
Claro que não era fácil... Como poderia ser, se tornar? Eu jamais cometeria tal assédio, tal falcatrua para promover aquela dificuldade múltipla, sem fim...
Os dias estavam vagando frente a mim. E antes que eu pudesse entender, ou pelo menos tentar de fato, as coisas fugiam, se largavam entre os meus olhos, o meu nariz, a minha boca entreaberta e suja de biscoito de abacaxi com hortelã.
Custei a pegar o sono de volta pra mim. Custei muito a querer dormir.
Não havia mais espaço só pra mim na minha própria cama... Eu agora dividia meu travesseiro com as dores, as preocupações e as injustas angústias que ocupavam parte daquele algodão recém lavado, cheirando a amaciante bom.
E estava pesado pensar nas mesmas coisas, nas mesmas dúvidas e questionamentos.
Me pesava muito ter de inventar desculpas pra mim mesma. E só assim seria possível eu não me desesperar, não gritar mais do que o meu pensamento pedia.
Corri kilômetros e de nada adiantou. Permaneci na mesma velocidade de antes, de agora... Meus pés nem sequer doíam mais, nem calos possuíam, nem as cicatrizes eram visíveis daqui.
A chuva da madrugada, tímida e magra, nem chegou a molhar minhas janelas...
Me dóia isso. E como me dói.
Lutei pra andar por aí, sem viajar muito, pensar demais. Eu só quis sair do mesmo lugar, somente esse luxo me fascinava.
Perdi tempo, cabelos, corpo.
Recebi o que ninguém me daria tão fácil, generosamente.
Mas recebi.
E ainda está nas minhas mãos.
Foi pra lá. Está longe de novo.
E de novo?
Domingo malvado.
Os dias estavam vagando frente a mim. E antes que eu pudesse entender, ou pelo menos tentar de fato, as coisas fugiam, se largavam entre os meus olhos, o meu nariz, a minha boca entreaberta e suja de biscoito de abacaxi com hortelã.
Custei a pegar o sono de volta pra mim. Custei muito a querer dormir.
Não havia mais espaço só pra mim na minha própria cama... Eu agora dividia meu travesseiro com as dores, as preocupações e as injustas angústias que ocupavam parte daquele algodão recém lavado, cheirando a amaciante bom.
E estava pesado pensar nas mesmas coisas, nas mesmas dúvidas e questionamentos.
Me pesava muito ter de inventar desculpas pra mim mesma. E só assim seria possível eu não me desesperar, não gritar mais do que o meu pensamento pedia.
Corri kilômetros e de nada adiantou. Permaneci na mesma velocidade de antes, de agora... Meus pés nem sequer doíam mais, nem calos possuíam, nem as cicatrizes eram visíveis daqui.
A chuva da madrugada, tímida e magra, nem chegou a molhar minhas janelas...
Me dóia isso. E como me dói.
Lutei pra andar por aí, sem viajar muito, pensar demais. Eu só quis sair do mesmo lugar, somente esse luxo me fascinava.
Perdi tempo, cabelos, corpo.
Recebi o que ninguém me daria tão fácil, generosamente.
Mas recebi.
E ainda está nas minhas mãos.
Foi pra lá. Está longe de novo.
E de novo?
Domingo malvado.
Domingo, vá embora!