terça-feira, 7 de setembro de 2010

Estou sem muita paciência pra colocar em pratos limpos as sujeiras que estão me carregando as costas e os pés...
Uma imundície idêntica a que você costumava deixar no meu coração e nas minhas mãos, sempre vazias mesmo estando pertinho das suas.
Mas chega de tanto 'você'... To cansada, exausta, na verdade... Como você me cansou!!!
O dia chegou claro, fácil e silencioso.
Ninguém nas ruas e os carros das garagens vizinhas, não roncaram, não passaram do portão.
Passeei com Davi pela tarde e dentro da noite que se arrastava pela rua, me encontrei feliz, desconcertada e curiosa, com um típico frio na barriga, daqueles bobos e pueris. Que vergonha!
Não sei como me portar... Estou desacostumada a me ver ruborizada e de olhos baixos, sem coragem de focar alvos e brilhos e desejos.
Fiquei duvidosa se as perguntas que me fiz, têm sentido ou respostas... Mas, pra que saber de tudo, não é???
Um cheiro bom, novo, me surpreende e me assusta, já que gosto de estar tão fugidia e decidida a não querer agora, o agora.
Amanhã é delicioso, mas hoje não, não quero, não.
Fugi.
O céu dorme neste momento. E mesmo eu querendo pensar, pensar em como e o que pensar, eu vou recolher minhas cores e desistir de acordar.
Valeu o dia.
O sofá está sozinho e eu também. Vou é juntar toda essa solidão e me embaralhar nos quereres e adiamentos que tenho adorado cumprir...
Estou ainda mais confusa que sempre.
O boa noite só vai vir amanhã, creio... Por hora tem uma Tv ligada me esperando e um celular dançante avisando que hoje começou neste exato instante.
Pra onde vamos?
Que as luzes das ruas me digam as horas!
Desliguei a Tv!!!

Um comentário:

  1. Seu texto é cheio de encanto, sensível, nada diferente da imagem que você reflete aos olhos de quem não a conhece. Você é linda!

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