domingo, 17 de agosto de 2008

Why so serius?


E não mais que de repente, lembrei-me do quanto já fui desesperada comigo mesma em momentos de cinzas de cigarros mal apagados. Lembrei-me de quão desnecessária sou, e fui a pouquinho tempo, com nuvens encharcadas e ruas desenfreadas... E por que ser assim quando não mais se quer ser exatamente assim?
Descubro que sou incompleta! Vieram faltando muitas peças do meu lego, faltam também pedaços dos meu brinquedos, e mais, faltam ainda cascas da tinta da minha pele, quase sem cor exata, mas ainda pele.
Diante das caminhadas últimas e fervorosamente exatas, encontro ultimatos e certezas daquele nunca que já tinha me avisado que estava chegando. E com a sua chegada real, me visto de minha tristeza calculável e vou ao encontro de outros encontros que sempre chegam, e sempre vão chegar!
Mas é tão difícil ficar na fila de espera, ou mesmo num banco de praça esperando o vento dizer algo, ou trazer algo de volta e/ou de novo, esperar também contornos, coisas desfeitas e compreendidas no mais exato significado... É sempre muito impossível se ater ao que se tem de engolir, sem pestanejar ou pensar em outras saídas!
Sorrio sim, mas as dores nas costas, nos braços, nas pernas e em tudo que seja meu e esteja vivo, são injustas de tão doloridas que estão.
Mas vem cá, e daí? Que tal um coquetel de morfina? Quem é que nunca se embriagou do próprio choro e se perguntou que porra de dores são essas que sempre chegam juntas e ficam, se alojam e se costuram nas nossas mais impossíveis saudades???
Morrer assim, em pedaços, é ser menos, de alguma forma... E quem disse que ser mais, ainda é possível? Quem consegue imaginar ser fato que coisas desaparecerão deste mundo ainda mais cedo, e mais e mais e mais e mais freqüentes?
Imagino que muitos diálogos vão se encontrar antes de o meu motor ser ligado, e antes mesmo de meus zíperes se fecharem por completo. Antes que esta noite de troca de canais e aluguéis de filmes se atreva a procriar-se, eu sei que vou ser lida, vou sim e sim, como vou!

Que substantivo ou sinônimo, eu dou pra este domingo esquizofrênico? Ops...
E que cheiro de dia mal acabado é este? Que cor é esta escorrendo?

Mas que puxa, a farmácia trouxe a droga! Bi bi...
Buenos!

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