terça-feira, 30 de setembro de 2008

Terça-feira nada 13...


Noite quente já...
Saindo pra fazer passeios noturnos e tirar o mofo que anda esverdeando meus cabelos, pele e coração, é o que devo fazer!
Coca-cola, trident de melancia e um novo perfume que me banha o corpo e a mente!
Trocando tudo em miúdos, ando mesmo é revoltando meus gostos...
Mudanças todas e quantas puderem me chegar, to catando!

Ui, agorinha, espia, to catando novas vozes e me dando conta de uma culinária ainda mais requintada sob este céu estrelado e cheinho de surpresas e risos!
Venha logo, buzine e me chame, ande!

Coisas de Chico...


''Tatuagem''

(Chico Buarque)


Quero ficar no teu corpo feito tatuagem

Que é pra te dar coragem

Pra seguir viagem

Quando a noite vem

E também pra me perpetuar em tua escrava

Que você pega, esfrega, nega

Mas não lava

Quero brincar no teu corpo feito bailarina

Que logo se alucina

Salta e te ilumina

Quando a noite vem

E nos músculos exaustos do teu braço

Repousar frouxa, murcha, farta

Morta de cansaço

Quero pesar feito cruz nas tuas costas

Que te retalha em postas

Mas no fundo gostas

Quando a noite vem

Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva

Marcada a frio, a ferro e fogo

Em carne viva

Corações de mãe

Arpões, sereias e serpentes

Que te rabiscam o corpo todo

Mas não sentes

Nostalgia e saudosismos...


''Uma mensagem de amor"

(Léo Jaime)


Os livros na estante já não tem mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que eu sei
Nada me resta
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
A noite eu me deito,
Então escuto a mensagem no ar
Tambores rufando
Eu já não tenho nada pra te dar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
No céu estrelado eu me perco
Com os pés na terra
Vagando entre os astros
Nada me move nem me faz parar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor

Mais um jingle na cabeça...


"Ainda Gosto Dela"
(Samuel Rosa & Nando Reis)


Hoje acordei sem lembrar
Se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar
Que eu ainda não deixei
Vou ficar?
Quanto tempo
Vou esperar
E eu não sei o que vou fazer não
Nem precisei revelar
Sua foto não tirei
Como tirei pra dançar
Alguém que avistei
Tempo atrás
Esse tempo está
Lá trás
E eu não tenho mais o que fazer, não
Ainda vejo o luar
Refletido na areia
Aqui na frente desse mar
Sua boca eu beijei
Quis ficar
Só com ela eu
Quis ficar
E agora ela me deixou
Eu ainda gosto dela
Mas ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz
E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Eu vou deixar a porta aberta
Pra que ela entre e traga a sua luz

Vai passar!


E olha que a vida lança cada desafio para nossos pés, e olha que não tenho andado tão distraída quanto antes, se bem que...
Bom, nada mais de geléias de morango e conversas pela madrugada a dentro, mas tenho tido bons sonhos, acompanhado boas notícias em noticiários (vezes não tão boas assim), me alimentado de bons frutos e, assim, desfeito uma magreza incompreensível e nada comum. Tenho desfeito os dias de muito sono e acordado cedinho para chegar à academia já aquecida e disposta (a academia é a novidade mais gostosa dos meus últimos tempos). Tenho visto pessoas que há muito não me entravam pelas ruas que ando, tenho voltado aos tempos de açaí e mais, meu sushi ficou mais comum, que bom!
A minha saúde passou por maus tempos, descobertas diagnosticadas e frustrações nestas, me tiraram alguns rumos e aspirações, mas ainda assim decidi optar por mim, unicamente egoísta sim!
Nada de tragos, nem mesmo goles de qualquer coisa que remeta ao álcool (nem mesmo os perfumes e cuidados com a pele a dose de)... Traumatizei o espelho, e isso se tornou ótimo, acredita?
Andanças e exercícios e estudos... Voltar a estudar estava tão fora dos planos que tenho tido que me acostumar com as direções que estou retomando quanto aos endereços. Engraçado!
Nada de remédios, nem de cólicas e nem mesmo de telefonemas... Nada de emails (já que ainda estou sem a assiduidade à minha disposição) e muito menos de atualizações de cá (o que tem me deixado extremamente raivosa, já que as idéias, palavras ficam pululando em minha cabecinha não mais tão insana)... Ah, as coisas mudaram mas nem tanto assim...
Apenas direções, sentimentos, músicas e horários... As vezes acontecem coisas muitas para nos darmos conta de quão doentes nos tornamos frente à mudanças inesperadas e impensadas! Digamos que mudei o que não podia, e agora vejo que sou eu aqui, escrevendo e sorrindo com as idéias!
As eleições estão chegando, as aulas retomando e os amigos me dando mãos e sorrisos e ''que bom que parou de fugir''! Na verdade, parei de sonhar como antes, e minhas saudades, sempre tão impossíveis, se tornaram amigas e acalentam minhas noites de sonhos e pesadelos... Noites estas embaladas por certezas e planos refeitos, eu diria que planos recriados!

Ferrari matando a corrida do Felipe Massa no domingo, Los Hermanos à tardinha no meu microsystem (''Doce Solidão'' - Marcelo Camelo) e melancolia para terminar minha noite do fim de semana...
Hoje já é terça, e ainda não me recuperei da saudade de anos passados (ou não!). Mas ainda assim, com este turbilhão insatisfeito de dores, me sinto bem, me sinto em casa novamente sem ser novamente!
Desfiz minhas malas, pelo menos até janeiro não levarei-as. Mas refiz os risos constantes e a certeza de que sou, sou e sou!
Que dia é hoje? Ah, tanto faz... Pelo menos por enquanto!!!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Perdas e ganhos!


