quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Elucubrando...


O dia acordou latente, melancólico e incompleto... 

As esperanças morrem depois que secam, e ainda que não lhes falte água (sempre tive o cuidado de lhes regarem), é impossível ressuscitá-las com desfibriladores e respirações boca à boca, coisas assim. 
As minhas morreram depois de secarem uma a uma, uma após outra e outra e outra e. E eu não quis que assim fosse, que assim acontecesse. Simplesmente aconteceu! Elas se foram... Dediquei e dedico, meus dias decorrentes, ao luto delas. Elas merecem! Lhes fui fiel até o último email, depoimento, conversas de msn e blá blá blá de comunicação via internet! Lhes fui fiel e, redundantemente, esperançosa que elas proliferassem, procriassem, voltassem a ser! Mas...

E então, depois do luto, vem as tentativas. Sim, e elas são leias, são reais, existentes e possíveis. Por que não seriam? O preto não tem que ser só preto... Ele acaba combinando interminavelmente com várias cores, não? Sim! E lá se vai meu começo de combinações!!!
Que tal AZUL? E VERDE? Enfim... Que venham-me as cores todas e qualquer uma, até mesmo o próprio preto!!!

Depois de acordar querendo voltar a dormir, percebi que tenho malas e que é com elas que minhas cores se mostram presentes. Eu tenho malas! Então, também devo acreditar em novas esperanças, em novas maneiras de ter esperanças e de me comunicar com elas, estas.
Tenho malas, destinos, caminhos diversos e muitos e que bom, eu tenho! 
E como eu sou cega, às vezes, nem me dei conta de que sempre vou ter, porque sempre temos que ter algo, alguém, alguma coisa, não é? 
Por que será que nos entregamos às dores sem "fim", nem começo e nem meio? Por que será que nos entregamos para coisas que nem mesmo poderiam, deveriam ter existido? Por que será que mesmo sabendo que não era felicidade, não era amor, a gente vai em frente e depois se diz frustrado e acreditando que a outra pessoa foi capaz de te fazer infeliz? 
Nada disso, ninguém nos faz infeliz, ninguém nos engana, nos ilude, nos faz mal... Ninguém tem esse poder, essa audácia, se não nós mesmos com nós mesmos! É tão complicado sentir isso quando abrimos espaço pra sentir outras e tantas coisas, supérfluas até... É tão complicado se aceitar cego, surdo e mudo quando na verdade nos sentimos completamente envolvidos por uma espécie de liga que nos leva aonde nem queremos, mas nos leva! E quando digo que não queremos ir onde esta liga nos direciona, digo no sentido de sempre nos deixarmos levar por algo que a gente pensa acreditar... Vixe, que coisa complexa, inconstante de se imaginar, não é?

Meu dia se fez assim, cheio de certezas sobre muitas coisas, muitas horas, muitos dias... Se fez assim e simplesmente me caiu na memória, nos pensamentos sobre!

Acredito mesmo que quando essas fichas tendem a cair, uma por uma sem pressa alguma (e que rima boa), nosso bem querer sobre muitas coisas (e muitas mesmo), muda terminantemente de lugar, de sentido, de sabor, cheiro... Muda, simplesmente muda sem dó nem qualquer tipo de piedade!
E que bom, que bom que... E que venham mais quintas-feiras assim, mesmo tristes, mas certas, corretas, justas!

Enfim, as cores continuarão (e as misturas destas, hummmmmmm...!) e elucubrarão por si sós!!!

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