quinta-feira, 27 de novembro de 2008

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Se perder é sempre tão fácil, e mesmo quando numa parada de ônibus qualquer você encontra um destino (esquerda ou direita?), por que não perdê-lo?
Tenho andado estupefata de tanta coisa me afogando, seja embaixo do meu chuveiro, ou mesmo em um banheiro por aí, onde só se encontra maus presságios e palavras de baixo calão rabiscadas com caneta de tinta vermelha...
Na verdade, nem andado tenho. Minhas pernas, roxeadas, têm se escondido das ruas e avenidas muitas que aprendi a percorrer angustiadamente. E olhando de um lado pra o outro sem medo, vejo que nem saí do lugar, e não sei porquê exatamente, mas não tenho dado um passo sequer, nem querendo.
Muitas mãos ao meu redor, cheiros multiplicados pela rotina, goles frescos e ferozes de água ou não, os tragos nunca mais pertenceram ao meu vício... To cansada!
Tem vezes que esta minha paz, que também é inquietante, me desloca e me joga a metros luz dos meus pensamentos, lá onde ninguém consegue sentir. Gosto de ficar lá por tempos inalcansáveis, mas quando retorno é algoz meu querer continuar, assim permanecer!!!

To sentindo aquele vazio que parece fome... Mas só parece, entende?
O que temos pra comer???

(e os sapos, por onde têm andado?)

domingo, 23 de novembro de 2008

cá com meus botões...


Tenho andado ocupada com meus botões, tirando e devolvendo-os...
Eu bem sabia que o coração tem vezes de arco-íris assim como vezes de só black.
Mas o meu tem andado oscilando entre black escuro e black claro (se é que as cores me permitem mais esta coloração).
E quando pincelo em outra cor, quando molho as cerdas do meu pincel em um potinho de outra cor, a tinta acaba derramando antes de chegar na tela, antes mesmo de eu completar a idéia de outra cor.
As andanças desta semana me deram roxos espalhados pelo corpo, resultado dos treinos de jiu jitsu preparatórios pra o dia 6, e me deram também festinhas com direito a funk e eu vestida de 'cachorra' do créu... inacreditável, não é?
Os risos me favoreceram, e como não só de funk sobrevive uma boa festa de 18 anos, também curtimos a batida perfeita de Tom Zé e de Gal (nada de Galsguita). Bomzim demais!!!
Tenho focado todas as minhas energias no meu kimono...
Tenho me voltado pra o frio na barriga que me dou conta todas as madrugadas...
Tenho estado em estado de eudaimonia...
Tenho me alimentado com mais fome que antes...
Tenho fumado bem menos do que gostaria...
Tenho bebido tanto quanto sempre...
Tenho feito mais coisas que eu imaginei pra o meu calendário de fim de ano...

Cirurgia remarcada!
Sorriso ainda nos lábios e nas mãos e nos pés...

Por hoje é só...
Certeza que não colocarei 'aluga-se' aqui.
Mas quem sabe no meu coração?


Sapos, preparem-se!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

red...


E as ruas estão tão vermelhas (minhas janelas assim têm me mostrado)...!


O que será este vermelhão?





segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cearês...


Pense num lugar pai d'égua! O ano todo com um calor de rachar o quengo. Toda noite tem comédia e o povo é bonequeiro que só! Tá pra nascer quem é cearense que não é amancebado com esse lugar. Tem é zé prum cabra conhecer aqui e depois querer capar o gato. Pode ser liso, estribado, vir de perto ou lá da baixa-da-égua. Qualquer um fica arriado quando vê as praias daqui. Fica logo todo breado de areia, depois se imbioca no mar e num quer mais sair nem a pau. Depois de conhecer a negrada então, vixe! Se o estado é bom assim, avalie o povo! Tem gente de todo jeito: do fresco ao invocado, do batoré ao galalau, dos gato réi às espilicute, do cabra-macho ao fulerage e muitas outras marmotas. Bom que nem presta. É por isso que nas férias dá uma ruma de turista, tudo doido por uma estripulia, porque sabem que isso aqui não é de rebolar no mato. Só precisa dar um grau ou uma guaribada aqui ou ali, mas mesmo assim, tá de parabéns.
Arre égua, ô coisa linda, macho, o Ceará...