Nada se torna maior que uma decepção quando esta chega cegando tudo ao nosso redor, cortante e dolorosamente.
O que se torna desnecessário, são diálogos calados e gestos de mãos e olhos e pés, que acompanham uma raiva aqui e uma risada grotesca ali.
Ironias, nomes trocados, peles que ardem só em pensar no algum contato, ou mesmo palavrões que se direcionam involuntariamente pra todo e qualquer canto que esteja próximo daqui, são atitudes de um lado de lá que nem merecia ter chegado cá um dia!
Perdas, mas ganhos ainda maiores chegaram no meu telhado, na minha fechadura, no meu travesseiro. Mas bom mesmo é estar defronte à tv e se dar conta de que o melhor de uma escolha erroneamente feita, é o descobrir desta, não importando o quando e nem o como...

Chega, a minha vida já está tão abusada, tão estuprada e exilada de gostos, cheiros e texturas, que nem mais me enxergo dentro dessa podridão que virou estas pessoas hipócritas, mal intencionadas e despreparadas para algum tipo de lição, seja esta moral ou não!

Quem ensina, às vezes esquece de aprender!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ana chegando!


(QUANDO CHEGAR - AnaCristinaCesar)

"Quando eu morrer,
Anjos meus,
Fazei-me desaparecer, sumir, evaporar
Desta terra louca
Permiti que eu seja mais um desaparecido
Da lista de mortos de algum campo de batalha
Para que eu não fique exposto
Em algum necrotério branco
Para que não me cortem o ventre
Com propósitos autopsianos
Para que não jaza num caixão frio
Coberto de flores mornas
Para que não sinta mais os afagos
Desta gente tão longe
Para que não ouça reboando eternos
Os ecos de teus soluços
Para que perca-se no éter
O lixo desta memória
Para que apaguem-se bruscos
As marcas do meu sofrer
Para que a morte só seja
Um descanso calmo e doce
Um calmo e doce descanso!"

Voilà


Tenho andado um tanto quanto enjoada de algumas coisas da vida... Não sei como, mas tenho me visto bem menos em relação ao ontem, ao anteontem e por aí continua... 
Não tenho compreendido os sonhos que têm me chegado às madrugadas assombradas. Nem sei bem porque chegam a ser assombradas, mas sei que são, por perfumes ali e rangidos aqui e assim vocês imaginem o que mais!
O passado só me vê desta forma, em sonhos (ou pesadelos?), e confesso que acordo afobada, tomo água (em goles grandes) e volto pra o meu lençol fiel. Não queria isso, não quero, mas eles me vêm... Talvez sejam coisas de minha cabeça, ou de um coração incompleto e por vezes dolorido como o quê, ou ainda podem ser confusões de pessoas (os sonhos podem vir trocados, acontecem esses erros de ''correspondência''). Só sei que isso é ruim, é muito ruim deixar que os sonhos cheguem. Vezes penso que é melhor nem cochilar, pra não deixar que me achem, que me acordem assim, desesperadamente saudosista e querendo, querendo, querendo... Mas não quero, e nem poderia querer, não dá pra continuar querendo. Foi-se, está longe daqui e dali também!
Uma caminhada acolá me trouxe pensamentos de uma imensidão que agora me pertence. Não que esta já não existisse sem ser necessário 'pernas pra que te quero', mas especialmente ontem me vi sem preguiça pra o percurso de há muito atrás... 
Voltei, coloquei coisas no devido lugar, relembrei sonhos e pesadelos de noites atrás (e tem sido toda e qualquer noite, madrugada), goles imersos (submersos) de água e algo assim, pés descalços e calados, bem calados. Voltei mesmo e só voltei!

Estupefata, resolvi dormir e me render aos sonhos (aqueles), por ora são bons, me fazem rir e sorrir delicada e satisfatoriamente. 
No meu estado de agora, rir é o melhor remédio, e como é!
Sendo assim... Voilà!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mais uma terça-feira


Nada de mais hoje, a não ser umas corridas pra bem longe e com voltas bem largas, antes de abrir o cadeado e entrar, finalmente, em casa e me deparar com Max e seu osso... 
Liguei rapidamente o laptop e busquei um site qualquer onde se possa escutar músicas boas (pelo menos boas pra mim), músicas que não as de topic's e ônibus lotados (e coisas que o valham)... Nã, que coisa! Poluição sonora faz mal à saúde se olharmos por alguns ângulos (e nem vou descrever quais). Só sei que dei graças por estar sentada no sofá tomando meu suco de limão-azedo-com-bastante-açúcar e ouvindo Elis, o furacão!
Respirei fundo e não pensei na dor, só na despedida de minha mãe que foi muito fofa, o coração deu alguns pulos mortais, até! 
Fiquei pensando na alegria de Max sempre que tem alguém em casa com a luz ligada, pensei nos doces enormes que tenho comido (insaciavelmente), nos filmes de ontem de madrugada ("O som do coração", ''Reine sobre mim" e ''Antes de partir'') com torrada e geléias e capuccino... Nada de dor! Nadinha!!!
 
E que venha a noite com seu ventilador (não mais barulhento) e seus corais, muitos a escolher!!! 

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Tic tac... tic tac... tic tac...


É fato, as pessoas sempre deixam algo em nós, seja isso perfume (que sempre chega primeiro, incrível né?) ou mesmo qualquer coisa que o valha. E digo isso feliz, por motivos tantos que nem vou ousar descrevê-los, colocar um a um aqui seria meio desnecessário, considero!
Só sei que os dias estão bem mais dias, menos noites... Nada mais de mágoas, de remexer em passado que nunca passava (por quê?), enfim, os dias chegaram! E trouxeram arco-íris de todos os tamanhos e ângulos e formas... Vejo dias, realmente dias! Bom, né?
Os enjôos ainda não chegaram, e nem precisei me preocupar com fraldas (ainda), mas já tenho chupetas, sapatinhos e a mamadeira (quase prepaparada, já). Mas acima de tudo, tenho o amor, tenho a ansiedade (pelas malas e o todo delas), tenho você, tenho vocês e você de novo (que bom que voltou). 
Tenho tido os desejos mais ousados e normais, mas tenho tido milhares, incontáveis. E estes têm trazido sorrisos e gargalhadas aos potes (de ouro). Nada tem sido maior que a espera, que a impaciência de ter de esperar, e mais, nada tem sido mais gostoso que a paz deste e do resto que acompanha, que está perfeitamente custurado a nós, e já nós 4!!!

