segunda-feira, 29 de junho de 2009

Por mim...


Um corte nas veias para jorrar sangue
Uma folha de papel pra descrever o medo de ontem a noite
Um copo com água gelada pra acalmar os chiliques (ou milindres?)
Uma rede boa e macia, pra descansar os ares
Um doce qualquer, mas que seja doce
Um programa bem bom, em companhias (no plural)
Umas gargalhadas pra levantar o ventre e balançar as bochechas
Um vento fresco pra levar embora o que não merece lugar
Um choro aqui e ali, pouco, só pra limpar os olhos e a alma inquieta
Um alívio, constante, de ter amor e ser o amor
Uma procura de algo, só pra exorcizar as unhas já mortas
Um saco de baconzitos pra matar a gula
Uma tampinha da KS de uma coca-cola mais que gelada, sendo aberta estrondosamente, pra completar o pecado da gula
Uns sonhos bobos mas que enchem o peito de uma esperança sem nome
Um medo evasivo de encontrar ou ser encontrada ali
Um outro medo de não ser encontrada ali
Uma expectativa de se perder nesse amor de 6 meses, já
Um chute, inesperado
(E mais outros, constantes e deliciosos)
Uma acariciada
Uma viajada na maionese, só pra relaxar
Um click pra viajar ainda mais
(Na internet, ainda que seja)
Um pause naquela história de tristeza sem fim
Um play naqueles planos de gargalhar pra sempre
(Um outro pra sempre que cabe demais na realidade)
Um abrir de portas
(Sem planos de fechá-las)
Um sair de casa bom e necessário
Um sorvete pra lambuzar
Uma roupa nova para agradar
(A si mesma, desde então)
Uma lua nova pra clarear
Um sol pra me acordar
Um dia e uma noite, pra me fazer voltar
(À tona)
Um sorriso
Um ponto
(sem final).


sábado, 27 de junho de 2009

(...)


"Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é prq nunca foi amor. O amor resiste a distância, ao silêncio das separações e até as traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro faz tudo errado , e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: 'Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto'.O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse: 'Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim, talvez não visse flores por onde eu vim, dentro do meu coração!' "

Pe. Fábio de Melo

terça-feira, 23 de junho de 2009

E como serão???


Que mundo novo este meu...
E que felicidade tem invadido essas janelas sem pedir licença, sem avisar (e que bom!).
A minha vida tem saltado como cangurus e nestes pequenos saltos, mas fortes, tenho visto como em filme cada pedaço de mim se esvaindo e se renovando, dia após dia. Bom de se ver!
Só sei que gosto dessas mudanças, desses comportamentos tomados a goles grandes, dessas pessoas de carne e osso e coração ao meu redor, dessas páginas em branco nas quais tenho podido reescrever, escrever...
Não é tudo 'mil maravilhas', e nem poderia (ou deveria) ser. Mas tem um pouco de 'paraíso' em pequenas coisas, cantos e formas.
E quem constrói o jardim, somos nós... Pacientemente, somos nós, se assim o quiseres!
A saudade tem melhorado, as incertezas nem tenho mais colocado em pauta, e as procuras (estas são incessantes) tenho deixado vir e ir.
Não posso me desesperar, nem mesmo esperar demais. Não dá. E isso fica cansativo quando explicamos o porquê.
Não estive com tanta sintonia aberta entre mim e o mundo, os outros, como agora, e isso me dá uma liberdade de expressão imensa e exausta. Mas só sei que eu consigo!
Freio e acelerador em desgaste, mas em uso!

Hoje a chuva voltou, molhou minhas janelas e o birô no qual deixo minhas agendas/diários expostos ao ar, ao vento.
Numa corrida contra esse tempo entre o seco e o molhado, parei pra ler-me, e viví os momentos que na escrita me revelava ingênua e feliz, à minha maneira.
Tempos de uma cólera e uma ânsia e uma burrice peculiar quanto ao coração, quanto às amizades e roupas, sapatos.
Nada muito sério, nem relevante (de fato), mas engraçado ver como as fases anteriores ao nosso agora (que sempre chega e se vai) são diferentes aos nossos pensamentos de agora, aos nossos passos e combinações de tempo e corpo neste.
Nada se encaixava em nada, e tudo era bom exatamente do jeito que era.
Beijei na boca pela primeira vez aos 12 anos, fumei meu primeiro cigarro aos 15 (Derby azul, que horror), tive minha primeira frustração amorosa aos 16 (meu primeiro chifre...), cabulei aula uma única e trágica vez aos 17 (era dia de pagamento da mensalidade, meu pai descobriu tudo).
E isso são só alguns fatos de um passado vivíssimo por mim.
Um baú que não sai do lado de minha cama, do sorriso que coloco na boca, dos fios de cabelos que caem e não crescem tão rápido quanto poderiam...

