segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dominguim...


E mesmo com tantas dores ainda doloridas, cascas de feridas sendo arrancadas bem devagarinho e a respiração difícil, me encontrei neste domingo (e me encontraram).
A praia sempre me fez bem, acho mesmo que é meu habitat natural, e que bom!
As companhias foram ótimas, ainda que eu tenha sido a titia do grupo bem e só feminino... Nada de tragos, então!
A tardinha chegou despretensiosa, mas tão convidadita, tão irrecusável, tão sorridente e tão tão... Ótimo, ótimo, ótimo!
Mas sabe, aquele gosto de desespero, de falta de compreensão, de ''meter com os burros n'água'',
me atrapalhou tanto no riso, na tranquilidade, no ''don't worry, about a thing''.
Por que ainda me machuca tanto não saber me defender?
Por que ainda falam em nomes, em sinônimos, em degraus que desci, em palavras que engoli, em bolsos escondidos com mãos e pés juntos?
Por que será que não me é dada uma chance de ser esquecida, de ser ignorada, de ganhar indiferença de quem preciso?
Pra que tanto alarde?
Dói, sabia?
Dói a ponto de ser inconsequente!
Prefiro não saber o que acham, o que ainda afirmam, o que ainda é justificável pra sicrano e fulano...
Eu prefiro mesmo o ''fingir'' que não viu, o ''dar de ombros''...
Nossa, prefiro.
É impossível cicatrizar algo desta maneira, neste espaço de tempo que não me deixam criar...
Nem mesmo o café, o almoço, o lanche e o jantar aguentam minha ausência.
Ninguém mais aguenta meu nome...
Ninguém tem o direito de repetí-lo tanto, sem fundamento, sem propósito, sem um porquê real e de alguma forma prazeroso.
É prazeroso falar tanto, sem ouvir?
É fácil mesmo ser sem ver?
To tão cansada...
Tão esgotada...
Tão triste...
E isso se deve ao meu nome, a este incansável nome aos olhos, ouvidos e bocas que não se cansam, não se vão de mim!
Faço um apelo daqueles de cartazes de cartolina com recortes e letras de cola colorida:
Sejam indiferentes!
Matem, matem, matem!




O dragão abraçou-nos, e o MAC que o diga...

A pedra. A madeira. O ferro. O barro. A água. A folha.
O couro. A palha. O fio.
O amor. O carinho. A alegria. A tristeza. A ira. A saudade.
A inspiração. O desejo.
A natureza dá matérias às coisas e sentimento aos homens.
É então que acontece a mágica: o homem mistura os sentimentos às coisas e faz sua obra de arte. E em cada obra do homem reside, por trás de sua aparência, um tanto de substância mais um
tanto de humanidade.
Cada boneco de barro traz uma história de vida.
Cada toalha de renda, uma fatia de tempo.
Cada cesto de palha carrega, possivelmente, algumas lembranças.
Cada chapéu de couro cobre emoções desconhecidas.
Cada pintura, cada escultura, cada entalhe, cada detalhe, todas as formas de arte contém um universo e um indivíduo.
História.
Vida.
Tempo.
Lembrança.
Emoção.
Sentimento.
Cada obra feita pela mão do homem tem a sua alma.
E é quando cada uma delas toca o coração de outro homem que as almas, enfim, se encontram!
[Por mim!]

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