sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Para alguém!


E te olhando assim, simples e com a cor do Windows do computador ao teu redor, vejo tanto do primeiro dia em que te quis...
Claro que não tinhas a pele assim tão exposta e a virilidade tão certa...
Eu nem bem sabia seu gosto, seu cheiro, seu tamanho, suas predileções, só sabia que queria saber.
Não sabia como seria um abraço (e de que sabor este seria), ou mesmo um andar de mãos-dedos dados. Mas eu quis saber. Eu quis e quero sempre tanto (com você existe esse tempo de sempre)...
Nem me passava pela cabeça dividir o shampoo com seus cachos, ou pegar emprestado uma toalha de banho... E como seria pentear-me frente aos teus olhares?
Quando te vi, desprevenido de minhas observações de soslaio, nem me demonstrava ter sorrisos acessíveis aos meus. Ou mesmo caminhadas que alcançassem meus lugares mais gostosos. E dividir tragos e goles? Não mesmo!!!
Mas te vendo daqui, deste meu momento, te vejo tão espaçoso dentro de mim.
Arranquei portas e janelas e te dei, pode entrar definitivamente.
As folhas de nossos planos, vezes o vento sopra pra lá e pra lá, e quando corro para recuperá-las, te dou algumas em branco, juntamente, para que caibam outros novos e deliciosos planos.
Tenho te visto sempre lindamente em minhas mãos, pernas, cabelos. Você afundou em mim, e que bom, até nadar tenho aprendido em você!
Hoje casamos os chinelos, as escovas de dentes, os lugares no guarda-roupa e gavetas. Casamos os dias de passeio com Max, as horas de internet. Casamos o sono e o acordar, o desejo e a sêde, a fome, as gripes (e cof cof cof). Até os travesseiros tornaram-se cúmplices, marido e mulher!
Sua voz pertence aos meus ouvidos, aos frios na barriga que sinto quando te olho (seja lá como olho).

Hoje e sempre acompanhado de amanhã, casei meus sentidos aos seus. E deste colchão que deitada te observo, relembro à você que o amor só cabe em si quando a pretensão de amar permite-se não ter preconceitos, medo, idade, corpo. E desprevenidamente, alcanço em ti o que um dia meus pés, mãos e braços jamais bastaram em si para alcançar-se a si próprios.
Garanto à ti, por meu querer, que o meu sabonete é mais feliz quando também te perfuma!

("Boa Noite" - Djavan)

Meu ar de dominador dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei! Hoje no universo
Nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer, o que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser, nada ficou intacto
Na fronteira de um oásis, meu coração em paz se abalou
É surpresa demais que trazes, 'inda bem que eu sou Flamengo (mentira, sou Palmeiras)
Mesmo quando ele não vai bem, algo me diz em rubro-negro (verde e brancoooo)
Que sofrimento leva além, não existe amor sem medo
Boa noite!
Quem não tem pra quem se dar, o dia é igual à noite
Tempo parado no ar, há dias, calor, insônia, oh! noite
Quem ama vive a sonhar de dia, voar é do homem
Vida foi feita pra estar em dia, com a fome, com a fome, com a fome
Se vens lá das alturas com agruras ou paz, Oh, meu bem, serei seu guia na terra
Na guerra ou no sossego sua beleza é o cais e eu sou o homem Que pode lhe dar, além de calor, fidelidade
Minha vida por inteiro eu lhe dou
Minha vida por inteiro eu lhe dou

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