segunda-feira, 10 de novembro de 2008

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Eu juro que as minhas costas têm pesado mais que antes...

Não sei se por precipitações, sentimentos extras e vezes descartáveis por motivos muitos e colocados em ordem alfabética, ou por pessoas que não saem do peito me causando dores e um desconforto incalculável.
As vezes olho pela janela a minha vida, e vejo pouco do céu azul, vejo pouco das pessoas que amo realmente e gostaria que estivessem por perto, ou pelo menos me mandassem uma mensagem dizendo estar pensando em mim, dizendo estar por perto. Vejo pouco de uma solidariedade quanto aos sentimentos, quanto a dar a mão, quanto a se importar com o sorriso ou com a lágrima que insiste em cair, sempre na mesma hora, naquela em que a nostalgia finca raízes.
Talvez eu não me dê conta dos nomes que coloquei na cabeça, das fotos que guardei na saudade, do cheiro que ainda está na fronha.
Talvez eu esteja secando por dentro, e sentindo ao invés de vazio, a certeza de que estar aqui tem sido desnecessário... A minha vida tem sido um jogo que não sai do zero a zero, que não encontra o porto, ou pelo menos uma vela que norteie-a.
Tenho me distraído pouco, sonhado e tido pesadelos exacerbadamente... bebido muito, fumado idem. Tenho dito nada de prazeres quanto aos descobrimentos.
Minha amizade mais valiosa, sempre me segura nas mãos. Sinto que eu nem preciso dizer o que tem por trás do meu choro, ela sabe, ela consegue sentir.
E me agarro a isso, me agarro a oportunidade de nunca mais estar sozinha, embora eu tenha sim merecido. Me agarro à possibilidade de estar em paz, de ser sincera, de ser toda coração.
Na mesma proporção que vejo um precipício à minha frente, poucos metros da minha vontade de dar só mais um passo, penso no quanto amo demasiadamente minha mãe e meus amigos que ainda me soam nos risos. Penso no quanto eu me faria falta, no quanto devo ainda conquistar o que tenho forças para. Eu ainda guardo os recortes dos meus sonhos, e é disso que me vale não dar o passo...
Mas minhas costas têm pesado, meus pés estão doendo, minhas mãos secando e suando, meus olhos já nem abrem mais de tanto que escorreram... E é disso que falo, dessa dor de não ter mais paz...
Queria achar meu lugar fora daqui... é a única esperança que me resta, me achar fora daqui... a vida tá doendo como espinhos rasgando aos poucos cada pedaço de coração que ainda me cabe.
Mas ainda assim, mesmo sem vontade, sem força alguma, sem o respeito de alguns, ainda assim, eu continuo, eu vou pensar na esperança que não pode morrer.

Eu só quero paz!

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