Ufa, matáforas aqui? 
E quem é que sabe?

Domingo bem cansativo, incompleto, eu diria, mas um domingo gostoso. Nós em casa, computadores ligados, Max e seu osso (os dois são um só) andando pra lá e pra cá e eu e minhas milhares de músicas e vozes perambulando pela casa... Nada melhor que a saudade que a gente mata, e mesmo quando não se pode alcançá-la, há os filmes e cheiros e lembranças e certezas, para preencher, ainda que em partes, as lacunas sempre à espera...

Ultimamente tenho só esperado, e que bom, aí vem mais meses, com suas malas (bem mais cheias)...



sábado, 13 de setembro de 2008

Ao nosso ''tio Jorge Luís Viana''...





Me mantenho à distância...

A saudade, por si, já diz muito do muito que ela é, está sendo!
A sensação de impotência, de querer falar mas não saber exatamente o quê ou como dizê-lo, querer abraçar mas não saber como e de que ângulo começar, o sorrir e não deixar sorrir, o chorar mas não deixar que as lágrimas sejam grossas, ser forte mas não ter como encontrar motivos para tal, ver a dor e deixar doer tanto quanto... É assim que o corpo responde às perdas, à vontade de lutar pra que isso passe, o tempo traga logo a saudade boa, e os dias sejam mais leves, mais saudosos!
Jorge, vê se aparece de quando em vez, ainda que em sonhos e coisas assim.
Obrigada por deixar teu sorriso!
Grande beijo bem dado!





Essa é a música do momento (meio modista, claro, Legião...), mas cabe, como uma luva nas mãos em dias frios!


Love in the Afternoon



(Composição: Renato Russo / Marcelo Bonfá / Dado Villa-Lobos)



É tão estranho/ Os bons morrem jovens/ Assim parece ser/ Quando me lembro de você/ Que acabou indo embora/ Cedo demais./  Quando eu lhe dizia:/ "- Me apaixono todo dia E é sempre a pessoa errada."/ Você sorriu e disse:/ "- Eu gosto de você também." / Só que você foi embora cedo demais / Eu continuo aqui,/ Com meu trabalho e meus amigos/ E me lembro de você em dias assim/ Um dia de chuva, um dia de sol/ E o que sinto não sei dizer. / Vai com os anjos! vai em paz./ Era assim todo dia de tarde/ A descoberta da amizade / Até a próxima vez./  É tão estranho /Os bons morrem antes /Me lembro de você /E de tanta gente que se foi /Cedo demais / E cedo demais /Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis /Só não aprendi a perder/ E eu, que tive um começo feliz/ Do resto não sei dizer./  Lembro das tardes que passamos juntos/ Não é sempre mais eu sei/ Que você está bem agora/ Só que este ano/ O verão acabou Cedo demais.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

(Sem título)


Iupiiiiiiiiiiiii... 
Estudar, estudar, estudar!
Malas e fraldas, me esperem, vamos demorar mais alguns dias... Deixa só os enjôos começarem, deixa!

Masclando um chiclete aqui, tirando vícios ali... 
Andando pelo supermercado (adoro), fico olhando a reação das pessoas sobre muitos ângulos. Sejam eles o de comparar os preços (este é o mais engraçado... escuta-se de tudo!), o de procurar os preços (melhores?), o de encontrar produtos e até o de desistir destes... Sim, os bichinhos são abandonados na beira do caixa na hora ''H''. Como podem ser iludidos assim, de graça? (Se bem que se pagaria um certo preço, literalmente, para não serem iludidos)... 
Enfim, voltei pra casa com as sacolas (ecológicas, diga-se de passagem) balançando pra lá e pra cá... Pensando na minha vida, nos meus amigos, nas pessoas que me rodeiam ('inda mais agora), no meu Cocker Spaniel, na minha casa (e a nova casa que está vindo), nas viagens com barracas e fogueiras (Guará com Rosa e Gyl)... 

Tenho gostado da vida, tenho gostado de outras vidas... Ah, tenho gostado!

Estudar, estudar, estudar!!!
(Lancheira na mão, mochila nas costas...)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Jorge Luís Viana...


Jorge querido...
Paz, amor, harmonia e saúde!!! 
Estamos contigo nessa luta, nessa caminhada, nesses dias que passarão, certamente!!! 
Seja forte, tenha vontade de sê-lo, viu?  
Grande abraço (bem urso) pra ti! 
Adoro você, adoro sua luz!!!

Um minuto de silêncio!!!


Um minuto de silêncio pra o que meus ouvidos não mais escutarão... 

Mais um minuto para as palavras do meu vizinho...

E um último minuto para o meu vizinho!

AMÉM!!!

Caio cai bem? Ô...


"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrário: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda."

Tirando a carapuça!


Ah, quer saber, não vou mais ''istruir'' páginas de meu blog para dar continuidade a uma batalha que se iniciou contra a vontade dos meus tempos cá. Chega de armamentos, né não?
Nada mais de possíveis respostas (quais foram mesmo?), e nem de comentários para defender algo que não tem defesa, não é? Opinião é opinião, e cada um que se coçe com a sua!
Defender ideais é bonito, acho massa, oh. Mas vamos combinar uma coisa, quem disse que alienar o mundo com a defesa que lhe cabe, é preocupar-se com este? 
Não, sério, francamente, se eu me importo com o que a vida tem sido pra todos, por que eu não me visto, não como, não ando também de acordo com esta preocupação?
Opa, eu posso dizer que me preocupo sim, e defendo muitas causas, e estas me alimentam dia após dia, sempre sem pular um só destes, e eu devolvo a mim, somente a mim, o bem que estas me dão, me cabem!
Eu só sei que hipocrisia é uma doença... Já pensou se preocupar com a capa do livro do meu vizinho e também me preocupar com qual dos sapatos vou a uma festa? Ou então, em qual loja vou comprar algo pra mim hoje à tarde? Ou então, comer um pedaço de carne sem a menor noção do quanto aquilo causou pra animais, e causará sempre pra mim, pra meu corpo? 
Se ainda há pessoas que não sabem que transformar o mundo também inclui abdicar de vícios, de posses e de alimentação desnecessária, então eu é que não sou alguém que saiba realmente o que significa esta tal transformação, né? Né não!

