quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

dor de cotovelo...


Eu to sofrendo de amor hoje... ontem também foi assim... será que ainda tem amanhã?
Vezes deixamos as pessoas sair de nossas vidas, sem notar, sem dar real atenção.
Creio que essas dores que ficam, inconsoláveis de fato, tornam-se calos de sangue a corroer os pés, as mãos, os dedos, a pele, até os fios de cabelo.
Não sei até onde vai estes meus doloridos cotovelos, mas até onde os levo?
Seria bom se varinha mágica existisse, ou mesmo lavagens cerebrais, ou ainda... ah, deixa pra lá!!!
Meu 'tum tum' tá dodói, e perco o rumo quando dou asas a ele, quando permito que ele faça essas burradas medonhas e de destinos sem voltas.
To no chão, esparramada, sem dó do frio que os azulejos me causam.
To aos prantos sim, sem esperança alguma de quando vou acordar bem com o relógio.

E como numa dessas canções bregas de quem tá roendo o osso, me permito beber umas e todas pra ver se desperto desse pesadelo que é o desamor!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

atchim!


Dia de panqueca, batatas gratinadas, arroz ao alho e cebola... Dia também de suco de limão e coca-cola!
Foi assim o almoço, quase em paz, mas almoço!!!
Parece que as trovoadas têm dado plantão nestas janelas de cima, e a tristeza e a incerteza e a revolta, também!
Mas claro que ainda há os abraços cheirando a roupa limpa, os beijos com gosto de pasta de dente, e algumas risadas bobas provindas de algumas babaquices que só meus ouvidos conseguem sorrir!

Mexi no baú do meu email...
Quase mais nunca o faço, e isso não é ruim, não é.
Mas mexi e o fato é que não reconhecer a poeira acumulada no fundo me fez ter gosto de sangue na boca. Acho que tinha muita poeira ali, muita!
Tentei me transportar, inegavelmente, mas só consegui sentir aquela saudade magricela e leucêmica.
Só consegui ter noção do cheiro das folhas do calendário daquele ano!
E mesmo assim, não limpei o baú, nem mesmo cogitei nunca mais abrí-lo.

Na TV escuto vinhetas de carnaval da Globo, aqui ao lado do computador o telefone toca, a casa está vazia e tem ruídos medonhos.
Noite começando a querer janelas fechadas e rede armada!
Lá vou eu... Lá vou eu!

re-opening...


Caramba, as páginas passavam muito rápido e eu não conseguia escrever, não consegui chegar antes da virada da próxima!
Ufa, até que enfim o vento sopra mais devagar novamente.
Chuva com e sem trovoadas, sol ardente e vezes falsamente recortado no céu, nuvens brancas ou não, dias e noites e tardes e madrugadas!
Tanto tempo correu dentro do pouco tempo que me resta neste teclado de cá, que pensei mesmo não ter acordado um só instante, nem ao menos pra um gole ou pra uma olhada no espelho!
Se bem que a vida anda tão escorregadia, tão impaciente...
Tenho corrido pouco, lutado menos ainda, mas encontrado muito... Tenho planejado idem!
E essa preocupação que não passa? E o medo do possível tempo se cansar e chegar logo na minha porta? E a espera pelos fatos que já sei?
Ah, tenho sentido cada vez mais pulsante o sangue das veias, dos olhos, dos dedos e da língua!
E mais, nada tem me feito mais presente em mim mesma que esta amargura, esta fatalidade de pessoas esvoaçantes e coniventes e cansativas!
Tenho a impressão de ver balõezinhos de falas em todas as criaturas com as quais cruzo um 'bom dia' ou seja lá de que hora seja este 'bom' (que não significa propriamente este positivismo).
Será mesmo que estou dentro de folhas de papel reciclado enumeradas e coloridas?
Saudades dos meus cachorros, da minha janela amarela... Saudade dos meus cabides, meus cabides!!!
É a vida volta, sempre volta!
Espero poder andar mais pelos ladrilhos, sem dúvidas ou provas!




Hasta!