Dentro dos meus últimos dias, tem cabido tantos risos de ruídos estranhíssimos e hilários...
Tenho encontrado corpos tão sutis, tão leves, tão instigantes...
Um certo temor me preenche a alma como um todo, e sei que isso não vai passar, eu não quero que passe, pelo menos não nas últimas 24h...
A intensidade tem sido minha razão de vida. Tenho feito tudo intensamente sem parar, sem querer parar. Até penso que isso poderia ser cauteloso, mas ao mesmo tempo também indago 'pra quê cautela?'...
Nada me faz mais gargalhadas que estar em contato com, que estar se encontrando em, que continuar pensando como.
Descobri o que há muito a interrogação me dizia. Descobri que não sou mais a única, e mais, descobri que não continuarei sendo a.
Sabe, quando entrei pra academia, entrei com aquela sêde de transformação, renovação, sabe? Hoje, estando também praticando uma arte marcial, o jiu jitsu, além da musculação, vejo que minha sêde mudou, em muito até. Não olho mais pra o meu corpo, não quero mais ele depois eu, não me preocupo com a transformação em si.
Agora quero mais que isso, quero cuidar de uma auto estima um tanto quanto valiosa pra mim. E além de tudo o que quero, estar em contato com a adrenalina do espelho, ganha mais espaço nos 'pesos' que pego e nos 'rolamentos' que executo. Issa!!!
A galerinha do treino é incansavelmente deliciosa... E não só pela energia inegável, maravilhosa, mas pela química que reina não só nas horas de broncas e de respiração firme, mas também nas sessões cinema sem pipoca e guaraná!
E é isso, dia 6 de dezembro teremos um campeonato (IV Copa Terra do Sol de Jiu Jitsu), e quem quiser ver qual é, chegue lá na FANOR, a partir de 8 da manhã!
Estarei de kimono, com um sorriso no rosto, à espera de sei lá o que... hasta!

Quanto ao fim de semana...
Um bocado alegre com pizza e coca-cola.
Sabe que tenho me amarrado neste frio na barriga chegando?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

+++++ = ++++++++++++++++


E dentro das incontáveis vezes que meu dvd controlou a chegada de ''Los Hermanos - Na Fundição Progresso'' na minha vida, só posso agradecer por ele (este aparelhinho portátil e tátil) existir!
Músicas maravilhosas em versões idem, um dos melhores álbuns dos últimos tempos, de acordo com meu gosto musical...
Camelo e Amarante se despediram do público em grande estilo (terno e gravata sim) e da banda 'Los' deixando o gosto de ''não se vá''!
To adorando meu novo vício... play, play, play, play!
Dias grandiosos, sorrisos gratuitos e largos... Pele boa!
O meu quarto anda abandonado, mas quiçá eu não lhe faça companhia ano que vem, hã?
Seja de kimono, ou de calça de lycra ou mesmo de chinelo havainas, nada de malas, nada de outrem, e nadinha mesmo de lenços de papel...


Muito rímel, gloss, blush e... allstar!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

enfim, só!


E não é que as cores dos últimos dias têm saído da rotina?
Não me rendo mais a baús ou sensações que tiram o sabor da comida, do açaí que não abandono, do brigadeiro de panela que sempre me devolveu à tona.
E mesmo tendo novos baús (sim, no plural), não vou me adiantar e apressar meu querer, minhas buscas e ou curiosidades. Quero paciência acima de qualquer tesão...
Tenho adorado minha nova rotina... E nela está incluída todo um trabalho de corpo, todo um trabalho de sedução, todo um trabalho de não adiar mais o que não deveria ser adiado.
Devolvi pra os meus prazeres o prazer em si, devolvi para as minhas manhãs de praia sozinha os sábados noturnos e domingos de pipoca com cerveja.
Tenho encontrado, me encontrado, bem mais diante do espelho, diante de tudo que cheguei a desacreditar que pudesse ainda ser palpável.
Creio que meus minutos estão sendo bem mais memoráveis, bem mais de tato...
Seja nas academias (jiu jitsu ou musculação), seja no meu quarto (diante deste espelho com
teclas), seja na minha rua, seja no stúdio da tattoo dele, seja no ônibus que nunca mais peguei pra aqueles lados, seja no sushi com a turma da terceira idade (melhor-idade), seja no vestibular, seja nas descobertas nítidas e ambiciosas, seja lá onde mais estou pensando em não colocar aqui, eu encontrei minha paz, e quero mais dela...
Quero bem menos emails, quero menos de álbuns, quero mais de amanhã às 10h ou às 14h.
Eu quero mais!
To com aquele sorriso bobo... aquele em que quando na rua, as pessoas olham e espirram inveja, ou uma curiosidade que dilacera, que deixa nossas mãos se benzendo de graça!
E sem a menor noção do quanto ainda vou sorrir, me apego à possibilidade de apaixonar-me por mim mesma, principalmente agora!!!
Mais que antes, tive a oportunidade de tirar o velho colete, e banhar-me das novidades que eu mesma criei pra o meu coração, pra minha pele, pra os meus dentes!
Não me preocupo mais com a roupa, nem com o allstar, mas com o cheiro que darei de presente, sempre e cada vez mais!