Não precisamos ser estudantes de nada para sabermos que leitura, literatura é como perfume, como nariz, como cor da pele... Cada um tem a sua, e nesta, implica aprender o que é bom (seja a fragância, seja o tamanho e seja a proteção necessária, respectivamente!) sem ter de ser alienado para tal.
Ou seja, que as pessoas leiam sim, e leiam cada vez mais, só que saibam sozinhas distinguir o que é bom e ruim, o que é necessário pra suas vida, seus intelectos. Entendem? Se fulano gosta de auto-ajuda, que posso eu fazer senão lhe indicar outro livro? Sim, indico, ela não se agrada e volta pra suas antigas escolhas. Eu vou me matar? Vou matá-la? Vou excluí-la da sociedade? Vou dizer que ela se tornou isso e aquilo e aquilo outro? Ou dizer que ela está propagando o ideário neoliberal? Ai ai ai...

E que seja mesmo a última vez que caibam neste espaço meu, só meu, coisas que nada condizem com o que quero para minhas preocupações. Chega disso e daquilo e daquilo ali também!
Que todos tenham suas liberdades de escrever o que quiserem, e alfinetarem quem quiserem, mas meu blog não abrirá mais exceções, será fechado para tais letras e concordâncias...

Carapuça todo mundo veste, até você vestiu, não é? E agorinha veste de novo... Espia!
O mundo anda tão preguiçoso, olhar pro outro tornou-se diversão e passatempo, acha não? Eu acho!

E ah, ia me esquecendo, quem gosta de boa literatura, também gosta de uma vida boa sem mais e sem menos. Quem gosta de boa literatura, e eu me considero uma das, também tem lá suas preferências, sejam estas agradáveis à você ou não, a ele ou não, e a quem quer que seja ou não!
Eu gosto sim de ARNALDO JABOR e blá blá blá e continuo gostando, continuarei... Tenho certeza de que ele não é modismo e muito menos alimentado por falta do que fazer senão bisbilhotar os gostos e costumes alheios. 
Ele não é boa literatura pra você? Que pena, mas quer saber mais? Não? Conto mesmo assim... Ele também não o é pra muitos e continua aí, e vai continuar porque ele é bom sim, e não porque eu estou dizendo ou porque outras milhares de pessoas concordam comigo, mas porque simplesmente ele é bom e pronto, finito! Nada mais a dizer, a defender, a discorrer... blá blá blá!

''SEJA UM IDIOTA'' – Arnaldo Jabor

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. 
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele. Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. 
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Ha ha ha ha ha ha ha ha! 
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? 
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? 
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. 
Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a a teoria. 
Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. 
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... 
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! 
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?



terça-feira, 9 de setembro de 2008

"E vamos incomodar bastante ainda!"


Será que se Foucault transcrevesse palavras de Arnaldo Jabor e dissesse que estas são dele, ele seria menos vergonhoso de se ler? Ou quem sabe, se Arnaldo Jabor doasse suas crônicas (que particularmente acho óóóóóóótimas e simples, sem rebuscamentos exacerbados ou redundâncias) à Kafka, Sylvia Plath (claro que eles dispensam tal ato, por si se superam...), toda e qualquer pessoa seria respeitada por lê-las? 
Incrível! Esta é a palavra estarrecedora de agora, agorinha!
Como podemos incomodar pessoas com gostos que, sinceramente, transcendem o natural?
O que há com o ser humano que se acha no direito de dizer que isso ou aquilo é vergonhoso de se gostar de ler, de apreciar, de buscar saber sobre? Quem é que sabe o que é certo ou errado na arte, na leitura? Quem é que possui gabarito pra isso? 
Me recordo de uma cena do filme "Sorriso de Monalisa", com a Julia Roberts, em que ela faz o papel de uma professora de arte numa escola conservadora, só para mulheres. Numa de suas aulas, ela mostra algumas telas de Picasso, Rodin, e até mesmo pinturas dela própria, e por aí vai, e pergunta à sua turma, quem é que tem o direito de dizer se aquilo é arte ou não? Quem é que julga o que é certo na arte? Nós mesmos!!! 
Ninguém, ninguém mesmo te deve satisfações ou obrigações por você ou você ou você e ainda você, gostar de tal autor (a). Ninguém possui gabarito suficientemente maior que o seu pra te dizer que 'isso' que você está lendo, é ruim ou bom. 
Caramba, me impressiono com a capacidade que as pessoas têm de serem pretenciosas, desrepeitosas e desnecessárias. 
Aí me perguntam: 'Mas as pessoas têm liberdade de expressão, e podem dizer as opiniões delas, não podem?'
Claro que respondo que podem e devem, mas sem tirar do outro o direito de ele gostar de uma poesia que lhe cai bem, de uma crônica que ele goste de gostar, de divulgar que lhe foi maravilhoso descobrir. 
Que as pessoas se toquem que nada do que gostamos deve influenciar no que os outros aprenderam a gostar, a conhecer. 
Eu odeio Paulo Coelho. Me dá pavor a idéia de ler algo dele ou ver alguém alienado com a escrita dele. Mas sabe o que posso falar sobre isso? Nada! Que gostem, que bom que lêem, sabe? Leiam mesmo, que sejam porcarias, que seja. Que seja um autor que não é renomado, e nem estudado nas cadeiras de letras, filosofia, psicologia, sociologia, enfim, os 'gias'... Que sejam autores que lhes façam bem, que lhes completem, lhes preencham o vazio de algo, de alguém, de alguma coisa.
Leiam, somente lhes digo isso! 
E mais, respeitem minha ótima leitura de Arnaldo Jabor... E se quiserem rir, que bom, faz um bem danado à pele, ao humor, a si mesmo. Mas não deboche dos outros se achando no direito (e até no dever quase público) de aconselhar leituras de seu gosto, que lhe cabem, que lhe são, dizendo e mostrando serem estas 'as melhores', as 'ideias', as 'CORRETAS'!!! Faça-me o favor... 

