dentro pra fora... Nada tão físico quanto parece, ou poderia ser. Nada que mate de fato, mas dói como o que.
E você, aí está você, a metros de mim, a kilômetros insensatos da minha cama, do meu travesseiro ensopado e... coitado do meu travesseiro.
Já nem aceito os lençóis das cores cinza e branco com amarelo perseguindo meus sonhos alheios.
Todos curiosos. Curiosos por demais com minhas premonições ou insanidades...
Só queria as mãos dadas, conversando entre si e somente entre si.
Queria pousar minhas unhas cheias de dedos nesses teus cabelos, no teu rosto que já esteve mais perto, bem mais perto do meu não querer.
Tudo o que mais desejo neste exato instante inconstante, é o ruído de um 'sim' improvável, incerto, incapaz, incalculável, cego e infeliz.
E já chega, não é?
Já está bom.
A espera não termina, nem os sonhos se afastarão, muito menos eu mudarei de cor.
Sei de cor o que eu tenho pra lhe dizer quando aqui estiveres novamente.
Mas e se eu esquecer o de cor?
Você saberá, dá pra ver!!!

Quiçá um bis.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E... e minha casa!


Se eu fosse minha casa e tivesse exatamente a idade dela, eu seria uma incógnita.
Eu teria janelas amarelas e velhinhas, já... Teria grades ao meu redor e mais que isso, teria poeira de anos acumulada nos cantinhos mais invisíveis deste ano.
Eu guardaria segredos de muitas dores debaixo deste piso que acolhe os pés de quem me visita. E dentro dos parafusos que seguram as portas, também amarelinhas, eu mostraria o ferrugem que deixei lamber um passado inesquecível.
Aqui já moraram outras pessoas. E vi nelas outras possibilidades, já que eu não tinha a forma que agora me dei, e nem mesmo as cores que ganhei com o novo.
Eu tinha coqueiros no quintal, este era de terra (o que também já faz parte do meu passado).
Tive laranjeiras, capim santo e roseiral na varanda, assim como cheiro de barro molhado nas noites de chuva boa e esperada, sagrada, que escorregavam pelo muro baixo, de pedras cinzentas e pesadas.
Se eu pudesse ser uma casa, eu gostaria de ser como esta aqui.
Que chama por nomes à noite, que grita em segredo segredos que ninguém entende, e por vezes nem mesmo se escuta.
Eu não mudaria o tamanho, os compartimentos, nem mesmo o quintal ou a varanda. Eu deixaria as coisas no lugar, mas daria cor.
O sol passeia o dia inteiro por aqui, até a tardinha o chamar pra brincar longe e assim, dar lugar a algumas luas que também se mostram pelos lados de cá, e iluminam todo esse chão que finca pé aos arredores das paredes rosadas e de janelas grandes, velhinhas mas pintadas de um amarelo bom, amarelo de criança.
Do meu muro, este ao lado da janela de meu quarto, eu escuto pássaros e algumas galinhas que meu vizinho possui no quintal dele. As vezes me assusto com o galo que não tem hora pra chamar o dia ou a noite...
Vejo também o verde de algumas plantas e o azul que o céu veste (hoje é azul claro... que azul será o de amanhã?).
Sinto os cheiros que o vento sempre traz, e os barulhos que ele faz quando chega.
O calor também entra por esta minha janela... E meu ventilador azul, o que tenho ao lado de minha cama, ele espirra e chacoalha o suor que escorre pelos meus dedos e mãos e nuca.
Em cima desta casa, um gato qualquer faz cantoria e chama para junto dele, outros gatos... Quando tenho paciência, até gosto de ouvir... Quando não, coloco os cachorros para latir e fazê-los correr pra longe, bem longe deste telhado já tão gasto, mas vivo.
Eu gosto desta casa.
Gosto de estar sempre por aqui.
Gosto mais ainda das lembranças que trago pra cá, seja de que tempo seja...
Neste momento, o meu momento, recordo das malas chegando e dos guardarroupas abertos abrigando a minha vida, o que um dia já foi chamado de nova vida.
Mas eu sou somente eu, e este é somente o meu lar, a minha casa!
E que bom, somos de cores diferentes e de passados, de recordações, de desejos idem, todos idem!
E que bom!
Hoje é segunda-feira, última do agosto.
(Eu suportarei o próximo agosto???)
Quiçá!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E por que não eu?


Gargalhei muito noite passada.
E como numa deliciosa lambança de chocolate meio amargo com goles de refrigerante de uva, me fartei!
Há muito os risos que me alcançam não passam de historinhas engraçadinhas e pequeninas, se é que me entende este monte de diminutivos...
Não sei como cheguei a um sono tão rápido, mas sei exatamente o que sonhei. E foi bom!
Mistura de saudades-proclamadas-inexistentes com o amor, muito amor guardado e com cheiro de mofo, de madeira molhada, de cupins maldosos e famintos. Haja cupim nas minhas noites e nos meus dias, haja!
Mas isso não me impede de mover as pernas e os lábios. Muito pelo contrário...
Me impulsiona, como uma mola bem grande e sem ferrugem. Lá vou eu!
O sol está rasgando minhas janelas e minhas frestas. Achei que nem apareceria hoje, já que tem se rendido a pequenos golpes de chuva, de vento frio e delicioso.
Volte para a praia e me devolve o nublado de ontem, vá lá... Por favor!
Hoje quero um pouco do algodão macio de minha cama, de meu travesseiro e do meu pijama... Quero mais um pouco de manha, só mais um pouquinho!!!
Minha preguiça é tamanha agora...
Sensação de pasta de dente escorregando na escova. Ou de uma toalha molhada estendida ao vento, sem direção.
Estou borbulhando novamente, e mais uma vez certa das escolhas que assinei, certa das ruas que fugi, certíssima dos cheiros que ainda vão se grudar a mim.
Ainda estou com preguiça...
Melhor eu correr pra meus lençóis mágicos (ou seriam tapetes?), e percorrer aquelas ruas que eu tenho curiosidade de pisar e fincar as unhas.
É bem melhor ver os prédios de cá.
Desta minha janela, eu alcanço o canto de algumas andorinhas.
(Ai se sêsse...)
Por que não eu???

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A vida é gangorra sim!


O engraçado das minhas noites mal dormidas, é que fico matutando sobre tudo... Inclusive sobre as besteiras que ainda cultivo à água filtrada nos meus pensamentos mortificantes.
Nunca me imaginei tão pensante como agora. E digo isso com pesar, claro.
Entenda, não estou afirmando que não sou uma criatura pensante ou algo assim (não mesmo).
Estou apenas dizendo que nunca fui de ficar analisando as coisas do passado, do presente e desse futuro que tá entrando pela porta da frente, desenfreadamente sim.
Acho mesmo que sou daquelas (ou fui) que 'agia duas vezes antes de pensar'. Mas foi assim que caí tanto, ralei meus joelhos e cotovelos, deixei que o sangue fosse a água que sempre me escorria pelos dedos dos pés. E aprendi assim, foi exatamente desta forma que aprendi a distinguir o cheiro de sangue, o gosto de uma solidão, a febre de um desejo inalcansável.
Cá com meu zíper, recordei durante estas madrugadas que acompanham meus medos do escuro, que nunca fui tão completa com amigos e com meus pais como agora!
Os problemas que eu trazia pra dentro do meu quarto, não eram resolvidos e nem mesmo apreendidos. Eu fugia, fugia de mala e cuia, e por vezes deixava em cada canto desta casa um choro, um abandono, uma falta irreparável.
Há alguns anos eu transformava minha idade e minha revolta com o passar desta, em trovadas e muitas chuvas de granizo.
Creio que jamais fechei certas feridas nestas minhas paredes, nos meus lençóis, neste meu travesseiro que sempre me esperava a cada saída e batida de porta atrás de mim.
E toda a poeira que fincava pé nos meus móveis, no meu ventilador azul, inda que fosse retirada, manchava os caminhos que eu não tinha deixado passar, andar.
A minha verdade é que eu sobreviví e nada mais que isso. Nenhum ponto a mais.
Minha vida tem sido agora, hoje.
E parece que a cada sorriso que retribuo por tudo de maravilhoso que tem chegado à minha janela, recebo ainda mais amor de pessoas incríveis, de pessoas que me trazem de volta dia após dia.
Eu voltei pra o meu canto cheia de dores, amarguras e espinhos.
Mas voltei e ganhei armadura contra solidão e falta de fé.
Esperança é meu alimento, assim como o amor.
Tudo tem seu tempo.
E que bom!
A vida é mesmo gangorra!