Davi está chegando na minha vida de uma forma doce e precisamente necessário.
Gosto da idéia de cuidar das cores que vão encher suas gavetas, da quantidade de chapéus que devo providenciar, e dos tamanhos de sandália e sapatos que devo ter pra você disponíveis.
Estou me apaixonando aos poucos e deixando que este nosso tempo se faça tempo dosadamente, sem pressa, cobrança ou formatos precisos.
Fico imaginando como serão nossas noites e dias, e tardes também.
Quem te visitará, te terá nos braços e quem mais estará na curiosidade valiosa de ver seu rosto, seu tamanho, seu cheiro.
Você tem estado mais aqui que eu mesma, e dentre um chute e outro seu dentro de mim, descubro que sou mais mãe a cada dia que tem chegado.
E como será você???
Como seremos nós dois???

Um beijo de cá em todos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

com açúcar e com afeto... e esse twitter?


Um monte de coisas pululando na cabeça, querendo sair, pedindo pra sair, mas não sai, não sai!
A verdade é que meus tempos últimos têm sido de muita intensidade, em tudo, e nisso tenho me dado mais que de costume, tenho me privado menos e me esbaldado em um todo de sensações incríveis, indescritíveis e mais alguns 'íveis'...
Não sei ao certo por onde começar, mas sei que não devo ir por ali e por acolá também não!

Tenho me olhado melhor, me cuidado idem e adorado as mudanças que chegam sem eu ter tempo de indagar ou coisa que o valha.
To amando o nome que por hora está escolhido (do meu primeiro filho e, nos planos de agora, o único também), e mais que isso, o significado de ter 'o nome', me proporciona uma ligação ainda maior com ele, com o que tenho deixado nascer aos poucos (o tal instinto).
Não é fácil ser mãe, e nas minhas atuais condições, implicam grandes preocupações e privações que terei de lidar com toda uma desenvoltura que Deus-sabe-lá de onde vou aprender a não ter medo de possuir pra um sempre necessariamente eterno e terno sim.
Mas que os dias cheguem um a um e tragam um a um dos desafios que me cabem e devem me caber sem mais e nem menos do que mereço ou faço por.
Quero mais é sentir cada estação nas mãos e ver a calmaria que a vida possui quando nos deixamos ser assim.
'Are baba'...

O dia está ensolarado e que bom, com ventos uivantes e ouvintes!!!
Dia de dentista (oh my God), e dia de macarronada também, com bastante queijo!
Deixa eu ir lá, bem longe desses meus devaneios de tristeza que por vezes deixo entrar no algodão do meu travesseiro...
Mas deixa eu também repousar meu sorriso nestes dias tão diurnos que não alcançam nem em pensamento o 'dark' de dias atrás.
Eu quero flores azuis, por todas as partes desta casa e desse telhado.
Um beijo de cá, com açúcar e com afeto.
(tentando usar o twitter... mas quem disse que é tarefa fácil? não pra mim!!!)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

down!


Tem dias que acordo sem vontade de nada, sem perspectiva de coisa alguma, sem pensamentos positivos que me levem a...
Sem!
Acordo sem!
Hoje está assim, não to conseguindo controlar essa força que vezes puxa pra um lado, vezes pra o outro e vezes pra baixo...
Não vou conseguir hoje, pelo menos hoje me entrego e permaneço caída na minha cama e no meu travesseiro.

me rendo pra um dia da minha vida não ser super-alguma-coisa, não ter de ser forte por alguma coisa, não ter de mostrar que eu vou ficar bem assim mesmo.
não vou ficar bem hoje, não dá.
quem sabe amanhã???
(fechei as janelas, apaguei as luzes, tranquei minha porta!)

sábado, 6 de junho de 2009

É menino sim sinhô!!!


E o tempo chega feito um furacão, uma chuva de granizo ou até um choro que não tem jeito de continuar preso na garganta!
Mais um mês se afasta e deixando outro entrar, me dá a areal noção do que ele tem trazido, vem trazendo.
To mais feliz, to mais mãe que nunca (a barriga tem me denunciado cada vez mais), to mais carente também.
Quero mais gente por perto, mais latidos dos meus cachorros e mais vento levando meus cabelos pra longe dos meus pensamentos, mas na mesma direção.
Tenho pensado mais em como é viver a vida sem a preocupação de antes, ou com preocupações novas, de outros cheiros e cores e tamanho.
Tá cabendo tudo ao meu redor, e mais que isso, caberá cada vez mais!!!
Nada de rancores, nem de mágoas, nem mesmo vontade de falar sobre o que se foi, sobre o que passou levando tudo sem dó nem piedade (e que bom).
Nada me dá mais prazer que ter fechado a porta pra o antes, pra o que se foi, pra o que não tem mais volta (e se tem volta, que seja novo)...
Tudo é novo, está novo, vai ser novo!

Bom mesmo é ter amigos de verdade, receber torpedos carinhosos constatando corações, almoçar numa mesa cheia de família e paz, conversar com quem traz sorrisos pra nossa alma.
Bom mesmo é ter, dar paz.
Bom mesmo é estar assim, enfim só!!!

E sim, é menino!!!
Tudo azul, quase que literalmente, hã?!
Um beijo de cá!