Cada vez mais, perco a esperança, a fé nas pessoas. Perco a vontade de crer que nada nelas é real.  O que me deixa leve e satisfeita, é saber que cedo ou tarde, elas amadurecerão, crescerão dentro de si mesmas e entenderão que nada nos outros é menor que nelas, que na gente. Nada e nem ninguém, pode nos tirar o que só nós aprendemos a gostar, a apreciar. 
Dar conselhos é uma coisa, agora dizer que isso e aquilo aqui e aquilo ali é 'feio', 'vergonhoso', sem dar espaço, sem respeitar o espaço da outra pessoa, sinceramente, é mais feio ainda, mais vergonhoso ainda!
E mais, os gostos, costumes, crenças, cada um que cultue os seus... Não deixem, não deixem que lhes digam que 'isso' é o certo, é o melhor, é o digno. 
Se não descobrirmos por nós mesmos o que é melhor para nossa alma, para a nossa satisfação, porque deixar que os outros o façam? 
Antes ser vazio por si, que ser fútil por modismos muitos e de todos os tipos e graus e cores e lá se vai...

Eu também dou risada, e também dou muita risada de quem não sabe respeitar a capa do livro da pessoa ao lado!
Oxente, que mundo é este em que as pessoas só cabem nas próprias redomas??? 
Aliás, o que você está lendo?

Essas chuvas...


E mesmo quando não passo por aqui, não me deixo em pedaços neste canto de cá, sinto que passei, sinto sim que me deixei. Não sei como, mas me sinto em lugares muitos, e vezes perto, vezes bem longe de onde me encontro. Creio que sejam os sonhos, os desejos, o querer em si. 
Pois é, eu quis muito, 'inda quero...
Os meus ponteiros têm me traído, acho que engoliram alguns minutos a mais, horas até... Já se passou muito, muito do que não quis que passasse. Aliás, eu quero que chegue logo o 'tal dia', mas tem sido bom este agora antes 'dele'... Que droga, tá chegando e eu to sentindo o que nem sabia que podia. Pode?
Escutei trovoadas ontem à noite, e à tardinha também... Um cheiro de chuva e de jasmim (o que está plantado pertinho do portão de entrada da minha casa), levaram e me trouxeram medos, confusões, traições. Trouxeram coisas de chuva, e coisas de dias sei-lá-como, entende? Não, né? Ah...
Vacilei nos dizeres e nos ouvidos. E vacilaram idem... Mas que bom, a chuva sempre passa, e o frio que fica depois que ela se esvai, é bom também, é muito bom também!
Não sei quanto tempo durou o medo, nem a chuva e muito menos em quanto tempo me deliciei com o frio, mas acordei bem, também nem sei ao certo se tirei um sono, mas eu acordei bem!

Tive mais Camelo, terei Moenda de Canto (meu coral... tem sido ótimo, descobriram-me contralto a esta altura de idade e vida!), torrada com geléia de morango, mais ponteiros (o meu relógio não tem só dois), mais suco de limão, mais filmes... 

Antes que os dias se acabem, e os ponteiros se engasguem, eu terei mais, o menos fica pra depois (se eu quiser que assim seja!!!)

domingo, 7 de setembro de 2008

Mais dele...

"Téo e a Gaivota"
(Marcelo Camelo)

é de imaginar bobagem 
quando a gente liga na televisão 
toda dor repousa na vontade 
todo amor encontra sempre a solidão 
 todos os encontros todos os poemas 
manda me avisar 
 todos os embates todos os dilemas manda me avisar 
manda me avisar eu sei
 todo ser humano  pode ser um anjo


E uma boníssima notícia!

E fuçando a net encontrei coisas maravilhosas do Marcelo Camelo... O Los Hermanos é quase um finado, mas o Marcelo está praticamente de volta à tona. 
E no site dele (http://callback.terra.com.br/marcelocamelo/site/baixar.html), cá estão suas novas músicas para baixar!
Bom, lá vou eu me deliciar...
Aqui está uma das novas canções:


"Doce Solidão"
(Marcelo Camelo)
Posso estar só
Mas sou de todo mundo
Por eu ser só um
Ah nem, ah não, ah nem dá
Solidão foge que eu te encontro
Que eu já tenho asas
Isso lá é bom?!
Doce solidão

Suicídio no incêndio?


Acordaram-me e avisaram de um incêndio em minha cama! E agora, apagaremos como, com o que? Aliás, pra que apagá-lo?
Depois de uma fumaça sozinha cobrir todo o quarto onde apenas dormi, vi que minhas malas estavam intactas, e me esperando, me espreitando. Nada mais me adiava no instante que estava reiniciando. E as gotas de alguma coisa que ainda ficaram (e sempre ficam), me preencheram profundamente a calma, o não querer, as perguntas e as respostas que nem quis escutar por completas!
Só sei que pesei as malas, calculei a distância pra onde eu as levaria e me levaria com elas, e vi que ainda devia esperar amanhecer. Afinal, a noite sempre guarda gemidos e arrepios e marcha a ré... E por que não guardar as malas por mais algumas horas e comer pipoca assistindo a um filme qualquer enquanto o ponteiro do relógio grita que 'pronto, é agora!'

E assim foi!

sábado, 6 de setembro de 2008

Mais um sábado!


