segunda-feira, 11 de maio de 2009

Estou viva... Ronaldo!


Meu dia tinha começado fervorosamente na hora em que olhei pra o relógio, me preocupei em não me atrasar, não gosto de emperrar os ponteiros e fazê-los gritarem como uma unha arranhando uma lousa velha e verde, dos tempos de primário.
Procurei uma embalagem bonita para aquele vestido, mas não encontrei, frustrante entregá-lo assim, nesse papel transparente que mal esconde uma possível surpresa, a qual eu já tinha estragado pela metade. Mas foi o que deu!
Corri pro banho, e entre o sabonete Natura-Todo-Dia e o shampoo Dove, corri pra toalha, esta enrolada em meu corpo cobrindo meu sexo e minha barriga de 5 meses (o tempo voa, e como!). Escolhi uma roupa confortável e sem algo a mais, eu não tenho sentido atração por este algo a mais, tenho me adaptado ao conforto e nada mais. É até bom, o bolso está furado há um certo tempo, desde...
Bom, encontramo-nos pertinho de minha casa e ainda que nossa amizade esteja sim em uma plena construção e reconstrução, eu diria assim, eu não tenho medo de errar na frente dela. E muito menos desnudar meus defeitos, que são tolos e tantos.
O dia correra bem, e a embalagem do vestido tornou-se pequena diante da minha excitação em entregá-lo assim, exatamente do jeito que eu podia e dispunha. Comemos bem, rimos dos meus assuntos mesmíssimos, mas sempre com acréscimos de detalhes fugidios e precisos. Ela me aconselha tão simplesmente, sem se ater à sua própria experiência, mas sim ao senso comum que por vezes foge mesmo do caminho inegável e visível que só os amantes deixam de percorrer, e amantes de alguma coisa, nem sempre derramado ao alguém!
A macarronada, a pipoca com "Pequena Miss Sunshine" e o iguatemi com a lasanha mais leve e deliciosa que já provei (sem comentários minuciosos sobre o ensaio fotográfico pra lá de paparazzi ou coisa que o valha), completaram o dia que iria findar naquele travesseiro cheiroso e de fronhas brancas. Eu precisei tanto daquela atenção com a minha voz e desabafos, precisei demais daquele afeto despretensioso e basicamente encaixado na minha sinceridade e na recíproca deste.
De volta com "Um beijo roubado" e "Onde andará Dulce Veiga'' e mais a sensação de estar viva de novo, me deu de presente um fim de semana e uma visão bem mais ampliada de que não estou sozinha, e nem poderia estar mesmo.
Eu tenho sim a capacidade de errar, como qualquer pessoa que não seja pretensiosa o bastante para se dizer 'livre' disso. Mas também me encontro em amizades e reciprocidades idem. E sei, isso é vitória minha!
As vezes desviamo-nos de um tudo que não satisfaz a alma, mas de alguma forma esquecemos de planejar esse desvio e entender melhor o porque disso acontecer da maneira que chega e o porque de sermos impacientes e cegos, completamente cegos a ponto de querer manter os olhos fechados.
Meu coração é um poço de insegurança, de incertezas maqueadas de prontidões. Mas ele também carrega uma vontade medonha de sair por aí correndo como um atleta à procura de Deus sabe lá o que (ou quem)... Só sei que ele tem sim tamanho e temperaturas normais, e é exatamente forte como eu gostaria que ele fosse. E quando ele fraqueja ou se rende, é no tempo certo que ele se reestrutura e bate tumtum tumtum tumtum novamente, como em um ciclo nada vicioso!
Hoje estou bem, ainda que doente na alma.
Uma sensação de não poder esperar do tempo milagres e muito menos mudanças incomuns e fora de moda, de porquê.
Mas maior que isso é minha força de vontade e minha necessidade de me entregar por inteira à minha gestação, aos obstáculos que estão chegando junto com a poeira que nunca cessa dentro de casa, pelos cortilhos da janela espalhada. Não posso me atrever a buscar o livro sagrado e entender como pode a vida se disvirtuar do ser humano e torná-lo fraco e ainda mais cego que um cego de verdade, de nascença e de pele.
Só sei que não tenho outro amor que não estes que me acolhem e me renovam todos os minutos do dia, seja da forma que for e vier, eu amo sim e sou amada idem.
Tenho nas mãos e no peito um monte de. Que delícia!
Que tudo me seja breve, então.
Mas não impossível nem insensível.
Que tenha vida e seja vivo.
E que chegue perto, sem medo e preconceito de nenhum tipo.
E que não saia mais de mim, nunca mais!
Sem mais delongas... Ponto Final!

RONALDO.

Um comentário:

  1. bons dia,estes. outros virão. um beijo em vc e nele(a) que tá aí dentro da tua recém- barriga.

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