Ah, to feliz... pra dentro e pra fora!
Ufa...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

(......................................................)


Eu juro que as minhas costas têm pesado mais que antes...

Não sei se por precipitações, sentimentos extras e vezes descartáveis por motivos muitos e colocados em ordem alfabética, ou por pessoas que não saem do peito me causando dores e um desconforto incalculável.
As vezes olho pela janela a minha vida, e vejo pouco do céu azul, vejo pouco das pessoas que amo realmente e gostaria que estivessem por perto, ou pelo menos me mandassem uma mensagem dizendo estar pensando em mim, dizendo estar por perto. Vejo pouco de uma solidariedade quanto aos sentimentos, quanto a dar a mão, quanto a se importar com o sorriso ou com a lágrima que insiste em cair, sempre na mesma hora, naquela em que a nostalgia finca raízes.
Talvez eu não me dê conta dos nomes que coloquei na cabeça, das fotos que guardei na saudade, do cheiro que ainda está na fronha.
Talvez eu esteja secando por dentro, e sentindo ao invés de vazio, a certeza de que estar aqui tem sido desnecessário... A minha vida tem sido um jogo que não sai do zero a zero, que não encontra o porto, ou pelo menos uma vela que norteie-a.
Tenho me distraído pouco, sonhado e tido pesadelos exacerbadamente... bebido muito, fumado idem. Tenho dito nada de prazeres quanto aos descobrimentos.
Minha amizade mais valiosa, sempre me segura nas mãos. Sinto que eu nem preciso dizer o que tem por trás do meu choro, ela sabe, ela consegue sentir.
E me agarro a isso, me agarro a oportunidade de nunca mais estar sozinha, embora eu tenha sim merecido. Me agarro à possibilidade de estar em paz, de ser sincera, de ser toda coração.
Na mesma proporção que vejo um precipício à minha frente, poucos metros da minha vontade de dar só mais um passo, penso no quanto amo demasiadamente minha mãe e meus amigos que ainda me soam nos risos. Penso no quanto eu me faria falta, no quanto devo ainda conquistar o que tenho forças para. Eu ainda guardo os recortes dos meus sonhos, e é disso que me vale não dar o passo...
Mas minhas costas têm pesado, meus pés estão doendo, minhas mãos secando e suando, meus olhos já nem abrem mais de tanto que escorreram... E é disso que falo, dessa dor de não ter mais paz...
Queria achar meu lugar fora daqui... é a única esperança que me resta, me achar fora daqui... a vida tá doendo como espinhos rasgando aos poucos cada pedaço de coração que ainda me cabe.
Mas ainda assim, mesmo sem vontade, sem força alguma, sem o respeito de alguns, ainda assim, eu continuo, eu vou pensar na esperança que não pode morrer.

Eu só quero paz!

Clarice Lispector.


'...Peço humildemente para existir, imploro
humildemente uma alegria, uma ação de graça,
peço que me permitam viver com menos sofrimento,
peço para não ser tão experimentada pelas
experiências àsperas, peço a homens e mulheres
que me considerem um ser humano digno de algum
amor e de algum respeito.
Peço a benção da VIDA!"

Dominguim...