Sábado bucólico e cheinho de planos e pessoas (pessoa) novas e novidades e lugares a ir e mais pessoas que também estão chegando e sorrisos se abrindo e frio na barriga me levando e viagens sendo marcadas (com acampamentos) e despedidas de muitos e muitas e goles a mais e tragos desejados (sempre e sempre mais) e sushis matando desejos e comidas maravilhosas e sono que nunca vem e olhos atentos que nunca piscam e... Ufa! 
[Pausa pra respirar]

E tem mais... 
Tem minha vida dando rumo por fora, meus sentimentos saciando a si como em fotossíntese, meus pés caminhando contra o caminho, minhas mãos gelando e pingando juntas, meu cabelo crescendo em ordem alfabética, meu dicionário taxonômico sendo lido, meus livros acabando, meus cds sendo assassinados e substituídos de imediato, cantores e melodias me ensinando, meus olhos tornando-se independentes, meu sorriso ficando cada vez mais Monalisa... Ufa!
[Pausa pra pensar]

Tem muitas horas a mais no meu relógio verde e grande. Os ponteiros me mostram que cada vez que ele conta, meus dias ficam ainda menores no calendário. E o que vou fazer quando as folhas deste tiverem sido todas arrancadas? Como vou levar todas essas malas pesando no medo e nas coisas que não podem ir dentro dela? E as opções que não fiz? E o não querer que tem sido? 
Perguntas tantas, respostas nem tanto assim! 

Por hoje é só. Eu bem que podia ter ficado dormindo. Mas dormir pra que, né?
Enfim...


P.s.: Mas que bom, amanhã tenho Parque do Cocó pela manhã, almoço na Jussara a tardinha e, à noite, teatro José de Alencar com Rosa e Gyl... Temos, temos, temos! 


“Sol de primavera abre as janelas do meu peito... lálálá lálálaiá"


Tem coisa mais desconsertante que masclar um chiclete qualquer e ao entregar o dinheiro da compra na farmácia, perceber o caixa te olhando com um riso de canto de boca? Pois é, o chiclete, então, azul e com gosto de tutti fruti gasto (borracha velha), me deixou com a língua e lábios azuis. Pode? Perdi a 'vergonha na cara' e fui-me embora cantarolando uma dessas musiquinhas infantis (de espetáculos idem) e pensando: 'Que mal há em ser vezes infantil também?'
Incrível como o ser humano perde as veias pueris e se acha no dever de avisar ao outro que se ele assim se deixar estar, será um ridículo andando por aí, e mais, pode ser até chamado de 'doido varrido' e ou coisas assim. Que nada!
Agora me valho das minhas últimas leituras de Arnaldo Jabor, "Que mal há em ser ridículo, em pagar mico se a vida nada mais é que efêmera e íntima?". Pois pois! Apoiado!!!
Não entendo essa mania de ser sempre 'adulto', e ter de relacionar 'maturidade' com idade, com tempo de vida na terra (ou não exatamente nesta). Que coisa, podemos sim sermos como quisermos. Ainda que o senso do ridículo exista e cochiche aos bons ouvintes, sejamos singelos e não comportamentais de quando em vez, né não?
As ruas estão repletas, assim ó, de engravatados (não necessariamente de gravatas propriamente ditas), de rostos cansados e antipáticos (nem sempre nesta ordem) e chatos e mal educados e mal humorados e, enfim! Por que não se permitir muganguear (esses meus taxonômicos dialetos...)?
Ah, que se f... esse povo perdido no tempo, no espaço (de si próprios). Vão cultivar suas plantinhas de fundo de quintal e sentar-se à beira da calçada se divertindo com a conversa de vidas alheias (em todos os sentidos), que eu cá estarei, sendo sim ridícula quando eu bem sentir-me no querer de ser e ser e ser e ser!

Vou ser sim, e pronto e acabou!
(E que seja a derradeira vez que cá venho avisar!)

Mais uma dela (A Clarice) !


Inevitavelmente acordar Clarice e Caio... Mas cá, por enquanto, só de Clarice... Já já eu chego!



"Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu queria amar o que eu amaria - e não o que é. É também porque eu me ofendo a toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim.
Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente.
Talvez eu tenha que chamar de "mundo"esse meu modo de ser um pouco de tudo. 
Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário(...). Eu que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu."

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Arnaldo Jabor, eis!


"Crônica de amor" 

"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem,
caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes
teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. 
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, 
por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem 
e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo 
mistério,
pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, 
pela fragilidade que se revela quando menos se espera. 
Você ama aquela petulante. 
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, 
você deu flores que ela deixou a seco. 
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia 
e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal 
e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então?
Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, 
o beijo dela é mais viciante do que LSD, 
você adora brigar com ela e ela adora implicar com você.
Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, 
ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. 
Ele não emplaca uma semana nos empregos, 
está sempre duro, e é meio 
galinha. 
Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado
e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas.
Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim... você é inteligente. 
Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Cohen 
e do Robert Altman, mas sabe 
que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido 
num comercial de xampu e seu corpo
tem todas as curvas no lugar.
Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.
Gosta de viajar, de música,
tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Como um currículo desse, criatura,
por que está sem um amor?
Ah, o 
amor, essa raposa. Quem dera o amor
não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: 
eu linda + você inteligente = dois apaixonados. 
Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio
nem consulta ao SPC.
Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível, 
honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, 
bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! 
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!
Pense nisso".



Olha o Arnaldo...


"Antes Idiota, que infeliz!"

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: 'Digam o que disserem, o mal do século é a solidão'.
Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas.
Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal dance', incrível. E não é só isso não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvída?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número de comunidades como: 'Quero um amor pra vida toda!', 'Eu sou pra casar!' até a desesperançada 'Nasci pra ser sozinho!'
Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra que pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'.
Antes idiota que infeliz!

Para alguém!


