quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E por que não eu?


Gargalhei muito noite passada.
E como numa deliciosa lambança de chocolate meio amargo com goles de refrigerante de uva, me fartei!
Há muito os risos que me alcançam não passam de historinhas engraçadinhas e pequeninas, se é que me entende este monte de diminutivos...
Não sei como cheguei a um sono tão rápido, mas sei exatamente o que sonhei. E foi bom!
Mistura de saudades-proclamadas-inexistentes com o amor, muito amor guardado e com cheiro de mofo, de madeira molhada, de cupins maldosos e famintos. Haja cupim nas minhas noites e nos meus dias, haja!
Mas isso não me impede de mover as pernas e os lábios. Muito pelo contrário...
Me impulsiona, como uma mola bem grande e sem ferrugem. Lá vou eu!
O sol está rasgando minhas janelas e minhas frestas. Achei que nem apareceria hoje, já que tem se rendido a pequenos golpes de chuva, de vento frio e delicioso.
Volte para a praia e me devolve o nublado de ontem, vá lá... Por favor!
Hoje quero um pouco do algodão macio de minha cama, de meu travesseiro e do meu pijama... Quero mais um pouco de manha, só mais um pouquinho!!!
Minha preguiça é tamanha agora...
Sensação de pasta de dente escorregando na escova. Ou de uma toalha molhada estendida ao vento, sem direção.
Estou borbulhando novamente, e mais uma vez certa das escolhas que assinei, certa das ruas que fugi, certíssima dos cheiros que ainda vão se grudar a mim.
Ainda estou com preguiça...
Melhor eu correr pra meus lençóis mágicos (ou seriam tapetes?), e percorrer aquelas ruas que eu tenho curiosidade de pisar e fincar as unhas.
É bem melhor ver os prédios de cá.
Desta minha janela, eu alcanço o canto de algumas andorinhas.
(Ai se sêsse...)
Por que não eu???

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