E mesmo com tantas dores ainda doloridas, cascas de feridas sendo arrancadas bem devagarinho e a respiração difícil, me encontrei neste domingo (e me encontraram).
A praia sempre me fez bem, acho mesmo que é meu habitat natural, e que bom!
As companhias foram ótimas, ainda que eu tenha sido a titia do grupo bem e só feminino... Nada de tragos, então!
A tardinha chegou despretensiosa, mas tão convidadita, tão irrecusável, tão sorridente e tão tão... Ótimo, ótimo, ótimo!
Mas sabe, aquele gosto de desespero, de falta de compreensão, de ''meter com os burros n'água'',
me atrapalhou tanto no riso, na tranquilidade, no ''don't worry, about a thing''.
Por que ainda me machuca tanto não saber me defender?
Por que ainda falam em nomes, em sinônimos, em degraus que desci, em palavras que engoli, em bolsos escondidos com mãos e pés juntos?
Por que será que não me é dada uma chance de ser esquecida, de ser ignorada, de ganhar indiferença de quem preciso?
Pra que tanto alarde?
Dói, sabia?
Dói a ponto de ser inconsequente!
Prefiro não saber o que acham, o que ainda afirmam, o que ainda é justificável pra sicrano e fulano...
Eu prefiro mesmo o ''fingir'' que não viu, o ''dar de ombros''...
Nossa, prefiro.
É impossível cicatrizar algo desta maneira, neste espaço de tempo que não me deixam criar...
Nem mesmo o café, o almoço, o lanche e o jantar aguentam minha ausência.
Ninguém mais aguenta meu nome...
Ninguém tem o direito de repetí-lo tanto, sem fundamento, sem propósito, sem um porquê real e de alguma forma prazeroso.
É prazeroso falar tanto, sem ouvir?
É fácil mesmo ser sem ver?
To tão cansada...
Tão esgotada...
Tão triste...
E isso se deve ao meu nome, a este incansável nome aos olhos, ouvidos e bocas que não se cansam, não se vão de mim!
Faço um apelo daqueles de cartazes de cartolina com recortes e letras de cola colorida:
Sejam indiferentes!
Matem, matem, matem!




O dragão abraçou-nos, e o MAC que o diga...

A pedra. A madeira. O ferro. O barro. A água. A folha.
O couro. A palha. O fio.
O amor. O carinho. A alegria. A tristeza. A ira. A saudade.
A inspiração. O desejo.
A natureza dá matérias às coisas e sentimento aos homens.
É então que acontece a mágica: o homem mistura os sentimentos às coisas e faz sua obra de arte. E em cada obra do homem reside, por trás de sua aparência, um tanto de substância mais um
tanto de humanidade.
Cada boneco de barro traz uma história de vida.
Cada toalha de renda, uma fatia de tempo.
Cada cesto de palha carrega, possivelmente, algumas lembranças.
Cada chapéu de couro cobre emoções desconhecidas.
Cada pintura, cada escultura, cada entalhe, cada detalhe, todas as formas de arte contém um universo e um indivíduo.
História.
Vida.
Tempo.
Lembrança.
Emoção.
Sentimento.
Cada obra feita pela mão do homem tem a sua alma.
E é quando cada uma delas toca o coração de outro homem que as almas, enfim, se encontram!
[Por mim!]

domingo, 9 de novembro de 2008

Orquestra Imperial


"Pela primeira vez"


Pela primeira vez na vida
Sou obrigado a confessar que amo alguém.
Chorei quando ela deu a despedida
Ela me vendo a chorar chorou também.

Meu Deus, faça de mim o que quiser,
Mas não me faça perder
O amor desta mulher.

Na estação, na hora de partir o trem,
Ela me vendo a chorar chorou também.
Depois fiquei olhando a janela,
Até sumir numa curva o lenço dela.

Se meu amor não regressar, irei também
À estação na hora de partir o trem.
E nunca mais assisto uma partida
Pra não lembrar mais daquela despedida.

sábado, 8 de novembro de 2008

Sábado...


Não me canso de sentir, pensar, estar presente nestes meus sonhos, com ou sem álcool.
Tem sido curto o espaço de tempo entre mim e o tempo, entre mim e Deus, entre a minha fome e sua sêde.

Guardei meus melhores pedaços de chocolate meio amargo,
guardei minhas melhores defesas contra piadas de péssimo gosto,
guardei os meus segredos pra os ouvidos do meu tamanho,
guardei você e assim será!