"Ver que tudo pode retroceder!"

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Terça literária


E num encontro de literatura onde só o cheiro do café feito no local abre a mente, a vontade de escrever aflora, mas aflora pra dentro, muitas das minhas vezes.
Ouvindo resenhas, coisas de blog (ainda que rapidamente e quase que inaudível), eu senti tanto não ter conseguido me expressar com essas teclas na minha página virtualíssima, mas de carne e osso pra mim, como há tempos quero.
Mas é fato.
Tem dias que a gente sente, pensa, corre, pula, chora, ri pra dentro.
Fica tudo explodindo, mas dentro, guardadinho, escondido.
E não sai, não sai nem querendo, nem rezando!
E dói.
Dói não conseguir fluir, dói guardar, prender...
Cheguei em casa tão leve... Escutei coisas boas, de qualidade. Esbarrei com delicadezas que fazem bem. Me enconstei no que dá prazer.
Não sei, mas cada vez mais me convenço do que quero ter na vida, e mais que qualquer outra idéia de matéria, o que eu quero mesmo é palavra, são palavras.
Não importa se em formato-Times-em-tamanho-12-sem-ser-negrito-ou-itálico... Quero palavras com cheiro, com textura, com memória.
Depois de sanduíche para o Davi, um copo de suco de laranja (sem cenoura e sem beterraba, ufa!), corri pro computador e fiquei oscilando entre o meu twitter e as folhas de cá...
Vontade de substanciar minha nostalgia, alegria, dúvida, confusão, amor, desejos!
Eu sou tanta gente dentro de mim borbulhando feito refrigerante quando se abre a tampa.
Sou tantos sentimentos, sou tantos tantos que me caberiam aqui se eu pudesse.
Mas eu posso, não é?
Só sei que vou virar esta página e deitar um pouco minha cabeça no travesseiro, que não é de penas de avestruz, muito menos de ganso, mas é suficientemente macio pra o meu pesar, o meu falar baixinho e secreto.
Gosto de ser só uma ao dormir, pois assim posso confessar meus pecadilhos (ou pecadões) sem medo de ser ouvida, sem medo de ter medo.
Hoje foi bom.
Gosto de sair e sentir outro cheiro que não o meu.
Gosto de ver sorrisos que cabem em mim.
Gosto muito das minhas companhias fraternas e amáveis, pra sempre. (Mas hoje sem plural.)
Gosto de receber, de dar, de compartilhar, de ver tudo isso.
Gosto mais ainda dessa hora de silêncio sepulcral, de silêncio de respiração.

Quero mais.
E que seja.

domingo, 16 de agosto de 2009

no domingo, agora!


O vento entrava soprante e louco, como que numa revolução de espaço, de terrirório.
Abria as janelas e rapidamente rodopiava pelo quarto, cheirando tudo e se certificando do que poderia não mais restar em pé ali, exatamente naquele canto.
E nada restou.
O azul que chegava há pouco, dividiria lugar com o dia, com a réstia de calor que entrava pelos cortilhos da porta e com as cortinas bailarinas que, incansáveis, dançavam o tempo todo que a elas lhes pertencia.
Eram donas da dança, do espaço entre elas e o azul, entre o vento e o sol.
Cheguei a titubear pra entrar no quarto. Vacilei com a mão na maçaneta. Mas entrei.
Tudo me levou pra fora dali. Viajei mesmo e por minutos dormentes, não alcancei mãos e nem pés. Quase caí.
Não senti nada parecido em vida. Nunca na vida.
E é um amor tão insano, tão meu e egoistamente meu, tão enormemente insano e meu.
Fechei a porta por trás de mim, corri pra meu canto e pensei na minha vida.
Tudo estava mudado, consumado, incontrolavelmente.
Nada seria mais, nada teria mais, nada, nada mesmo poderia ter a fé de antes, o cheiro de sempre, os pensamentos, as pulsações, o incontrolável.
E tudo corria pra um natural que me assustava. E não poderia não assustar!
Que seja.
Não há tempo pra mais nada que não ir.
Tempo que é tempo não espera, arrasta.
E o tempo agora, além de ensolarado e perdido no azul, grita pra eu abrir ainda mais as janelas, as portas, as frestas.
Tá na hora.
E tem que ser agora.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Enfim, sós!


Não que eu me esquivasse de tudo o que escuto de vez em quando, nem do que vejo quando posso (ou não posso evitar).
O fato é que foi só você tocar nisso, me fazer lembrar... Pronto!
Revivi tudo numa noite só... Deu saudades sim, claro, foi inevitável.
Mas isso foi tudo. Não deu em nada!
E como eu te falei, e mil vezes falei, o tempo levou pra longe.
Não está mais aqui há alguns meses. Eu não queria que fosse assim.
Ah, se eu pudesse escolher... Tenho certeza de que nem precisaria te dizer.
Mas é isso. Foi isso.
O vento levou.
E talvez levou a golpes grandes, espalhando sem piedade alguma toda aquela poeira que estava entranhada por lá.
E pra lá não devolveu e nem devolveria, eu acho!
Os dias são outros e tantos outros hoje.
Não tem mais os ponteiros da tarde de antes, ou das noites fugitivas.
Nem mesmo as mensagens direcionantes ou a mesmisse maravilhosa que sempre recobrava os sentidos.
Há mais que isso.
Há mais que tudo isso hoje.
Antes eu estava sempre acelerada, suspirante e nervosa (sem motivos), e sempre à espera, sempre.
Não havia um só dia em que meu sono depois do almoço, não fosse interrompido por um sorriso, por uma gargalhada ou uma bronca por besteiras (eram sempre besteiras).
Não dormia sem antes dar-lhe boa noite, nem acordava sem dizer-lhe bom dia.
Não podia existir o 'sem'. Era pecado mesmo!
E foi assim por um tempo improvável, eu diria.
Minhas noites e meus dias, com tardes no meio, eram todos interrompidos, todos, um a um.
E eu era feliz.
Talvez menos que hoje, ou tanto quanto, ou mais.
Mas eu era feliz, de alguma forma.
E tudo passou... Tudo foi levado por um sopro enorme, escandaloso e vagabundo e despudorado.
Hoje cá estou, te dizendo que por sua culpa, por sua tão somente culpa, fui levada às pressas pra uma lembrança velha, adormecida como num conto de fadas rosas e imaculadas.
Por conta de você, eu fui capaz de sentir outra vez uma saudade que não me pertence e não vai se repetir, disso pelo menos não tenho medo de ter certeza.
Não tenho medo de ter certeza de certas coisas... É simples!

Os dias são outros, são novos, são mais meus que dele, bem mais, disparadamente mais.
Os dias que estão chegando todos os dias, são de uma mudança que não tem medo, assim como eu, de chegar, de tomar lugar, de roubar lugar.
Hoje não mais espero as tardes ou as noites, elas vêm.
Não mais sinto a felicidade de antes, sinto outra.
Não quero mais os sonhos que eu esperava pra ter, posso ter mais que sonhos.
Hoje você se foi mesmo, de verdade.
E só hoje eu posso ter paz, já que meu coração esqueceu como se escreve seu nome, quais são os números do teu telefone, quais são os caminhos que me levam pro teu endereço.
Hoje, e que bom que já é hoje, eu posso finalmente só sentir saudades suas, e não sua falta!
Acabou.
Eu estou mesmo liberada!!!
Enfim, sós!!!

sábado, 25 de julho de 2009

Descansar de você!


