quinta-feira, 16 de abril de 2009

Mais uma saudade!


E essa chuva tilintando entre as minhas janelas e este quintal imenso que me cerca, me dá a noção, real noção, de uma nostalgia benvinda sim, e por que não seria?
Lendo um post de um blog em especial, inevitavelmente bebi saudades que não são minhas, mas que couberam na minha tarde. Também sinto um pouco daquela saudade, mas a minha é de outras cores, tempos e tamanho. Não cabem tantos personagens, mas cabe aquele amor inacabável que li e que reli. Amei!!!
Sinto que não adianta ser desfeito o calendário anual, não adianta a entrada de outros séculos e épocas e caretices e blábláblá. Nossa alma caminha devagar e vezes demora a chegar junto aos passos, por motivos muitos e vários que eu nem ousaria descrever aqui, pra quê?
Só sei que esse clima de ''chove chuva, chove sem parar'', me dá saudade até mesmo dos banhos que levei de lama indo a lugares de rotina diurna ou não. Indo trabalhar, ou gazear alguma aula de 'ética' ou 'sociologia da educação'. Tempos de bom grado pra meu coração!!!
Seja nos copos de cervejinha que rachei com amigos lindos e também de épocas que desta vez não se completaram, seja em bilhetinhos trocados na hora da aula (pra colocar logo o diário em dia) ou mesmo seja nas fumaças às escondidas que troquei por detrás de uma banca de jornal em frente ao Pão de açúcar (ao qual chamávamos de 'Woodstock'... nem sei bem porquê!), eu fui tão estasiadamente feliz, segura. Eu me sentia gente!
Hoje vejo as horas passar mais devagar, por vezes incompletas e sem propósito algum, mas é isso!
Meu media player me ajuda a passar esses ponteiros pra frente e colocar na minha agenda os afazeres de um amanhã que sempre chega, independente da hora em que deixo, ele chega!
Não sei quando e como, mas eu quero que ele chegue, agora eu quero!
Meu coração doeu hoje, mais que ontem, e deu aquele sinal de alerta que sempre dá quando tiro os óculos pra enxugar, é quando me dou conta que... Doeu por demais!
Queria minha lancheira de volta, meus tempos de me despedir da minha mãe pra mais uma manhã de 'tias' e hora do 'recreio'.
Queria poder me encarar quanto a esse amor todo que guardo e escondo, mostro e escondo, nego e escondo, confesso e escondo!
Até quando???

Bom, no mais, preparo uma vitamina de ''Doce Solidão'' com doses extras de ''You know you've got'' e ''Mais tarde''...
Espero mesmo sentir a fila que existe em mim de mais amor, mais amor e mais amor. Espero reduzir tal fila pra uma carta, ou uma mensagem, ou ainda um post e por último, quem sabe, uma ligação! Não, não!!!
Ah, como é difícil escrever 'Tá, eu desisto, você ganhou!'. Eu não posso escrever isso de verdade, não sei que letras usar, se é que me entende!!!
Cabem 'queros' inundados em mim, dentro de mim!
Você está transbordando, independente destes 'sins' que gostaria (e não vão vir, estou certa disso)... Você sempre transborda!!!
A saudade é grande, tamanha, proporcional à indiferença, cabem na mesma gaveta, se você deixar, claro!!!
É tarde da tarde, me entrego ao Cheetos e ao suco de caju!!!

Um comentário:

  1. toda saudade é boa, mesmo quando é ruim. you know? sim, eu sei que tu sabe que tudo cabe dentro de uma falta qualquer. toda gente que é muito gente sente as coisas dessa forma intensa e despojada de senso,sentido. um beijo

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