E te olhando assim, simples e com a cor do Windows do computador ao teu redor, vejo tanto do primeiro dia em que te quis...
Claro que não tinhas a pele assim tão exposta e a virilidade tão certa...
Eu nem bem sabia seu gosto, seu cheiro, seu tamanho, suas predileções, só sabia que queria saber.
Não sabia como seria um abraço (e de que sabor este seria), ou mesmo um andar de mãos-dedos dados. Mas eu quis saber. Eu quis e quero sempre tanto (com você existe esse tempo de sempre)...
Nem me passava pela cabeça dividir o shampoo com seus cachos, ou pegar emprestado uma toalha de banho... E como seria pentear-me frente aos teus olhares?
Quando te vi, desprevenido de minhas observações de soslaio, nem me demonstrava ter sorrisos acessíveis aos meus. Ou mesmo caminhadas que alcançassem meus lugares mais gostosos. E dividir tragos e goles? Não mesmo!!!
Mas te vendo daqui, deste meu momento, te vejo tão espaçoso dentro de mim.
Arranquei portas e janelas e te dei, pode entrar definitivamente.
As folhas de nossos planos, vezes o vento sopra pra lá e pra lá, e quando corro para recuperá-las, te dou algumas em branco, juntamente, para que caibam outros novos e deliciosos planos.
Tenho te visto sempre lindamente em minhas mãos, pernas, cabelos. Você afundou em mim, e que bom, até nadar tenho aprendido em você!
Hoje casamos os chinelos, as escovas de dentes, os lugares no guarda-roupa e gavetas. Casamos os dias de passeio com Max, as horas de internet. Casamos o sono e o acordar, o desejo e a sêde, a fome, as gripes (e cof cof cof). Até os travesseiros tornaram-se cúmplices, marido e mulher!
Sua voz pertence aos meus ouvidos, aos frios na barriga que sinto quando te olho (seja lá como olho).

Hoje e sempre acompanhado de amanhã, casei meus sentidos aos seus. E deste colchão que deitada te observo, relembro à você que o amor só cabe em si quando a pretensão de amar permite-se não ter preconceitos, medo, idade, corpo. E desprevenidamente, alcanço em ti o que um dia meus pés, mãos e braços jamais bastaram em si para alcançar-se a si próprios.
Garanto à ti, por meu querer, que o meu sabonete é mais feliz quando também te perfuma!

("Boa Noite" - Djavan)

Meu ar de dominador dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei! Hoje no universo
Nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer, o que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser, nada ficou intacto
Na fronteira de um oásis, meu coração em paz se abalou
É surpresa demais que trazes, 'inda bem que eu sou Flamengo (mentira, sou Palmeiras)
Mesmo quando ele não vai bem, algo me diz em rubro-negro (verde e brancoooo)
Que sofrimento leva além, não existe amor sem medo
Boa noite!
Quem não tem pra quem se dar, o dia é igual à noite
Tempo parado no ar, há dias, calor, insônia, oh! noite
Quem ama vive a sonhar de dia, voar é do homem
Vida foi feita pra estar em dia, com a fome, com a fome, com a fome
Se vens lá das alturas com agruras ou paz, Oh, meu bem, serei seu guia na terra
Na guerra ou no sossego sua beleza é o cais e eu sou o homem Que pode lhe dar, além de calor, fidelidade
Minha vida por inteiro eu lhe dou
Minha vida por inteiro eu lhe dou

Dias de setembro...


Manhãs de sol
cafés da manhã
torradas
sempre geléias
água
toalhas
roupas
varal vezes sim
coleira
quarteirões
bom-dia
dvd's e sessões
cama
travesseiros
rede ultimamente
torneiras
mais água (beber?)
cheiros
gostos
toques
olhos fechados
mãos
pés
dedos
estrelas
pingos
vozes
chinelos...

Mais um dia cheios de dias dentro.
Mais uma noite cheia de sóis e céu azul (não importa qual azul).
Mais vezes do ponteiro, das luzes, da torneira.
Mais e menos do sempre que antecede o que não tenho certeza.

Ainda me cabem tic tac's. 
Cabem mudanças (de toda e qualquer cor), arrependimentos, certezas e sonhos.
Me cabem desculpas, 'não farei nunca mais', 'não tentarei de novo', 'prefiro não imaginar'.
E caberão em mim retornos, novidades, desistências, cansaço e frios na barriga.

O mar que acaba em mim, deságua o que cabe só nele!

Nascendo definitivamente


E dentro de tudo que eu construi em mim, só me restam os restos de cabelos (bem menos negros, hoje), mãos sujas e ásperas, pés doídos, pele encharcada de choro e chuva. Me restam cores velhas de um arco-íris que mal completou-se. Restam-me ainda sóis de um abril que definitivamente fechou-se para e em mim. 
Eu já não caibo no número de outrem. O batom que sempre desejei usar, combina hoje, então, com meu sorriso não mais largo, monalístico sim!
As unhas, sempre roídas, descascam o esmalte agora vermelho sangue que insisto em repetir todas as sextas-feiras. 
Mudei o número dos sapatos, das calças e bermudas. Mudei meu codinome. Escuto outras músicas e outras vozes nestas. 
Sei que gosto de Beethoven, de Mozart. Sei também que conheço Toquinho, Tom Jobim, Chico Buarque. E como não idolatraria Elis Regina, Miúcha, Flávio Venturini? 
Quero mais bossa no meu pop rock (hoje já quase finado). Troquei os cds por Mp4 (e rádio UOL). Calcei novas meias nos calos e colei mais band-aids nos cortes de pêlos. Arranquei ervas daninhas que minhas falsas esperanças alcançaram. Arranquei toda e qualquer plantação de esperanças. Nada delas em mim vai balançar com o vento.
Soprei algumas risadas pelas loucuras que sonhei cometer. E creiam, eu estou saindo de meu útero agorinha, pois chega de ter de se reciclar, aprender o 'de novo', perdoar o 'de novo' e os 'de novos' dos 'de novo'...
Nascendo (pela única vez de hoje) tudo se manifestará melhor. E falei nascendo sem o 're' antes, ok?

E por onde começamos depois do corte umbilical?
Ah, o chororô!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Tem Clarice aqui também!


"Não é à toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o meu! E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho. Eu que tinha querido o caminho com letra maiúscula, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo 
de luz entre as árvores, o atalho onde eu seja finalmente eu, isso não encontrei. Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada!"