E dentro dessa fome que não vem, me preocupo com a forma como tenho encarado minhas dores.
Talvez nem encarado as tenho.
Ignorado sim, isso é o que mais sei fazer.
A gente abre as janelas que pode, fecha as portas que consegue e, além disso, espera por tudo e todo aquele que vai vir, sabe vir.
E eu espero tanto que nem sei mais, nem cabe mais...
Não dá pra ser simplesmente madura e desencanada.
Não ter pudores e não mais querer o que mais se quer profundamente, é tão difícil.
Impossível!
Eu lembro bem dos meus anos de criança, das minhas brincadeiras sozinhas, das minhas fantasias bobas de ser isso e aquilo.
Lembro das paixões muitas por muitos ao mesmo tempo.
E quanto amores criei e recriei pra mim?
Quanto tempo se passou pelos meus pés, e as linhas das minhas mãos já se transformaram tanto...
Elasticamente eu não sou a mesma, não daria pra ser ainda.
Estou cansada hoje.
Nunca vejo o novo pular minhas grades, ou bater no portão (tocar a campainha seria demais).
Ele não vem, não virá.
Sei que anda me espreitando, sei também que tem curiosidade, como a minha (ou bem menor).
Não duvido do que ele pensa, nem do que ele não quer.
Mas ele também se esconde, como eu.
E sabe como esquecer, sabe como ignorar e pronto.
E eu, cá estou...
Levando chutes maravilhosos de Davi, o vendo crescer e tomar forma e peso.
Ele vai nascer daqui a pouco, e com o pavor que acompanha esta afirmativa, afirmo que seremos nós os amantes mais fiéis e duvidosos desse mundo todinho.
Eu tenho medo e terei mais ainda.
E sei que Davi também terá suas doses...
Os dias não passam, e as vezes passam que nem vejo.
As nuvens denunciam, o sol treme, a rua é vazia, o céu nem tem mais a cor de.
Mas de que adianta esperar?
E por que esperar?
Eu não me livro de você.
Eu não esqueço de você.
Nem poderia...
Treino ações, procuras, atitudes inúteis e incabíveis...
Não me cabe mais tanto te querer de alguma forma.
Não me alucina mais ficar sozinha (impossível).
Eu precisava só da sua mão... mãos, no plural!
Mas não, eu preciso de mais... de bem mais que somente mãos.
A sua boca, a sua nuca, seus cabelos macios e suados, seus dentes e olhos.
O ruído que sai do seu riso...
E o vento te leva pra longe, e cada dia mais longe.
Ainda estou tão cansada.
Tão lúcida, mas tão cega.
Demoro pra dormir, pra deixar de pensar em nós, pra parar de pensar em como seria nós três.
Demorei pra acordar dos sonhos que insisto em pintar reais.
Hoje de manhã doeu mais que ontem à noite e anteontem à tarde.
E dói, sempre dói um pouco mais, mas com intervalos.
Dá uma vontade de chorar um pouquinho, de gritar aos poucos, de correr por você.
Eu tenho delírios bons de abrir a porta e deixar você entrar, ou de atender uma ligação onde você esteja à minha procura, ou até de encontrar com você em todos os lugares que vou.
Delírios que me fazem me vestir pensando em te encontrar, passar aquele perfume que você sempre dizia ser bom, ou me pintar e ficar bonita pra o seu espanto.
Eu tenho vivido fora de mim por tempos que não estão no calendário.
E tudo tem girado de forma que caiba você, na beliche, no sofá, na minha cama de solteiro.
Mas até quando eu vou pensar assim, definitivamente louca e desesperada por notícias suas?
Até onde eu vou olhando assim, tão assustada por te achar em alguma cadeira perdida, ou em alguma mesa dividida por você e outros, outras?
Ah, deixa essas interrogações me acompanharem...
Eu vou descansar de você!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Só começando!


E como se não bastasse os 'de repentes' que me acompanham todos os dias, causei em minha vida uma daquelas mudanças de tirar pó e assentar tijolo.
O alicerce foi cavado bem fundo, e dentro dele, com pingos de suor e esperança, comecei a me levantar, com luvas e meias grossas, quase que me protegendo, de novo.

Uma semana inteira de pensamentos direcionados a outras coisas e pessoas, me levou a crer na vida de uma forma justa e fria, meio que sem o sentimentalismo de sempre.
Vi ruas que, mesmo sendo conhecidíssimas, me trouxeram de volta à tona de um jeito guloso, delicioso sim. Eu não esperava!
A verdade sempre chega, vem devagarinho a passos silenciosos mas justos, e como não seria?
Os olhos não se enganam pra sempre, nem os sentidos, nem nem... É pá pum, tiro e queda!
Recebi carinhos fortes, que marcam meus olhos quando me distancio pelos kilômetros.
Vi maldades que nunca vi, senti arrepios que não mereço e ainda exercitei lados que não imagino como serão despertados. Mas serão!
A saudade é sempre absurda e vem de todos os lados.
Não entendo.
Faço até força pra não pensar como penso, pra sentir mágoas sim, pra não sentir o desejo de perdoar, pra não conseguir dizer que 'sim, sinto a falta'.
Pelejo mesmo pra ver com outros olhos, ou mesmo sentir de outras maneiras.
Juro que despenco todas as vezes em que peco pensando da maneira que penso, sentindo o que sinto da maneira que sinto, querendo ainda como eu, só eu quero.
E como tudo que é meu tem esse gostinho de platônico, fico feliz de pelo menos sentir. É bom assim mesmo, se torna inalcansável, mas é bom ter esse muro, muros eu diria.

Davi está enorme.
Tem chutado como nunca e muitas das vezes penso que ele já aprendeu alguma dança estranha ou algum esporte pra lá de radical.
Tenho tido alguns sonhos com ele. E o mais especial disso, é ver rostos que nunca vi e relacioná-los a ele.
Será mesmo que ele vai vir como as estatísticas apontam, ou a natureza desconfia?
Recebo olhares tantos, e dicas idem que não to me segurando pra colocar em prática tudo, tudo nos conformes.
Me preocupo com seu peso, com seu tamanho.
Sei que as milhares de frutas que tenho comprado, as inúmeras receitas que tenho feito, e os desejos que não tenho tido, são maneiras de estar intensamente presa a ele.
Sei também que o amor que tenho recebido de pessoas únicas e especiais (redundante assim mesmo), me trazem uma força de querer ser forte que nunca imaginei poder sentir.
Não acredito em outro amor que não o de amigos verdadeiros, que não o de minha mãe e meu pai, que não o de uma família com seus 'poréns' normais, que não o que já sei sentir por Davi.

"A felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma!"

Só sei que minha vida está na paz.
Só quero saber do amor, da amizade, da reciprocidade que posso alcançar e alcanço.
Mais tijolos e mais cimento.
Eu estou só começando e essa chuva também!!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Quinta-feira.


Por dias tentando entender a fúria de alguns, a sombra torta de outros e kilômetros voadores de mais alguns e outros.
Não me preenche a vida, a respiração, essa forma fake (palavrinha modista) de adentrar no coração das pessoas e deixá-las lá, sem nada nas mãos ou pés ou cabeça.
Tenho tido alguns sonhos que relacionando aos seus significados (sim, tenho andado um tanto mística), me dá medo olhar pelas janelas ou ver os números salvos no meu celular.
Nem sei por onde eu deveria deixar de ir, cortar ligações ou interromper sentimentos e sensações, mas sei que há certas escuridões que merecem o intacto, o imaculável. E que assim seja!
Não tenho conseguido superar algumas angústias... E devo isso as muitas frases criadas por mim que não foram, ainda não foram, postas em lugar algum.
Não tenho podido dormir sem pensar, sem imaginar e criar historinhas minhas sobre e como poderia ser, ou deveria, sei lá.
O fato é que mesmo cansada por completo, exausta mesmo em pelo, não é possível recuar ou renovar, quiçá recomeçar!
Como poderia???
Davi cresce fortemente e rápido em mim, dá sinais vitais cada vez mais felizes e dentro disso tudo ainda tem o que eu não consigo sentir, ver, prever.
Tenho organizado minha vida pra tê-lo por perto, mas e minha alma?
Gosto de cores, modelos, formatos... Tenho gostado de tudo que possa caber nele, seja de qual forma seja.
E nisso tudo, ainda tenho a ansiedade por ter noção de como será, como serão nossos minutos de dias claros e do escurecer que a noite sempre traz.
É inimaginável.
E não sinto solidão por não ter seu pai por perto, seja dando um sinal de fumaça que seja, ou mesmo se fazendo presente judicialmente.
Não sinto falta dele, as vezes.
Tá bom, eu sinto, mas isso não me dá arrepios ou solidão, como eu já disse.
Me dá uma vazio de ter tentado quase em vão provar de uma inocência, de uma novidade, de uma infantilidade notória, que por meses e dias me fizeram crer em.
Ele se foi, e juntamente com seus acompanhantes de fidelidade duvidosas, levou junto um sonho, a confiança e injustiça de ser só mais um homem viril que deixa pra traz um corpo quase que morto, mas ainda em vida.
Pensando bem, Davi, ele não é seu pai.
Pensando melhor ainda, seremos eu e você e todos que se fizerem chegar por querer, por vontade, por amor (seja este do tamanho que puder ser, quiser ser).
Abre-se uma porta, já que as janelas estão emperradas por tempo indeterminado.
Eu hoje tenho frutas deliciosas em mãos, e com todo o frescor que elas possam ter, eu vejo que antes de comê-las, eu posso apreciá-las, posso tê-las por mais tempo em minhas mãos.
Hoje estou feliz a meu modo, com aqueles poréns de sempre em qualquer época do ano ou da vida, mas feliz com o que possuo, e não materialmente falando.
Falo das coisas que consegui superar e consegui recuperar.
Falo das coisas que superei.
A vida não pode ser um enfado, não deve ser um muro de lamentações e muito menos uma caixa de lenços.
Pelo menos não a minha. Não a que tenho hoje, neste exato momento.
A minha vida é agora e mais que isso, ela está sendo compartilhada e doada, está sendo fonte, e vai ser fonte.
Odeio esse abre e fecha de portas e frestas.
Mas amo poder ter certeza do que tenho.
E gosto mais ainda da esperança que me acompanha, chova ou faça sol... E que faça sol!
Abri toda e qualquer porta de minha casa, de meu coração, de minhas provas finais.
Além dessa liberdade de poder ser e sentir sem medo ou reprovação, eu quero e posso.
Então vamos!


