domingo, 20 de junho de 2010

É bem verdade, eu cavo meus poços e os encho d'água e fico curtindo a brisa e o bronze...
Nada mal.
O jogo está na TV, eu estou aqui cavando nas teclas e puxando da memória momentos alegres e ansiedades boas, saudáveis. Queria tanto mais e hoje???
Hoje os dias são profundos, inchados e dormentes, por muitas vezes.
Não gosto, não quero que a vida passe assim ao meu lado, me olhando pelo canto dos cílios e deixando de piscar pra mim porque não vesti a camisa.
Não posso deixar que as ruas sumam e as fotografias se estraguem, elas estão queimando, perdendo o foco, perdendo a imagem.
Perdi o fim de semana.
Deixei que ele ficasse feio, descuidado e inundado de tudo o que é desnecessário, lixo, fétido, pútrido.
Não sei porque alcanço tais notas, alcanço essa farsa de que tudo vai entrando pelos caminhos mais curtos, mais finos.
Tudo deve se encaixar e eu devo procurar as peças corretas, as que são da mesma forma, cor e cheiros, como antes, lembra?
As tardes são inesquecíveis.
As noites estão saudosas.
Os dias não estão mais nascendo e entrando pelas janelas e portas... Eu não deixo. Que coisa.
Mas vou ali.
O jogo me espera.
A vida tá me chamando.
O Galvão é uma merda, mas o jogo tá bom.
Então, o sofá me cabe???
Aqueles corações me aguardam.
Amo!!!

Um comentário:

  1. ....
    Interessante o "olhar" de dentro. Fiquei curiosa para saber como será do lado de fora.
    ...
    Parabéns pelo texto.

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