terça-feira, 19 de agosto de 2008

Só...


Sinto a casa sempre tão vazia quando me sento aqui, nesta cadeira de espera de alguma coisa... Acho que não fico em mim enquanto escrevo.
Fecho todas as portas, apago as luzes e deixo somente um ventilador não mais barulhento se mostrando. Geralmente escolho um repertório musical e me deixo gostar da melodia, enquanto gosto do que penso e decido escrever. Esta é uma das minhas melhores horas.
Geralmente ando por aí, espreguiçando as idéias e deixando sempre para trás o que sinto quanto a elas. Ou mesmo não as deixo ser tão externas quanto me parecem, de certos ângulos.
Minha assiduidade se deve ao não querer mais parar de ser (já que sou quando escrevo, falo). Quero cada vez mais, e quero querer ainda mais neste cada vez mais! Entende? É compreensível a forma como me afirmo em cada vírgula, reticência e ou sinalizações do tipo? Será que é possível me olharem através da escrita, das pontuações?
Tenho murchado em algumas horas, em outras canto, danço... Mas tenho sim murchado! As coisas andam tristes. Minhas flores têem vivido menos... Meu café está sempre frio... A cama tem ficado um bocado estranha, eu diria que desnecessária. Meus óculos não cabem mais em si mesmos de tantos graus que já precisam. Nem meus pés se encaixam mais como antes em sandálias e até mesmo havaianas... Descobri também que nem sei mais que cor uso preferencialmente, e também nem vejo que meu espelho mostra uma semelhança desleal comigo mesma, ou não, não sou eu ali. Mas há quem goste!
Os dedos estão se esquivando. Lutando contra o que eu quero que continue, que multiplique, que satisfaça. Mas as forças estão menores, transparentes, inalcansáveis... É o fim deste login de agora.

To indo nessa, esquentar um café e comer algo que não orgânico e com cheiro de "você precisa se alimentar melhor"!!!
Chega, né?

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