(E chega de Michael Jackson, né? Que descanse em paz!)
Um 'moonwalk' de quinta-feira de cá, com equilíbrio e risadas muitas!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

♪♪♪♪♪♪


♪ Resposta ♪
(Maysa)

Ninguém pode calar dentro em mim
Essa chama que não vai passar
É mais forte que eu
E não quero dela me afastar
Eu não posso explicar quando foi
E nem quando ela veio
Mas só digo o que penso
Só faço o que gosto
E aquilo que creio
E se alguém não quiser entender
E falar, pois que fale
Eu não vou me importar com a maldade de quem nada sabe
E se alguém interessa saber
Sou bem feliz assim
Muito mais do que quem já falou ou vai falar de mim

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Por mim...


Um corte nas veias para jorrar sangue
Uma folha de papel pra descrever o medo de ontem a noite
Um copo com água gelada pra acalmar os chiliques (ou milindres?)
Uma rede boa e macia, pra descansar os ares
Um doce qualquer, mas que seja doce
Um programa bem bom, em companhias (no plural)
Umas gargalhadas pra levantar o ventre e balançar as bochechas
Um vento fresco pra levar embora o que não merece lugar
Um choro aqui e ali, pouco, só pra limpar os olhos e a alma inquieta
Um alívio, constante, de ter amor e ser o amor
Uma procura de algo, só pra exorcizar as unhas já mortas
Um saco de baconzitos pra matar a gula
Uma tampinha da KS de uma coca-cola mais que gelada, sendo aberta estrondosamente, pra completar o pecado da gula
Uns sonhos bobos mas que enchem o peito de uma esperança sem nome
Um medo evasivo de encontrar ou ser encontrada ali
Um outro medo de não ser encontrada ali
Uma expectativa de se perder nesse amor de 6 meses, já
Um chute, inesperado
(E mais outros, constantes e deliciosos)
Uma acariciada
Uma viajada na maionese, só pra relaxar
Um click pra viajar ainda mais
(Na internet, ainda que seja)
Um pause naquela história de tristeza sem fim
Um play naqueles planos de gargalhar pra sempre
(Um outro pra sempre que cabe demais na realidade)
Um abrir de portas
(Sem planos de fechá-las)
Um sair de casa bom e necessário
Um sorvete pra lambuzar
Uma roupa nova para agradar
(A si mesma, desde então)
Uma lua nova pra clarear
Um sol pra me acordar
Um dia e uma noite, pra me fazer voltar
(À tona)
Um sorriso
Um ponto
(sem final).


sábado, 27 de junho de 2009

(...)


"Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é prq nunca foi amor. O amor resiste a distância, ao silêncio das separações e até as traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro faz tudo errado , e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: 'Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto'.O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse: 'Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim, talvez não visse flores por onde eu vim, dentro do meu coração!' "

Pe. Fábio de Melo

terça-feira, 23 de junho de 2009

E como serão???


Que mundo novo este meu...
E que felicidade tem invadido essas janelas sem pedir licença, sem avisar (e que bom!).
A minha vida tem saltado como cangurus e nestes pequenos saltos, mas fortes, tenho visto como em filme cada pedaço de mim se esvaindo e se renovando, dia após dia. Bom de se ver!
Só sei que gosto dessas mudanças, desses comportamentos tomados a goles grandes, dessas pessoas de carne e osso e coração ao meu redor, dessas páginas em branco nas quais tenho podido reescrever, escrever...
Não é tudo 'mil maravilhas', e nem poderia (ou deveria) ser. Mas tem um pouco de 'paraíso' em pequenas coisas, cantos e formas.
E quem constrói o jardim, somos nós... Pacientemente, somos nós, se assim o quiseres!
A saudade tem melhorado, as incertezas nem tenho mais colocado em pauta, e as procuras (estas são incessantes) tenho deixado vir e ir.
Não posso me desesperar, nem mesmo esperar demais. Não dá. E isso fica cansativo quando explicamos o porquê.
Não estive com tanta sintonia aberta entre mim e o mundo, os outros, como agora, e isso me dá uma liberdade de expressão imensa e exausta. Mas só sei que eu consigo!
Freio e acelerador em desgaste, mas em uso!

Hoje a chuva voltou, molhou minhas janelas e o birô no qual deixo minhas agendas/diários expostos ao ar, ao vento.
Numa corrida contra esse tempo entre o seco e o molhado, parei pra ler-me, e viví os momentos que na escrita me revelava ingênua e feliz, à minha maneira.
Tempos de uma cólera e uma ânsia e uma burrice peculiar quanto ao coração, quanto às amizades e roupas, sapatos.
Nada muito sério, nem relevante (de fato), mas engraçado ver como as fases anteriores ao nosso agora (que sempre chega e se vai) são diferentes aos nossos pensamentos de agora, aos nossos passos e combinações de tempo e corpo neste.
Nada se encaixava em nada, e tudo era bom exatamente do jeito que era.
Beijei na boca pela primeira vez aos 12 anos, fumei meu primeiro cigarro aos 15 (Derby azul, que horror), tive minha primeira frustração amorosa aos 16 (meu primeiro chifre...), cabulei aula uma única e trágica vez aos 17 (era dia de pagamento da mensalidade, meu pai descobriu tudo).
E isso são só alguns fatos de um passado vivíssimo por mim.
Um baú que não sai do lado de minha cama, do sorriso que coloco na boca, dos fios de cabelos que caem e não crescem tão rápido quanto poderiam...

Davi está chegando na minha vida de uma forma doce e precisamente necessário.
Gosto da idéia de cuidar das cores que vão encher suas gavetas, da quantidade de chapéus que devo providenciar, e dos tamanhos de sandália e sapatos que devo ter pra você disponíveis.
Estou me apaixonando aos poucos e deixando que este nosso tempo se faça tempo dosadamente, sem pressa, cobrança ou formatos precisos.
Fico imaginando como serão nossas noites e dias, e tardes também.
Quem te visitará, te terá nos braços e quem mais estará na curiosidade valiosa de ver seu rosto, seu tamanho, seu cheiro.
Você tem estado mais aqui que eu mesma, e dentre um chute e outro seu dentro de mim, descubro que sou mais mãe a cada dia que tem chegado.
E como será você???
Como seremos nós dois???

Um beijo de cá em todos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

com açúcar e com afeto... e esse twitter?


Um monte de coisas pululando na cabeça, querendo sair, pedindo pra sair, mas não sai, não sai!
A verdade é que meus tempos últimos têm sido de muita intensidade, em tudo, e nisso tenho me dado mais que de costume, tenho me privado menos e me esbaldado em um todo de sensações incríveis, indescritíveis e mais alguns 'íveis'...
Não sei ao certo por onde começar, mas sei que não devo ir por ali e por acolá também não!

Tenho me olhado melhor, me cuidado idem e adorado as mudanças que chegam sem eu ter tempo de indagar ou coisa que o valha.
To amando o nome que por hora está escolhido (do meu primeiro filho e, nos planos de agora, o único também), e mais que isso, o significado de ter 'o nome', me proporciona uma ligação ainda maior com ele, com o que tenho deixado nascer aos poucos (o tal instinto).
Não é fácil ser mãe, e nas minhas atuais condições, implicam grandes preocupações e privações que terei de lidar com toda uma desenvoltura que Deus-sabe-lá de onde vou aprender a não ter medo de possuir pra um sempre necessariamente eterno e terno sim.
Mas que os dias cheguem um a um e tragam um a um dos desafios que me cabem e devem me caber sem mais e nem menos do que mereço ou faço por.
Quero mais é sentir cada estação nas mãos e ver a calmaria que a vida possui quando nos deixamos ser assim.
'Are baba'...