(Clarice Lispector)

"...então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és..." 

(Caio Fernando Abreu)

Elucubrando...


O dia acordou latente, melancólico e incompleto... 

As esperanças morrem depois que secam, e ainda que não lhes falte água (sempre tive o cuidado de lhes regarem), é impossível ressuscitá-las com desfibriladores e respirações boca à boca, coisas assim. 
As minhas morreram depois de secarem uma a uma, uma após outra e outra e outra e. E eu não quis que assim fosse, que assim acontecesse. Simplesmente aconteceu! Elas se foram... Dediquei e dedico, meus dias decorrentes, ao luto delas. Elas merecem! Lhes fui fiel até o último email, depoimento, conversas de msn e blá blá blá de comunicação via internet! Lhes fui fiel e, redundantemente, esperançosa que elas proliferassem, procriassem, voltassem a ser! Mas...

E então, depois do luto, vem as tentativas. Sim, e elas são leias, são reais, existentes e possíveis. Por que não seriam? O preto não tem que ser só preto... Ele acaba combinando interminavelmente com várias cores, não? Sim! E lá se vai meu começo de combinações!!!
Que tal AZUL? E VERDE? Enfim... Que venham-me as cores todas e qualquer uma, até mesmo o próprio preto!!!

Depois de acordar querendo voltar a dormir, percebi que tenho malas e que é com elas que minhas cores se mostram presentes. Eu tenho malas! Então, também devo acreditar em novas esperanças, em novas maneiras de ter esperanças e de me comunicar com elas, estas.
Tenho malas, destinos, caminhos diversos e muitos e que bom, eu tenho! 
E como eu sou cega, às vezes, nem me dei conta de que sempre vou ter, porque sempre temos que ter algo, alguém, alguma coisa, não é? 
Por que será que nos entregamos às dores sem "fim", nem começo e nem meio? Por que será que nos entregamos para coisas que nem mesmo poderiam, deveriam ter existido? Por que será que mesmo sabendo que não era felicidade, não era amor, a gente vai em frente e depois se diz frustrado e acreditando que a outra pessoa foi capaz de te fazer infeliz? 
Nada disso, ninguém nos faz infeliz, ninguém nos engana, nos ilude, nos faz mal... Ninguém tem esse poder, essa audácia, se não nós mesmos com nós mesmos! É tão complicado sentir isso quando abrimos espaço pra sentir outras e tantas coisas, supérfluas até... É tão complicado se aceitar cego, surdo e mudo quando na verdade nos sentimos completamente envolvidos por uma espécie de liga que nos leva aonde nem queremos, mas nos leva! E quando digo que não queremos ir onde esta liga nos direciona, digo no sentido de sempre nos deixarmos levar por algo que a gente pensa acreditar... Vixe, que coisa complexa, inconstante de se imaginar, não é?

Meu dia se fez assim, cheio de certezas sobre muitas coisas, muitas horas, muitos dias... Se fez assim e simplesmente me caiu na memória, nos pensamentos sobre!

Acredito mesmo que quando essas fichas tendem a cair, uma por uma sem pressa alguma (e que rima boa), nosso bem querer sobre muitas coisas (e muitas mesmo), muda terminantemente de lugar, de sentido, de sabor, cheiro... Muda, simplesmente muda sem dó nem qualquer tipo de piedade!
E que bom, que bom que... E que venham mais quintas-feiras assim, mesmo tristes, mas certas, corretas, justas!

Enfim, as cores continuarão (e as misturas destas, hummmmmmm...!) e elucubrarão por si sós!!!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

"Chegando cada vez mais perto"


Tá chegando... Ui, frio na barriga!

Passando por Simple Red, Toquinho, Miúcha (já me preparando!), família Caymmi e músicas que mostram uma nostalgia saudável de se ter e de se cultivar, vou levando meus dias antecedentes ao GRANDE DIA, que será certamente meu GRAND FINALE!!!
Nada de mais me aconchega, nada de menos me vale... Tenho tido o que gosto, o que não quero, o que posso, o que sinto, o que não vejo! Tenho tido, e isso é ótimo... ótimo!
Cantando, organizando, refazendo, fazendo, criando, moldando, pintando, recortando... Ufa, tenho tido o que fazer nesta vida minha nada mórbida, mas certamente nova!
As malas, as gavetas, o guarda-roupa, os fones de ouvido... Tudo tem estado em seu tempo, em seu lugar (agora novos lugares). Tenho amado cada canto que tenho criado dentro do meu canto, do meu cantinho!
E quando houver ainda mais "cantos"? E quando houver "Os cantos"?
Meus lugares têm existido cada vez mais longe daqui, daqui, daqui, daqui... Eu nem estou mais aqui, estou lá, há muito que já cheguei lá, e há muito tenho desejado não mais ficar aqui!
Tá chegando, estamos quase chegando... E claro, os 3 mosqueteiros!

Tenho visto ótimos filmes (e a leitura de Kafka continua...), tenho experimentado ótimos temperos, tenho conhecido ímpares pessoas (e nosso regente?), tenho estado em mim, bem mais em mim ultimamente! Aliás, eu tenho estado só em mim... E que ótimo, ótimo, ótimo!
Nada de surpresas, de emails desagradáveis (como aqueles de propagandas eleitorais, pedintes da política...), de visitas inesperadas (e esperadas pelo pavor de não querê-las).
"No alarms and no surprises", que nem Radiohead!


Tenho sentido falta de sentir falta de coisas e coisas... É óbvio que estas tais não são aquelas coisas, nem mesmo aquelas outras ou ainda AQUELAS. Mas são coisas, só coisas! Ah, deixa pra lá...
Voltando ao dia de hoje, que é o início do "chegando cada vez mais perto", vou me ater aos afazeres complexos e ultimatos de minha mais nova marcha de vida, de coisas na vida!

Mais malas, mais doses (ulálá), mais tragos...
Mais e menos, como sempre e que assim permaneça, seja!!!