sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eis que o calendário mudou de lugar e as horas de ponteiros. Tudo novo. Branco e com outros cheiros e novos tamanhos e formas. Tudo novo porque tudo mudou.
Acabou.
O choro também cessa quando quer.
As roupas têm de ser lavadas, agora... E o quintal mais visitado, assim como os arredores da minha casa grande e rosada descascada.
Não posso mais fugir.
Nem querer isso.
Não dá mais pra assistir aos jogos como antes.
Mas nem quereria... Brasil tá voltando pro Brasil.
E eu to voltando pro meu travesseiro como antes, sozinha e sem esperas, sem ansiedades daquele jeito, daquelas maneiras.
Chega de contar quantos minutos o minuto tem.
De se olhar mais de uma vez no espelho e verificar se realmente está tudo bem, no lugar, nas cores certas.
O dia ontem não cabe neste de agora que empurra minhas tristezas e meus desesperos desesperados...
Ah, e a lua daquele dia, só eu vi.
E mesmo pedindo que vissem, nada vem ao meu encontro.
E não devo esperar que venha.
Pra quem?
Meu travesseiro secou ao sol, hoje.
O varal estava repleto de tudo o que um dia teve seu perfume.
Não quero mais aquele cheiro nas minhas roupas a torturar meu querer, meu não querer.
Joguei fora tudo o que tinha de ser nosso.
E jogo mais, jogo o que eu não quero que seja lixo, mas já o é.
E enfim, volto pra casa também.
E Davi me espera.
Sempre.

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