Guardei minha chave de cadeia,
guardei também meu coração que ainda pulsa firmemente,
guardei o mau humor alheio na minha lata de lixo nova,
guardei confidências de mim pra mim sobre ela,
guardei a fotografia daquele caráter,
guardei, finalmente, as tentativas que não farei para com.


Decido todos os dias:
ser mal educada,
ser o mais infiel possível,
ser impaciente,
ser desagradável,
ser áspera sim porque é preciso,
ser fria,
ser calculista,
ser vingativa,
ser abnegada,
ser insuportável,
ser parasita,
ser mentirosa,
ser psicopata...
(Aos teus olhos)

Decido todos os dias:
ser feliz,
ser hoje e sempre,
ser indiferente a certas inteligências (não emocionais),
ser perseguidora dos meus sorrisos (custem lá o preço justo que for),
ser linda,
ser forte,
ser insistente,
ser autêntica,
ser sem precisar de algo ou alguém,
ser nua,
ser crua,
ser real,
ser contra a falsidade, os sentimentos maqueados,
ser a favor do que acredito,
ser contra o que não acho justo,
ser toda coração!
(Aos meus, porque vale mais assim!)

Sabe, é tão complicado ser ser humano quando as pessoas te avaliam, te testam, te usam em experiências que provem a elas mesmas algo que ninguém pode provar.
É triste ser passiva de atitudes que te julguem como um objeto, como alguém que não vale nada, como uma criatura incapaz de amar e ser amada.

De que é feito a vida senão de erros irreparáveis aos olhos alheios?
De que vale o seu julgamento se em mim, dentro do que sei que é melhor pra mim, sua palavra e idéia só vale pra um riso de canto de boca?
Quem é que pode se achar no direito de apagar os sonhos do outro com piadas, pedras, arrogância e superioridade (inferioridade)?

O ser humano só pode estar ficando definitivamente louco...
Loucura essa que tira ele do valor de tato, da sensibilidade, da noção de espaço frente aos outros que também ocupam este.
As pessoas estão cegas, porque o espelho é a única coisa valiosa, é a única parte delas que ninguém é capaz de compreender a fundo, e sentir algo que não seja pena...


Eu, hein!
Xô...


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Florbela Espanca!


"Meu mundo não é como o dos outros.
Quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa;
sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade...
sei lá de quê!"

(sem título)


E por que sempre olho pra o celular e guardo a vontade de ser mensageira de mim mesma?
Não é fácil segurar a embriaguez das mãos, da cabeça, do coração!
Todos me levam pra o mesmo número, nas horas de sempre, na fome de sempre, na certeza de sempre!
Ontem não me soltei, paraplegicamente sonhei acordadíssima com você no display do meu celular! Mas que nada, você não vem, não vai vir, não quer mais meu número, nem sequer o tem!
As interrogações têm corrido comigo os kilômetros que fujo desse engodo de sensações e sentimentos e incontroláveis sentimentos!
Mas que fazer?
Nada mais a ser dito, pelo menos virtualmente não, sei que não!
Que vontade de deitar os goles primeiros, os tragos escondidos, as mãos, os ruídos das risadas, a sunga, o biquíne, a topic velha...



Meu relógio parou!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sim, Caio é preciso!


"(...)e numa louca corrida
entregarei meu ser ao ser do Tempo
e minha voz à doce voz do vento.
Despojado do que já não há
solto no vazio do que ainda não veio
minha boca cantará
cantos de alívio pelo que se foi
cantos de espera pelo que há de vir."

Já vou?


E este coração?

Nas mãos,
o que tenho?

E estes calos de areia nos pés?

E essa minha pele,
desbotando?
E meus cabelos?

Essas unhas com esmalte amarelo,
alcançam?

Essas olheiras cegas,
quem vê?

E os ouvidos,
quase sempre inofesivos?

Que faço com a língua,
paraplégica?

E o peito,
com que mão acalento?


Goles,
tragos,
suor,
saliva,
açúcar,
gelado,
mãos,
pés,
braços,
risos.


...oi e tchau!
(Já vou!)

quinta-feira!