O dia está ensolarado e que bom, com ventos uivantes e ouvintes!!!
Dia de dentista (oh my God), e dia de macarronada também, com bastante queijo!
Deixa eu ir lá, bem longe desses meus devaneios de tristeza que por vezes deixo entrar no algodão do meu travesseiro...
Mas deixa eu também repousar meu sorriso nestes dias tão diurnos que não alcançam nem em pensamento o 'dark' de dias atrás.
Eu quero flores azuis, por todas as partes desta casa e desse telhado.
Um beijo de cá, com açúcar e com afeto.
(tentando usar o twitter... mas quem disse que é tarefa fácil? não pra mim!!!)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

down!


Tem dias que acordo sem vontade de nada, sem perspectiva de coisa alguma, sem pensamentos positivos que me levem a...
Sem!
Acordo sem!
Hoje está assim, não to conseguindo controlar essa força que vezes puxa pra um lado, vezes pra o outro e vezes pra baixo...
Não vou conseguir hoje, pelo menos hoje me entrego e permaneço caída na minha cama e no meu travesseiro.

me rendo pra um dia da minha vida não ser super-alguma-coisa, não ter de ser forte por alguma coisa, não ter de mostrar que eu vou ficar bem assim mesmo.
não vou ficar bem hoje, não dá.
quem sabe amanhã???
(fechei as janelas, apaguei as luzes, tranquei minha porta!)

sábado, 6 de junho de 2009

É menino sim sinhô!!!


E o tempo chega feito um furacão, uma chuva de granizo ou até um choro que não tem jeito de continuar preso na garganta!
Mais um mês se afasta e deixando outro entrar, me dá a areal noção do que ele tem trazido, vem trazendo.
To mais feliz, to mais mãe que nunca (a barriga tem me denunciado cada vez mais), to mais carente também.
Quero mais gente por perto, mais latidos dos meus cachorros e mais vento levando meus cabelos pra longe dos meus pensamentos, mas na mesma direção.
Tenho pensado mais em como é viver a vida sem a preocupação de antes, ou com preocupações novas, de outros cheiros e cores e tamanho.
Tá cabendo tudo ao meu redor, e mais que isso, caberá cada vez mais!!!
Nada de rancores, nem de mágoas, nem mesmo vontade de falar sobre o que se foi, sobre o que passou levando tudo sem dó nem piedade (e que bom).
Nada me dá mais prazer que ter fechado a porta pra o antes, pra o que se foi, pra o que não tem mais volta (e se tem volta, que seja novo)...
Tudo é novo, está novo, vai ser novo!

Bom mesmo é ter amigos de verdade, receber torpedos carinhosos constatando corações, almoçar numa mesa cheia de família e paz, conversar com quem traz sorrisos pra nossa alma.
Bom mesmo é ter, dar paz.
Bom mesmo é estar assim, enfim só!!!

E sim, é menino!!!
Tudo azul, quase que literalmente, hã?!
Um beijo de cá!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

esperando na janela...


As últimas folhas do livro se foram e eu fiquei órfa... abandonada durante as horas que antecedem meu sono chegar naquela cama fofa e solteiríssima, como eu.
Na verdade, eu não quis terminar daquele jeito, tão curiosa e com tanta sede. Mas o que eu pude fazer senão dar fim ao fim que existia, enumerada pela última página.
É isso, acabou.
Mas o bom é que tenho quisto mais, mais dele e mais das elocubrações que ele espirra e vomita e esparrama, exageradamente por vezes e nuamente por mais vezes.
Entre umas batatas fritinhas e um suco de laranja sem açúcar, espero um 'sim' ou um 'nunca mais' de algo que já beira uma mexicana novela, onde eu não sou mais a personagem principal e muito menos a antagonista. Perdi os papéis (não passei no teste) assim como perdi a paciência de trocar o canal. Vou deixar exatamente onde se encontra, quem sabe o que tem chegar não chega? Quiçá antes mesmo que eu cochile de novo enquanto os comerciais me enganam (ou pelo menos fingem que).
Muito suco ainda vou beber, e muitos quilos ainda me esperam naquele sofá... A espera é sempre constante, seja esta de que lado vem ou pra que lado se esvai... Ufa!
Mas quem disse que parei nessa estação por completo? Nããããão... nada disso.
Os poteiros me empurram o tempo todo e me carregam pra lá, bem adiante. To adiantada!
A verdade é que uma coisa é esperar, outra é esperar esperando... Iiih, compliquei? Então chega disso...
...virando a página!
E por onde anda São Pedro que não fecha esta torneira por nada?
'Sangue de Obama tem poder', que que é isso, ninguém aguenta mais tomar banho de chuva e se encobrir de cobertores tapando os ouvidos pra fugir desses trovões horrendos e de balanços duvidosos... Quero sol na terra do sol!
Mas posso estar sendo insatisfeita demais, eu sei, assumo a culpa e abro os ouvidos pra os berros de muitos que estão adorando o clima de Fortaleza, mas vem cá, um solzinho pra esquentar nosso úmido humor cairia bem, né não? Poxa!!!
To que não me aguento de vontade de cair dentro do meu biquíne e sentar numa cadeira de praia, enrolar meus cabelos na maresia e me embriagar com água de coco...
São Pedro, leia meu blog, por favor... Atende meu apelo... Amarra essa torneirinha aí, vá lá, meu rei!!!
Não tá cabendo tanta água nesse céu de cinza claro que certamente raptou o azul e levou pra longe, bem longe dos lados de cá... que dó!

Ansiosa por mais Caio, me acostumando com estas minhas unhas vermelhas (40 graus - colorama) e esperando, esperando e esperando!
Nós estamos esperando nas janelas!!!

"Ai se eu aguento ouvir outro não, quem sabe um talvez, ou um sim eu mereça enfim!"
(Paquetá - Los Hermanos)

Um beijo virtual.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

peace and love, please!


Depois de um banho como outro qualquer, apaguei as luzes que me faziam companhia e me tranquei na cama. Fiz uma prece, algo que me livrasse do baixo astral, e encostando minha cabeça no travesseiro, dei de cara com a minha vida. Ela me dói de vez em quando, me coça, me rasga as veias do pescoço e dos pulsos, e me dá tapas na cara que irritantemente não deixo de lembrar.
Eu ainda me perco tanto na aspereza que é encontrar com a solidão nesses momentos de sólida dúvida, dor, medo e abandono. Encontro tudo o que eu sempre prometo não buscar e mais que isso, não me deixam seguir sem encontrar, sem ter de ouvir ou ler por aí, sem ter de saber por ela, por ele. Não chega disso?
Virando de um lado a outro, eu quis fechar os olhos, mas eu queria continuar pensando na minha vida, eu quis.
Ainda forcei transbordar essa confusão de dedos com choro, com algo que saísse da garganta e fosse pra onde pudesse ir. Mas tudo parece ter de ser só meu, só pra mim, e ninguém mais cabe nisso, eu já somei tantos fios de cabelos de todas as cores e tamanhos, já subtraí também, já esmaguei toda essa matemática dentro do 'eu fiz'. E tudo parece ter retiscências, parece ter páginas em branco de propósito (com um propósito), parece ter eu como início, meio e fim. E nessa mesma ordem, há aquilo que nunca prevejo, que não tem script, que não tem um porquê, mas que se encaixa sempre e perfeitamente onde dói, exatamente onde não tem mais cura, putrefou.
E num desses suspiros de cansaço, deitei e acalentei meu corpo, exausto e sem gota alguma de ânimo, de querer.
A chuva batia forte nos azulejos do quintal e eu só queria dormir e refazer aquela, esta vida de cá.
Desabafei com Deus e dei boa noite a Ele.
(Eu quero paz e amor, sem ordem necessária pra me aconchegar!)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Estou viva... Ronaldo!


