quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Tirando a carapuça!


Ah, quer saber, não vou mais ''istruir'' páginas de meu blog para dar continuidade a uma batalha que se iniciou contra a vontade dos meus tempos cá. Chega de armamentos, né não?
Nada mais de possíveis respostas (quais foram mesmo?), e nem de comentários para defender algo que não tem defesa, não é? Opinião é opinião, e cada um que se coçe com a sua!
Defender ideais é bonito, acho massa, oh. Mas vamos combinar uma coisa, quem disse que alienar o mundo com a defesa que lhe cabe, é preocupar-se com este? 
Não, sério, francamente, se eu me importo com o que a vida tem sido pra todos, por que eu não me visto, não como, não ando também de acordo com esta preocupação?
Opa, eu posso dizer que me preocupo sim, e defendo muitas causas, e estas me alimentam dia após dia, sempre sem pular um só destes, e eu devolvo a mim, somente a mim, o bem que estas me dão, me cabem!
Eu só sei que hipocrisia é uma doença... Já pensou se preocupar com a capa do livro do meu vizinho e também me preocupar com qual dos sapatos vou a uma festa? Ou então, em qual loja vou comprar algo pra mim hoje à tarde? Ou então, comer um pedaço de carne sem a menor noção do quanto aquilo causou pra animais, e causará sempre pra mim, pra meu corpo? 
Se ainda há pessoas que não sabem que transformar o mundo também inclui abdicar de vícios, de posses e de alimentação desnecessária, então eu é que não sou alguém que saiba realmente o que significa esta tal transformação, né? Né não!

Não precisamos ser estudantes de nada para sabermos que leitura, literatura é como perfume, como nariz, como cor da pele... Cada um tem a sua, e nesta, implica aprender o que é bom (seja a fragância, seja o tamanho e seja a proteção necessária, respectivamente!) sem ter de ser alienado para tal.
Ou seja, que as pessoas leiam sim, e leiam cada vez mais, só que saibam sozinhas distinguir o que é bom e ruim, o que é necessário pra suas vida, seus intelectos. Entendem? Se fulano gosta de auto-ajuda, que posso eu fazer senão lhe indicar outro livro? Sim, indico, ela não se agrada e volta pra suas antigas escolhas. Eu vou me matar? Vou matá-la? Vou excluí-la da sociedade? Vou dizer que ela se tornou isso e aquilo e aquilo outro? Ou dizer que ela está propagando o ideário neoliberal? Ai ai ai...

E que seja mesmo a última vez que caibam neste espaço meu, só meu, coisas que nada condizem com o que quero para minhas preocupações. Chega disso e daquilo e daquilo ali também!
Que todos tenham suas liberdades de escrever o que quiserem, e alfinetarem quem quiserem, mas meu blog não abrirá mais exceções, será fechado para tais letras e concordâncias...

Carapuça todo mundo veste, até você vestiu, não é? E agorinha veste de novo... Espia!
O mundo anda tão preguiçoso, olhar pro outro tornou-se diversão e passatempo, acha não? Eu acho!

E ah, ia me esquecendo, quem gosta de boa literatura, também gosta de uma vida boa sem mais e sem menos. Quem gosta de boa literatura, e eu me considero uma das, também tem lá suas preferências, sejam estas agradáveis à você ou não, a ele ou não, e a quem quer que seja ou não!
Eu gosto sim de ARNALDO JABOR e blá blá blá e continuo gostando, continuarei... Tenho certeza de que ele não é modismo e muito menos alimentado por falta do que fazer senão bisbilhotar os gostos e costumes alheios. 
Ele não é boa literatura pra você? Que pena, mas quer saber mais? Não? Conto mesmo assim... Ele também não o é pra muitos e continua aí, e vai continuar porque ele é bom sim, e não porque eu estou dizendo ou porque outras milhares de pessoas concordam comigo, mas porque simplesmente ele é bom e pronto, finito! Nada mais a dizer, a defender, a discorrer... blá blá blá!

''SEJA UM IDIOTA'' – Arnaldo Jabor

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. 
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele. Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. 
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Ha ha ha ha ha ha ha ha! 
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? 
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? 
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. 
Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a a teoria. 
Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. 
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... 
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! 
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?



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