Vai entender o ser humano... Eu juro que cá na minha tenda, roendo meu osso, não consigo enxergar que cheiro é esse há centímetros atrás de mim!
Mas enfim!!!
Hoje um dia cheio de nuvens, de cores nebulosas e de tamanhos variáveis... Mas nuvens!
Comi uns pedaços de cada uma que consegui alcançar, e dentre uma mastigação e outra, percebi espinhas como que de uma arraia, enormes e fatais e cheias de veneno sim!

Cof cof cof...

Vocês conhecem o programa http://www.verificador.net/ ?
Gente, é o que há de mais moderno...
Neste programinha aí, você visualiza quem te bloqueou no msn, e mais, também lhe é dado (confidencialmente) quem te excluiu da listagem do messenger.
Não que isso seja lá uma descoberta inprescindível pra os meus dias atuais, assim como o secador de cabelo e a escova de dentes, mas sabe que alguns pontos de interrogação se vestem de exclamação?!
Vale a pena dar uma espionada... é legalzim que só!
Bom, pegarei minha vassoura neste momento e vou começar uma varredura virtual... Radicalmente decidi limpar-me dos olhos e ouvidos do rei!
Jeronimoooooooooooooooooooooooooooooooooooooo...

Ah, 'una' pra você, viu?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Los Hermanos do baú!


''Quem sabe"

Quem sabe o que é ter e perder alguém?
Quem sabe o que é ter e perder alguém?
Quem sabe o que é ter e perder alguém?
Sente a dor que eu senti
Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir
Faz tanta falta o teu amor...
Te esperar...
Não sei viver
Sem te ter não dá mais pra ser...
Assim
Quem sabe o que é ter sem querer pra si?
Não quer ver outro em mim
Não fala do que eu deveria ser
Pra ser alguém mais feliz
Faz tanta falta o teu amor te esperar
Não sei viver sem te ter não dá mais pra ser assim

quarta-feira...

Meu dia escorreu rapidamente pelo ralo... E tem sido assim, ultimamente tudo tem sido exatamente desta maneira, escorregadia!
Alguns pulos a mais pelas calçadas que me levam pra academia, me mostraram tanta satisfação em estar com estas dores hoje (e ontem também). Não sei como, mas gosto, tenho gostado das dores que me carregam pra lá e pra cá, nunca cá no sentido próprio.
Parecem instantes de uma saudade doída, mas fiel a mim, ao que tenho buscado não sentir, não me render a sentir. Mas não posso fechar meus poros, não posso simplesmente proibí-los de seguirem suas rotas, seu funcionamento normal. É isso, meus poros ainda são da saudade, mas por ora... Isso vai mudar!
Risos muitos me afogaram de esperanças, destas que chegam mansamente e sem cheiro, sem gosto, invisível! É bom ter esperanças novas, sem traças pelo meio ou cores de mofo. É bom respirar, ainda que sem a menor vontade, e eu diria, vocação!
Terminei Herman Hesse, ando coçando o ócio e piscando pra mais descobertas do tipo... 'O Lobo da estepe' me deu frios na barriga de tanto que me senti viva nas páginas, e viva no mais amplo significado... Creio ter sim bichos muitos entranhados em minha pele, pescoço, cabelos e boca... Creio mesmo!
Uma noite gostosa pra se dormir, sem se deixar perceber pela insônia...
Uma bela noite de estrelas pouquíssimas, mas de goles grandes e fartos de um amor inacabável e fielmente ligado na tomada, sem qualquer outro plug atrapalhando.
Uma noite de janelas abertas, ventos convidados e uma escuridão semelhante aos votos de meu coração mal amado, mas bem castigado frente ao que meu corpo um dia cavou em si mesmo!
Um vazio no meu sorriso preenche a fome que sei que tenho.
Minhas costas doem, e como se nada fosse maior ou mais importante, me deito e espreito o que gosto de lembrar, incessantemente gosto sim!
Dou de ombros pra os conselhos, pra os nãos, pra os sins, pra quem quer que seja me dizendo isso e aquilo, me contando dela e deles, me mostrando o tudo e o nadinha que me é alcansável!
Deixa que este meu câncer tome conta de todo a minha cor, meu peso, minhas formas, meu tamanho.
Deixa que isso tudo que é tudo, transforme-se na catarse que eu não deixo acontecer!
Já ouvi demais, falei de menos, já vi o que há, já percebi, já contei nos dedos as gotas que meu travesseiro tem bebido... Já decorei os nãos e os sins...
Ainda assim, já vou mas você fica!
(Alguém sabe que bichinho é este na foto?
Um doce pra quem acertar...)

eu, sem palavras... dei-as à Kerouac!