Meu dia tinha começado fervorosamente na hora em que olhei pra o relógio, me preocupei em não me atrasar, não gosto de emperrar os ponteiros e fazê-los gritarem como uma unha arranhando uma lousa velha e verde, dos tempos de primário.
Procurei uma embalagem bonita para aquele vestido, mas não encontrei, frustrante entregá-lo assim, nesse papel transparente que mal esconde uma possível surpresa, a qual eu já tinha estragado pela metade. Mas foi o que deu!
Corri pro banho, e entre o sabonete Natura-Todo-Dia e o shampoo Dove, corri pra toalha, esta enrolada em meu corpo cobrindo meu sexo e minha barriga de 5 meses (o tempo voa, e como!). Escolhi uma roupa confortável e sem algo a mais, eu não tenho sentido atração por este algo a mais, tenho me adaptado ao conforto e nada mais. É até bom, o bolso está furado há um certo tempo, desde...
Bom, encontramo-nos pertinho de minha casa e ainda que nossa amizade esteja sim em uma plena construção e reconstrução, eu diria assim, eu não tenho medo de errar na frente dela. E muito menos desnudar meus defeitos, que são tolos e tantos.
O dia correra bem, e a embalagem do vestido tornou-se pequena diante da minha excitação em entregá-lo assim, exatamente do jeito que eu podia e dispunha. Comemos bem, rimos dos meus assuntos mesmíssimos, mas sempre com acréscimos de detalhes fugidios e precisos. Ela me aconselha tão simplesmente, sem se ater à sua própria experiência, mas sim ao senso comum que por vezes foge mesmo do caminho inegável e visível que só os amantes deixam de percorrer, e amantes de alguma coisa, nem sempre derramado ao alguém!
A macarronada, a pipoca com "Pequena Miss Sunshine" e o iguatemi com a lasanha mais leve e deliciosa que já provei (sem comentários minuciosos sobre o ensaio fotográfico pra lá de paparazzi ou coisa que o valha), completaram o dia que iria findar naquele travesseiro cheiroso e de fronhas brancas. Eu precisei tanto daquela atenção com a minha voz e desabafos, precisei demais daquele afeto despretensioso e basicamente encaixado na minha sinceridade e na recíproca deste.
De volta com "Um beijo roubado" e "Onde andará Dulce Veiga'' e mais a sensação de estar viva de novo, me deu de presente um fim de semana e uma visão bem mais ampliada de que não estou sozinha, e nem poderia estar mesmo.
Eu tenho sim a capacidade de errar, como qualquer pessoa que não seja pretensiosa o bastante para se dizer 'livre' disso. Mas também me encontro em amizades e reciprocidades idem. E sei, isso é vitória minha!
As vezes desviamo-nos de um tudo que não satisfaz a alma, mas de alguma forma esquecemos de planejar esse desvio e entender melhor o porque disso acontecer da maneira que chega e o porque de sermos impacientes e cegos, completamente cegos a ponto de querer manter os olhos fechados.
Meu coração é um poço de insegurança, de incertezas maqueadas de prontidões. Mas ele também carrega uma vontade medonha de sair por aí correndo como um atleta à procura de Deus sabe lá o que (ou quem)... Só sei que ele tem sim tamanho e temperaturas normais, e é exatamente forte como eu gostaria que ele fosse. E quando ele fraqueja ou se rende, é no tempo certo que ele se reestrutura e bate tumtum tumtum tumtum novamente, como em um ciclo nada vicioso!
Hoje estou bem, ainda que doente na alma.
Uma sensação de não poder esperar do tempo milagres e muito menos mudanças incomuns e fora de moda, de porquê.
Mas maior que isso é minha força de vontade e minha necessidade de me entregar por inteira à minha gestação, aos obstáculos que estão chegando junto com a poeira que nunca cessa dentro de casa, pelos cortilhos da janela espalhada. Não posso me atrever a buscar o livro sagrado e entender como pode a vida se disvirtuar do ser humano e torná-lo fraco e ainda mais cego que um cego de verdade, de nascença e de pele.
Só sei que não tenho outro amor que não estes que me acolhem e me renovam todos os minutos do dia, seja da forma que for e vier, eu amo sim e sou amada idem.
Tenho nas mãos e no peito um monte de. Que delícia!
Que tudo me seja breve, então.
Mas não impossível nem insensível.
Que tenha vida e seja vivo.
E que chegue perto, sem medo e preconceito de nenhum tipo.
E que não saia mais de mim, nunca mais!
Sem mais delongas... Ponto Final!

RONALDO.

domingo, 10 de maio de 2009

Em crise!


"Escrever, raciocinei idiotamente, não era como andar de bicicleta nem como fazer sexo, meu bem. A gente desaprende, enferruja, entorpece. Crise geral!"
(CaioFernandoAbreu)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

e esta poeira?


E um imenso abandono toma conta de mim e deste blog (E haja poeira... cof, cof, cof!)...
Venho por aqui mais de uma vez ao dia, todos os dias, e ao invés de colocar palavras pra fora, as tenho engolido, e nada tem saído de mim senão suspiros e lamentos!
To meio que sem mão, sem idéia, sem paciência pra colocar algo legal aqui, e assim tenho de ficar ausente mesmo... Acho chato, ó... Mas que fazer???
Quem sabe as leituras que estão pra me alcançar não me ajudem e me tirem desse penhasco vazio e fúnebre!!!

Voilà!
(To feliz com o fim de semana que chega. E não somente pelo primeiro dia das mães que comemoro 'egoistamente', mas também pelo almoço e tudo o mais que o acompanhará na sexta-feira!)
Joice, eu já te falei que você coloca no meu coração, sorriso de propaganda de creme dental???rs...
E então, que venham as dúvidas e as incertezas, que cheguem mais perto a insegurança e o medo.
To muito a fim de ultrapassar tudo isso também!!!
Beijo,beijo,beijo.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

tempo de quarta-feira...


Não me importo com o tempo que não corre, que não sai do mesmo lugar de antes.
Acho mesmo que por opção, eu deveria imitá-lo, e sem receio algum fazer tão bonito quanto.
Tenho estado mais cansada que de costume, e isso tem me tirado o prazer de muitas coisas das quais sinto falta. Mas creio mesmo também ser parte de uma vida que já está a pleno vapor nas mudanças e nos hábitos, nunca mais serão os mesmos...
Só tenho tido a companhia da tv e deste computador. E mesmo quando me perco numa vontade desenfreada de dar voltas e voltas, sem horários e ou lugares predestinados, me vejo enfraquecida e chego a ficar desestimulada, em frações de milésimos de segundos...
Tenho ficado mais chata também, e menos paciente.
Mas também ganhei mais interrogações e pontos finais, e isso é ótimo, eu diria que mais do que me sentir liberada, me sinto feliz por não mais endeusar sombras, baús e cheiros de um passado que não teria graça nenhuma aqui, neste momento do presente.
O fato é que não te amo mais.
E isso me livra dos sonhos que mantive imaculados por madrugadas incalculáveis... Me livra mesmo das certezas que eu achei que tinha, ou mesmo da saudade que eu desenhei sozinha pra mim.
Você não cabe mais nos meus dias, nos meus ideais e muito menos no meu perfil de amor, no perfil que eu guardo fielmente do que é ele, afinal.
O tempo, as horas que ganhamos a mais entre a gente, te levou pra tão longe, que nem mesmo te olhando nos olhos, de mais perto, te vejo.
Você não existe mais, ficou lá, e que ótimo. É bem melhor te ver lá...
Eu to ótima, to feliz que só e livre de você!
E sem hipocrisia, sem superlativos, fico ansiando por uma verdade que ainda há de se coçar perto de mim, e me trazer o bem que já está na hora de eu merecer.
Ninguém me tira o desejo e a luta por meu lugar no banquinho de uma praça qualquer, que tenha paz e muita, e que possa também me refazer desse mal entendido que foi amar sem amar.

Ganhei um bolo de chocolate maravilhoso.
Fiz um mate bem geladinho.
Respondi emails curiosos e.
Mandei mensagens especiais e saudosas.
Recebi ligações convidativas.
E lá vou eu pra mais um dia se desfazendo e se refazendo!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sem título, hoje!


E uma preguiça oleosa toma conta de todos estes meus arredores.
Não, não me atrevo a assumir a preguiça, não propriamente dita, mas sim uma carência de travesseiro, dos cantos de cá.
Deixei raízes pela casa nestes últimos dias, e sair pela porta da frente (ou por qualquer outra saída), dói um pouco, me arranha as mãos e o medo.
Fechei a cadeados fortes minhas correntes, e por hora, me permito trancafiar-me por horas a fio, sem preocupação alguma, ou receio de.
Quero recolher minha pele, minhas roupas sujas e gastas e olhar-me sem tempo, sem marcas, sem espelho algum.
Espero que as horas avancem.
E hoje o céu não espera.

domingo, 26 de abril de 2009

domingo pós...


