sábado, 6 de janeiro de 2007

O tempo pára... (Tic tac)


Tic tac
Tic tac
Tic tac
Tic tac...

O meu relógio parou, mas o meu tempo ainda está dentro dele! Percebi que tenho o costume de olhar as horas porque tenho medo de perder a hora, tenho medo de que ela fuja de mim e me deixe assim, sozinha, sem os "tic tacs" que tanto me apaixonam!

Tic tac
Tic tac
Tic tac
Tic tac...

A manhã de hoje me trouxe cores e cheiros do ano passado. Ano que foi embora pela minha janela nova! Percebi que as horas passaram rápido enquanto eu fazia um replay dos sóis que que dormiram e das luas que acenderam. Tive saudades dos "tic tacs" que morreram com os fogos de ano novo. Tive vontade de pedir que voltassem e não pulassem minha janela, mas me deixassem mais "tic tacs"!
Andei pela rua lado a lado com o pôr-do-sol, conversávamos banalidades que me mostravam raios quentes de um novo ano que ainda não chegou. Minha pele bronzeou, e ficou da cor da saudade do sol, da lua que ainda não veio e do vento que ainda não chegou aos meus cabelos.
Perdi a hora, não teve jeito, ela foi sem mim pra lugar algum ou nenhum, mas me deixou com as cores do tempo que não se esvaiu no ralo do meu banheiro de cetim! O tempo continua no tic tac, e continua no meu relógio mudo e talvez surdo, já que não escuta meus obséquios de "não se vá", "fica mais um pouco", "não vá agora"...
Enfim, sou feliz sem o tempo do tempo, mas ainda estou à espera do tic tac que não fala!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

5 de janeiro!


O fim de tarde é da cor dos meus pensamentos, que vagueiam por entre as janelas do ônibus que me leva a lugares indescritíveis e de formas plásticas, mutáveis de acordo com as chuvas que lavam os pára-brisas de borracha.

Enquanto penso em tudo isso, penso também no quanto eu poderia ter aproveitado meu último pôr-do-sol... Estava chuvendo, mas dava pra ver o sol sorrindo enquanto se banhava e dava cores à sua cor. Vi um imenso arco-íris formar-se por entre as cores do calor e do vento que passeava pelos meus cabelos (até dava pra imaginar um pequeno duende correndo em direção ao seu potinho de ouro)!

O fim de tarde acabou sendo da cor da tempestade, marrom e de humor frio! O céu aos poucos comeu o sol e arrotou uma imensa lua perolada e úmida.

Percebi que aproveitei sim o balé de detalhes que meus olhos enveloparam desse fim de tarde. Percebi que adormeci durante a chuva e sonhei com cada parágrafo aqui exposto!

Há mais vírgulas nesse sonhos, logo acrescentarei nessa tarde.