Hum, sei não...
To achando que as palavras saíram voando por aí, pulando de dicionário em dicionário, e deixaram minhas teclas sem a menor noção de onde procurar por elas...
Que eu faço agora?
Falo de política,
culinária,
da última corrida do Felipe Massa,
da violência,
de drogas,
de teatro,
de cinema?
De que escrevo? Como vou escrever? Como penso sem palavras?
Como?
E tem mais,
(não, não tem, só menos)!
Já sei,
vamos de poesia...
Gosto de pregá-las aqui...
Estampar gostos,
cheiros e
tamanhos de pessoas através de seus romantismos com as letras,
com a alma.


"Eu só confio nas pessoas loucas,
aquelas que são loucas pra viver,
loucas para falar,
loucas para serem salvas,
desejosas de tudo ao mesmo tempo,
que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira,
mas queimam,
queimam,
queimam,
como fabulosas velas amarelas romanas explodindo
como aranhas através das estrelas."

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Cadê... os posts?



Não to conseguindo me fazer presente aqui, nessas linhas imaginárias...
Cadê?
Cadê as propostas, a caderneta de anotações, as idéias na madrugada, as dores, os antiinflamatórios?
Cadê minha vontade de resetar coisas e coisas das coisas?
Cadê eu nessa página virtual e em branco (não to conseguindo virar a página)?
Acho que estou em greve... em roam... fora da área de cobertura...
Estou temporariamente sem idéias pra posts!



"Fica boazinha dor!"
(AnaCristinaCesar)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

sem... título!


Sem palavras,
sem idéias,
sem inspiração,
sem sequer pontos de interrogação!
To sem...


"Tudo isso me perturbava porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me sentia um pouco como um álbum de retratos. Carregava centenas de fotografias amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores de edifícios altos e em todos os lugares onde de repente ficava sozinho comigo mesmo. Virava as páginas lentamente, há muito tempo antes, e não me surpreendia nem me atemorizava pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro eu amortecido — da mesma forma — revendo antigas fotografias. Mas o que me doía, agora, era um passado próximo."
(CaioFernandoAbreu)

sábado, 1 de novembro de 2008

Vanessa da Mata


"Amado"

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do Sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus


Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais


É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina


É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você



Dia de Marcelo Camelo, mas Vanessa da Mata acordou com minha insônia...
Não saiu da vitrola até a hora da mochila!
Cá está!
Lindíssima...

nada!


Nada de show,
nem de solidão com Marcelo Camelo no palco e pior que isso,
nada de saudade à queima roupa...
Nada de remédios hoje,
nada de Fortaleza à noite,
nada de mim na grama verde que um dia teve promessas...
Nada será mais meu diante de hoje, de ontem, de quinta-feira...
Nada de nada, como diria Edith Piaf, "Non, rien de rien''!
Nada de cabeça quente e pensante em como, quando e onde.
Nada de lembranças do baú que foi ao mar (pra não mais aqui voltar).
Nada dele, dela, deles, daqueles e daquelas.
Nada desse nada que se tornou hoje, amanhã e certamente depois de.


Nada do que esperei,
nada do que senti (ainda sinto por?),
nada do que respirei e
nada do que ouvi e falei.
Nada de antes e depois, só agora e já!
Nada, nada, nada, nada.
Nada na tv, nem no rádio, nem na cybervida (quase morte), nem nos blogs, nem nas minhas veias.
Nada nas unhas além do esmalte vermelho, colorindo o crescimento e o falecimento dos roedores,
nada das mãos (ainda mais agora),
nada nos pés,
nada no corpo.
Nadinha, nadinha, nadinha!


Ela beija, ela abraça, ela deita, ela delira.
Eu coço, eu penso, eu lembro, eu saio, eu pulo, eu não volto mais!


Nada da Lília.
Nada de Sousa.
Nada de Oliveira.
Nada do meu antigo nome.
Nada da minha identidade secreta pelas madrugadas e luas afora.
Nada dos ingressos comprados além do preço.
Nada das escadarias da minha imaginação!


Já vou!