sábado, 6 de setembro de 2008

“Sol de primavera abre as janelas do meu peito... lálálá lálálaiá"


Tem coisa mais desconsertante que masclar um chiclete qualquer e ao entregar o dinheiro da compra na farmácia, perceber o caixa te olhando com um riso de canto de boca? Pois é, o chiclete, então, azul e com gosto de tutti fruti gasto (borracha velha), me deixou com a língua e lábios azuis. Pode? Perdi a 'vergonha na cara' e fui-me embora cantarolando uma dessas musiquinhas infantis (de espetáculos idem) e pensando: 'Que mal há em ser vezes infantil também?'
Incrível como o ser humano perde as veias pueris e se acha no dever de avisar ao outro que se ele assim se deixar estar, será um ridículo andando por aí, e mais, pode ser até chamado de 'doido varrido' e ou coisas assim. Que nada!
Agora me valho das minhas últimas leituras de Arnaldo Jabor, "Que mal há em ser ridículo, em pagar mico se a vida nada mais é que efêmera e íntima?". Pois pois! Apoiado!!!
Não entendo essa mania de ser sempre 'adulto', e ter de relacionar 'maturidade' com idade, com tempo de vida na terra (ou não exatamente nesta). Que coisa, podemos sim sermos como quisermos. Ainda que o senso do ridículo exista e cochiche aos bons ouvintes, sejamos singelos e não comportamentais de quando em vez, né não?
As ruas estão repletas, assim ó, de engravatados (não necessariamente de gravatas propriamente ditas), de rostos cansados e antipáticos (nem sempre nesta ordem) e chatos e mal educados e mal humorados e, enfim! Por que não se permitir muganguear (esses meus taxonômicos dialetos...)?
Ah, que se f... esse povo perdido no tempo, no espaço (de si próprios). Vão cultivar suas plantinhas de fundo de quintal e sentar-se à beira da calçada se divertindo com a conversa de vidas alheias (em todos os sentidos), que eu cá estarei, sendo sim ridícula quando eu bem sentir-me no querer de ser e ser e ser e ser!

Vou ser sim, e pronto e acabou!
(E que seja a derradeira vez que cá venho avisar!)

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