sexta-feira, 11 de março de 2011

Sabe que os dias estão todos acumuladinhos dentro de mim de uma forma extremamente nova e deliciosa, instigante?
Pois.
Não sei se o tempo intermitente de chuvas, dentro e fora de mim, me causaram toda esta euforia com a vida e seus degraus de sobe e desce, mas sei demais que meu coração tem pululado galhos inimagináveis, intermináveis, completamente ágeis!
Não tenho mais pernas, braços, tudo é só coração, só batidas perfeitas musicalmente falando... Batidas em compassos cantantes e felizes com o simples fato dos batuques não terem fim, não possuírem qualquer adiamento, qualquer que seja a desistência.
Tudo está passando por uma espécie de transe astral que me inclui por inteira num estado radioso de sensações de puro riso, puramente risos completos, rubro cintilantes...
Neste exato momento recorto fotos e olhos e bocas... Ops, boca!
Recorto dentro do frio da barriga que me acompanha pra sempre, pra o meu sempre... Sempre!
Chove na minha janela e quintal, agora.
Mas dentro de mim, meus sóis bronzeiam cuidadosamente.
Meus dedos falam por mim, não param com os estalos e a ansiedade da minha voz e dos meus ouvidos, me rangem todas as portas da minha cabeça, dos meus pensamentos.
Pausa.
Vou buscar-me dentro daquele copo repousado na estante do meu quarto.
Copo vazio, tinha água, tinha suco, tinha você!
E ainda me resta uma gota.
De você!

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