Adorei meu encontro com as pessoas da minha vida, ontem.
Faltaram algumas essenciais, mas faltaram ontem, hoje cá estão!!!
Me senti feliz, embora uma certa tensão tenha tomado conta de mim...
Eu esperava o inesperado o tempo inteiro, e não me perguntem 'como assim?', eu também não saberia explicar...
Mas fora ótimo!
Amo as gargalhadas que Paulo me arranca, adoro o Zezé discursando algum tema sociológico ou da política 'dazanta', amo Natália e suas performances sobre tudo que vê e escuta, Nayana é singularmente meiga e na medida quanto a opinar e aconselhar.
Mara e Filipe foram o casal da mesa, e toda a doçura do amor que eles transpiravam ali, me deixou um tanto quanto curiosa com a vida e o amor.
Bom, no mais, creio mesmo estar sofrendo até a esta hora de uma saudade de várias épocas (que não cabem várias pessoas), de vários lugares onde relembrando ao redor de amigos, a nostalgia toma acento, sem fazer uso de qualquer interrogação.
Dói um pouco rasgar o calendário... Mas é isso!
Odeio domingos, nunca me encaicho neles.
Vou é procurar alguma receita AnaMariaBraga pra executar, to de saco cheio da TV, da net, do meu quarto, do meu celular...

Me dispensei!!!

sábado, 25 de abril de 2009

E hoje, a festa!


E hoje tem festinha de comemoração da minha primavera... Oba!
Para poucos e raros, claro!!!
Favor constar seu nome na lista... rs

Pizzaria Família Liuzzi
(Av. Desembargador Moreira, 333. Lojas 16 e 17. Bairro: Meireles)
A partir das 18h, vamos se achegando e tomando acento!!!

Beijocas, inté.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Hoje é meu aniversário!!!


24 anos no dia 24 de abril de 2009!
Feliz dia da vida pra mim...!!!
E que todos os desejos que tenho lido no orkut, tenho recebido via msn e por celular ou mesmo pelo telefone aqui de casa (sem falar nos contatos pessoalmente, amanhã que o diga!), sejam meus ladrilhos pra continuar nessa caminhada e busca eterna pelo aperfeiçoamento como pessoa, como alguém que erra e além de se assumir errante, luta pelos acertos, pelos consertos!
E quando não dá pra usar a borracha, dá pra usar o batom e o rímel, e tome pé neste chão!!!
Agradeço imensamente a Deus pelos novos dias que me chegaram em paz, pelas pessoas maravilhosas que estão me dando as mãos, e pelo carinho ímpar da minha família!!!

Durante todo este mais um ano que passou por mim, e comigo, me vi um tanto quanto desajeitada com a vida.
Por vezes desastrada mesmo, trocando as coisas de lugar e levando junto a impaciência, a imprudência, a impulsividade e a insanidade sim!!!
Creio ter machucado pessoas, me machucado idem, atropelado e desrespeitado sentimentos, enfim.
Mas sei também que amei, fui amada, fiz amizades, cativei pessoas, conquistei espaços, refiz contatos, cultivei contatos, reorganizei meus amigos de verdade.
Ganhei broncas inéditas e outras nem tanto assim, vi o medo de vários formatos e cores, chorei pencas por motivos vários, desencontrei a família em muitas curvas perigosas, vi mais de perto a maldade, a inveja e a falsidade.
Mas também brinquei com meus cachorros, ganhei medalha de segundo lugar no jiu jitsu, gargalhei com filmes no cinema e em casa, comi muita pipoca com leite condensado, roubei muitas dedadas em bolos de aniversários muitos, recebi muito carinho da minha família.
Perdi pessoas lindas que partiram desta vida, gastei mais do que devia, estrapolei na ignorância e na falta de maturidade, deixei pessoas na mão e compromissos idem, fui má aluna e também fui uma má irmã, má namorada, má filha, má sobrinha, má amiga (ou pelo menos relapsa).
Mas acima de tudo, eu vivi.
E sei que reconhecer, abrir os olhos e o coração pra essa verdade que é absoluta faz de mim um ser humano como qualquer outro, com seus acertos e com suas burradas, estas por vezes necessárias pra encararmos as pessoas e as situações de outra forma, mas que não fuja da minha autenticidade, do meu eu!!!
Hoje estou feliz, tenho mais alguém comigo, e de uma importância no amor, incalculável.
Todos os meus sonhos vão se realizar, sei disso!!!
E sei também que a minha vida não depende de nada e de ninguém pra ser vivida, pra ser alegre e pra ser intensa, como sempre deixei que fosse, independente de...
Que as portas se abram e que eu saiba fechá-las e deixá-las abertas quando necessário for.
Que me amem muito e se acontecer de me odiarem, de se esquivarem do que não gostam em mim, que pelo menos aprendam a me respeitar e a respeitar o que sou e como sou, isso já basta!!!
É isso, mais uma primavera, mais um ano pra errar menos e acertar bem mais!!!
Mais um ano pra viver, pra viver!!!

E que bom que meu blog mexe com a curiosidade de muitas pessoas e é instrumento de pesquisa...
Venho percebendo que ele é quase que uma página de fofocas!!!rs...
Mas enfim, não importa a finalidade dos leitores que por aqui passam, podem ficar à vontade!!!
Faço gosto, muito gosto que me leiam nua e cruamente!!!

Bom, no mais, deixa eu aproveitar esse dia.
Ele é meu!!!
beijocas em todos.
(tá bom, em quase todos, vá lá!!!)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Abaixo ao homem capacho!!!


Fica impossível não usar um alfinete aqui e só mais outro ali, por favor, entenda!!!
Sabe o que é pior que homem fofoqueiro??? É homem capacho!!!
Seja da mulher, seja do patrão, seja dos amigos, ou mesmo de um homem qualquer, de uma mulher qualquer.
É feio de se ver, e mais ainda de se engolir.
E isso não é feminismo.
É questão de postura, de autenticidade... É, acho mesmo que autenticidade entra nessa história (no caso aqui, a falta dela!).
E quando a gente acha que já viu de tudo, que já sofreu o que tinha de sofrer, que já engoliu o que não se devia engolir, vem um tsunami vergonhoso e me dá essa volta, esse banho que chegou a ser engraçadíssimo... Pelo menos pra mim!
Não imaginei que a insegurança feminina e a falta de pulso masculino, chegasse ao ponto de, digamos, perda do senso do ridículo, falta moral de maturidade e excesso de auto confiança (será?)!
Eu, com estes meus dois olhos míopes, só vi o que não imaginei que veria. Não assim, nesse formato, nesse tamanho.
Quando a gente não aprende a cuidar do coração, este educadamente unido à razão, a gente padece feio, e passa aquelas vergonhas que só mesmo recebendo um Oscar pra ter noção, a real noção.
To passada. Decepcionada. E muito, muito feliz por ter brochado também! E total...
Que façam boníssimo proveito do que acham ser a última maravilha deste mundo.
Mas, mesmo eu não sendo a melhor (nem a pior) pessoa pra dizer algo sobre relacionamentos duvidosos, eu digo com toda a certeza que há em mim, que nada pode ser maior que o amor próprio.
Quando este fica em falta (ou quando nem cogita existir), falta todo um resto também (o que eu vi hoje, afinal?)!!!
Mas o que poderia ser pior que ''o pior cego é aquele que não quer ver"???

Boa noite!
Eu estou liberada!!!

terça-feira, 21 de abril de 2009

chuva e chuva e feriado


Um feriado com chuva interminável e insistente na janela, na porta, no quintal!
Morri de amor hoje, mais uma vez!!!
Véspera de primavera completa é assim, quase que inferno astral.
To curtindo a solidão que me cabe neste momento, e curtindo também a certeza de não mais querer outra vida que não esta, com todos os seus pesares e nuvens que ainda não me abandonaram!
Tenho amor demais em mim, e por isso mesmo não desisto, não ainda e creio que não, não irei!!!
Quero é provar das impadas e do frapuccino...
Quero é ouvir e falar mais, mostrar sim também...
Quero é ver, sentir, ver, sentir, ver sentir... independente de!
A noite me embrulha e acolhe essa tristeza que passa já, mas que por hora quer ser mostrada e bebiba, até a última gota...
Eu quero tanto, que quando chega a doer, também chega!!!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

ah o amor...


