sábado, 1 de novembro de 2008

nada!


Nada de show,
nem de solidão com Marcelo Camelo no palco e pior que isso,
nada de saudade à queima roupa...
Nada de remédios hoje,
nada de Fortaleza à noite,
nada de mim na grama verde que um dia teve promessas...
Nada será mais meu diante de hoje, de ontem, de quinta-feira...
Nada de nada, como diria Edith Piaf, "Non, rien de rien''!
Nada de cabeça quente e pensante em como, quando e onde.
Nada de lembranças do baú que foi ao mar (pra não mais aqui voltar).
Nada dele, dela, deles, daqueles e daquelas.
Nada desse nada que se tornou hoje, amanhã e certamente depois de.


Nada do que esperei,
nada do que senti (ainda sinto por?),
nada do que respirei e
nada do que ouvi e falei.
Nada de antes e depois, só agora e já!
Nada, nada, nada, nada.
Nada na tv, nem no rádio, nem na cybervida (quase morte), nem nos blogs, nem nas minhas veias.
Nada nas unhas além do esmalte vermelho, colorindo o crescimento e o falecimento dos roedores,
nada das mãos (ainda mais agora),
nada nos pés,
nada no corpo.
Nadinha, nadinha, nadinha!


Ela beija, ela abraça, ela deita, ela delira.
Eu coço, eu penso, eu lembro, eu saio, eu pulo, eu não volto mais!


Nada da Lília.
Nada de Sousa.
Nada de Oliveira.
Nada do meu antigo nome.
Nada da minha identidade secreta pelas madrugadas e luas afora.
Nada dos ingressos comprados além do preço.
Nada das escadarias da minha imaginação!


Já vou!

Nenhum comentário:

Postar um comentário