domingo, 20 de junho de 2010

É bem verdade, eu cavo meus poços e os encho d'água e fico curtindo a brisa e o bronze...
Nada mal.
O jogo está na TV, eu estou aqui cavando nas teclas e puxando da memória momentos alegres e ansiedades boas, saudáveis. Queria tanto mais e hoje???
Hoje os dias são profundos, inchados e dormentes, por muitas vezes.
Não gosto, não quero que a vida passe assim ao meu lado, me olhando pelo canto dos cílios e deixando de piscar pra mim porque não vesti a camisa.
Não posso deixar que as ruas sumam e as fotografias se estraguem, elas estão queimando, perdendo o foco, perdendo a imagem.
Perdi o fim de semana.
Deixei que ele ficasse feio, descuidado e inundado de tudo o que é desnecessário, lixo, fétido, pútrido.
Não sei porque alcanço tais notas, alcanço essa farsa de que tudo vai entrando pelos caminhos mais curtos, mais finos.
Tudo deve se encaixar e eu devo procurar as peças corretas, as que são da mesma forma, cor e cheiros, como antes, lembra?
As tardes são inesquecíveis.
As noites estão saudosas.
Os dias não estão mais nascendo e entrando pelas janelas e portas... Eu não deixo. Que coisa.
Mas vou ali.
O jogo me espera.
A vida tá me chamando.
O Galvão é uma merda, mas o jogo tá bom.
Então, o sofá me cabe???
Aqueles corações me aguardam.
Amo!!!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

E em mais um daqueles lampejos que me perseguem as noites, as tardes, os dias inteiros, eu descubro que a vida vacila dentro do meu peito.
Acordei há pouco e não encontro nada que não seja espera e angústia, desespero.
Não sei nem onde começa e onde termina essa sensação idiota de vagar pelos azulejos gastos e limpos desta minha casa escura e velha.
As minhas ruas, as que rodeiam estes muros de cá, estão tão abandonadas quanto minhas semanas derramadas entre um travesseiro e outro.
Esqueço do quanto ainda posso caminhar de leve dentro dos quartos, da cozinha e da sala, todos os cômodos vazios.
Mas lembrei que também posso dormir o quanto quiser e puder, já que meus olhos nem percebem a luz acesa e a luz quando apagada. Eles dormem neste exato momento.
Estou um tanto quanto triste, neste começo de noite.
Um tanto quanto desesperada com a vida que se esvai pelos ralos dos meus sonhos.
Estou de ombros caídos e desacreditados de um possível espelho que os corrija, os conserte de alguma forma exata e colorida.
Está tudo tão branco e preto, arroz com feijão (branco)... Queria tanto um queijo com goiabada neste momento que já está passando, passou!
Eu quis muito um pouco de tudo e acabei aqui, sentada nesta mesa fria e confundindo os dedos e as teclas com meus pensamentos tão longe e tão distantes, sempre.
A lua não está ali na janela.
Nem muito menos a brisa de inverno.
O sol não acorda a esta hora.
E meus cílios pesam quando molhados.
Estou triste.
Queria um pouco de luz, câmera e ação.
E se depende de mim a vida recomeçar, realinhar-se, digo claramente que vai demorar pra tudo ir pra frente. Estou cansada. Andar sempre a pé cansa muito.
E é isso.
Hoje estou muitíssimo triste com meu relógio, com minhas almofadas e com a água que não desce na minha garganta.
Vou me recolher e quem sabe lembrar de uma canção boa e bonita pra embalar o sono que insiste em fugir dos meus olhos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010


O sol de feriado hoje me acordou cedinho.
Meu celular nem bem tinha acordado e já me chamava pra um bom dia super animado, super bom.
E tudo rendeu.
Desde o café da manhã rápido e faminto, até as roupas sujas colocadas na máquina de lavar... Hoje lavei todo o meu guardarroupa...
Limpei tudo e deixei o cheiro de eucalipto tomar conta das paredes e do chão do meu quarto.
Fiquei numa solidão rápida pela manhã e antes mesmo que o almoço fosse posto à mesa, meu celular gritou pra me animar, me deixar mais feliz.
Não quero mais nada desta vida que não possa me chegar, calma e tranquilamente.
Tudo tem seu espaço de tempo pra cair em si, pra pintar da cor melhor a ser vista e percebida.
Minhas noites clarearam, nem vejo os dias pesarem nos ponteiros e muito menos escorregarem no meu travesseiro, hoje só meu amigo.
Confidencio que estou mais livre que nunca, e isso inclui amizades que nunca tive e nunca poderia ter, por motivos vários e despercebidos.
Inclui a liberdade de não esperar, não querer entender, não precisar de.
As janelas continuam sendo abertas e fechadas, assim como as portas.
Quem decidir nelas entrar ou bater, cá estou para abri-las... O vento sempre traz o que é bom pra ficar.
O feriado nem acabou e eu já faço um balanço do quanto ele é só mais um dia feliz a passar por meu calendário.
Que bom!
Davi me chama, o vento também!