Eu e minhas teorias de amor (chegam a ser quase utópicas se considerarmos os tempos ''modernos''), de resgate deste pra mim (e já não seria sem tempo?), foram divididas em um papo tão sutil e despretencioso que me deixou com o âmago penteado, eu diria até aguçado!
Na verdade, um papo de liberdade, de folhas em branco afinal.
Eu quis muito, e como, ter a chance de ver os olhos, sentir o cheiro e o poder que um sorriso aqui e uma balançada de sobrancelhas ali, têm!
Eu não esperava que isso me chegasse tão cedo, ou mesmo que me chegasse, enfim!
O fato é que dividir, somar é sempre tão melhor que multiplicar (neste caso, cabem quase todos os sinais matemáticos, creio). Acho até que eu só estava subtraindo, subtraindo... e por aí vai!
Que bom que foi bom. Que bom!

Acredito sim no amor que ouvi. E comparando, sem receio, acredito também que os ponteiros sejam os mesmos, claro que cada qual com seu qual.
O fato é que pra mim, amor é exatamente o encontro do momento certo com a maturidade.
É merecimento sim.
Passamos a vida que carregamos (e que nos carrega), tentando evoluir e livrarmo-nos de vícios, birras, costumes exacerbados, enfim, pesos supérfluos.
Quando conseguimos entender o propósito, então, de ser feliz com o que temos (sem mediocridade e ou coisas que o valha) e dar valor a isso, a essa sensação de saciedade com coisas simples, momentos simples, acredito sermos digmos de sentir o amor, e sentir ele na mais absoluta forma de humildade, de desprendimento.
Ah, mas claro que há tantas outras idéias inclusas dentro desses meus pontos finais, dessas vírgulas... Cabe a nós, dentro de nós mesmos, discutirmos e avaliarmos, né?
Hoje meu dia fora engraçado, até.
Uma tarde inteira de 'pernas pra que te quero'.
Cansei!
Pensei um bocado nos amigos que ainda não fiz e nos que me deixam com sorrisos de bolo de chocolate com cobertura de creme de morango (igual ao de ontem)!!!
Penso muito em como estou encarando esse formato de luta que me chegou, essa vontade de ir além e sair dessa casca que por vezes me prende em mim mesma. Chegou a hora de sair e ''sair pra fora'' mesmo!!!
Queria poder fazer magia e colocar no coração das pessoas que machuquei de alguma forma, mais amor, bem mais!
E como não há magia, e há amor, fica aqui o recado!!!
Eu quero mais amor e mais que nunca... Sempre!

Tim tim!!!

sábado, 18 de abril de 2009

receita de sábado


Penso tanto quando entro nesta página, fico ''selecionando'' o que escrever, e não dá certo, sempre perco a mão, sempre.
O que acontece é que queria dizer muitas coisas, mas ao mesmo tempo organizá-las é tão impossível, eu acho...
(Chuva lá fora das minhas janelas, e aqui dentro guarda-chuva aberto!)
P.s.: Com ou sem hífen? (E tome reforma ortográfica...)

Meu dia foi menos difícil que os anteriores, e falo no sentido de humor.
Tenho tentando ao máximo buscar a força que todo mundo encontra dentro de si, das mais variadas formas e nos mais variados momentos. Mas nem sempre dá, né?
Tem aquelas horas em que é impossível não se render a um choro, uma angústia, ou mesmo a uma reflexão mais profunda do que há de novo na vida, seja pendendo pra um lado ou para o outro.
Bem ou mal, a gente se rende. Isso não é ruim, eu não considero.
Mas quando se tem a solidão como companhia, dói um pouco além da conta.
Me rendi, desabafei comigo e com estes meus pensamentos mutantes e insandecidos, por vezes.
Passou!!!

Perdi o show do Marcelo Camelo ontem... Nossa, fiquei triste, queria muito vê-lo. Ainda mais que seria um duplo show, com direito a 'Thubaruba', ou seja, a Mallu Magalhães...
Mas, minhas amigas (desgarradas amigas), preferiram Móveis Coloniais de Acaju, fazer o quê??? Curtir Marcelo Camelo sozinha??? Não mesmo!!!

Banhei meus cachorros, fiz minhas unhas com a Sol, voltei pros meus travesseiros e pensei, pensei, pensei no quanto amo, amo e amo, amo, amo!
Baixei umas músicas no media player, pesquisei umas coisas sobre 'vida uterina' e me refiz, completamente.
Foi um bom dia, sim!!!
Gostei tanto dos emails que me chegaram na caixa de entrada, e mais, dos contatos que retomaram minha esperança, quase velhinha esta!!!
Bom, né?
Ah, também aprendi uma receitinha gostosa, vou colocar aqui.

"Danone caseiro"
Ingredientes:
1 sachê de mistura para suco em pó (sabor da sua preferência e marca idem)
2 latas de creme de leite
1 lata de leite condensado
Modo de preparo:
Bater tudo no liquidificador, até a mistura ficar bem homogênea e levar a geladeira por alguns minutos, só para resfriar.
Está pronto, é só servir!!!
(Dica: Os sabores de morango, cajá, graviola e goiaba, ficam ótimos, em especial).
Fiz a opção cajá da marca de sucos em pó MID, pois adoro.
Hmmmm, delícia.

Bom, no mais, fico no aguardo para papos alegres e muito esperados que vão me chegar, daqui a pouquinho!!!
Beijocas.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Mais uma saudade!


E essa chuva tilintando entre as minhas janelas e este quintal imenso que me cerca, me dá a noção, real noção, de uma nostalgia benvinda sim, e por que não seria?
Lendo um post de um blog em especial, inevitavelmente bebi saudades que não são minhas, mas que couberam na minha tarde. Também sinto um pouco daquela saudade, mas a minha é de outras cores, tempos e tamanho. Não cabem tantos personagens, mas cabe aquele amor inacabável que li e que reli. Amei!!!
Sinto que não adianta ser desfeito o calendário anual, não adianta a entrada de outros séculos e épocas e caretices e blábláblá. Nossa alma caminha devagar e vezes demora a chegar junto aos passos, por motivos muitos e vários que eu nem ousaria descrever aqui, pra quê?
Só sei que esse clima de ''chove chuva, chove sem parar'', me dá saudade até mesmo dos banhos que levei de lama indo a lugares de rotina diurna ou não. Indo trabalhar, ou gazear alguma aula de 'ética' ou 'sociologia da educação'. Tempos de bom grado pra meu coração!!!
Seja nos copos de cervejinha que rachei com amigos lindos e também de épocas que desta vez não se completaram, seja em bilhetinhos trocados na hora da aula (pra colocar logo o diário em dia) ou mesmo seja nas fumaças às escondidas que troquei por detrás de uma banca de jornal em frente ao Pão de açúcar (ao qual chamávamos de 'Woodstock'... nem sei bem porquê!), eu fui tão estasiadamente feliz, segura. Eu me sentia gente!
Hoje vejo as horas passar mais devagar, por vezes incompletas e sem propósito algum, mas é isso!
Meu media player me ajuda a passar esses ponteiros pra frente e colocar na minha agenda os afazeres de um amanhã que sempre chega, independente da hora em que deixo, ele chega!
Não sei quando e como, mas eu quero que ele chegue, agora eu quero!
Meu coração doeu hoje, mais que ontem, e deu aquele sinal de alerta que sempre dá quando tiro os óculos pra enxugar, é quando me dou conta que... Doeu por demais!
Queria minha lancheira de volta, meus tempos de me despedir da minha mãe pra mais uma manhã de 'tias' e hora do 'recreio'.
Queria poder me encarar quanto a esse amor todo que guardo e escondo, mostro e escondo, nego e escondo, confesso e escondo!
Até quando???

Bom, no mais, preparo uma vitamina de ''Doce Solidão'' com doses extras de ''You know you've got'' e ''Mais tarde''...
Espero mesmo sentir a fila que existe em mim de mais amor, mais amor e mais amor. Espero reduzir tal fila pra uma carta, ou uma mensagem, ou ainda um post e por último, quem sabe, uma ligação! Não, não!!!
Ah, como é difícil escrever 'Tá, eu desisto, você ganhou!'. Eu não posso escrever isso de verdade, não sei que letras usar, se é que me entende!!!
Cabem 'queros' inundados em mim, dentro de mim!
Você está transbordando, independente destes 'sins' que gostaria (e não vão vir, estou certa disso)... Você sempre transborda!!!
A saudade é grande, tamanha, proporcional à indiferença, cabem na mesma gaveta, se você deixar, claro!!!
É tarde da tarde, me entrego ao Cheetos e ao suco de caju!!!